A proposta dos pacotes Delta RPM é viabilizar o download apenas das partes modificadas dos pacotes, numa atualização do sistema, economizando no tráfego de dados, porém penalizando o uso do CPU do usuário, uma vez que a montagem do novo pacote é feita localmente, ainda com o risco de falhas, demandando baixar o pacote completo. Entretanto, Aoife Moloney acompanhou atualizações contendo Delta RPMs, constatando que:
A cada 42 atualizações, apenas 25 ofereciam Delta RPMs;
Se não houver falhas na montagem local, a economia média de dados é de 22.5 MB;
Quando há falha na montagem local, há incremento médio no uso de dados de 52.7 MB, quando comparado a atualizações sem Delta RPMs;
Isso faz com que a média total de economia de dados para quem opta pelos Delta RPMs, seja de 7.5 MB, ou seja, 8%.
Em geral, a maioria da economia dos Delta RPMs ocorreu em um pacote, o Firefox. A existência dos Delta RPM ainda onera o armazenamento em servidores, além de inflar o tamanho dos metadados do repositório, baixados por todos os usuários.
Por isso, está proposto, a partir do Fedora 40, não empacotar mais no formato Delta RPM, indisponibilizando a todos os usuários. Apenas isso bastaria para o Fedora e seus Spins baixarem automaticamente as edições completas dos pacotes, mas as novas edições do sistema ainda virão configuradas para não mais buscá-los.
Ótima proposta, a meu ver. – Isto deixou de fazer sentido, desde o “fim” da internet discada.
E as estatísticas oferecidas (abaixo) são muito meigas. – Em um supermercado, p.ex., não faz sentido calcular a economia em 1 caixa de fósforos. – A “economia” deve ser medida sobre “o total da compra”:
Em 3¾ anos (3 anos 9 meses), fiz 289 atualizações – e só houve alguma “economia” em 190 das vezes (65,7%):