Um relatório publicado pela Salesforce descreve o processo e desafios da migração para o Red Hat Enterprise Linux (RHEL) 9, saindo de seu sistema legado CentOS 7 à medida que se aproxima do fim de seu suporte. Esta migração envolve a conversão de cerca de 200.000 máquinas e é relatada como uma abordagem ambiciosa para atender às demandas crescentes de processamento de dados.
No processo de migração, o uso de automação tem desempenhado um papel fundamental, permitindo que a Salesforce realize a migração de maneira eficiente, com pouca ou nenhuma interrupção de serviços e assegurando a saúde das máquinas.
O relatório destaca como a migração para o RHEL 9 proporcionará à Salesforce melhorias perceptíveis, incluindo suporte a arquitetura ARM, alto grau de personalização do pool de hosts, suporte intensivo da Red Hat e implementação contínua de soluções de segurança providas pela fornecedora do sistema operacional.
Há, ainda, destaque sobre como a automação é crucial para garantir uma migração suave e eficiente. A Salesforce relata que utiliza quatro ferramentas principais impulsionadas pela automação:
Playbook de Conversão:
Um playbook de conversão é um conjunto de instruções detalhadas e automatizadas que define como a migração de servidores deve ser realizada. Ele especifica o cronograma, os procedimentos e as etapas necessárias para executar a migração de maneira consistente e eficiente. Os playbooks de conversão são usados para padronizar e automatizar o processo, garantindo que as tarefas sejam executadas de acordo com as melhores práticas e evitando erros humanos.
Banco de Dados de Gráficos:
Um banco de dados de gráficos é um sistema que gerencia e controla a frota de servidores que estão passando pelo processo de migração. Ele mantém informações detalhadas sobre cada servidor, como seu estado atual, hardware, sistema operacional e programação de migração. Isso ajuda na coordenação e no planejamento da migração, garantindo que os servidores sejam migrados na ordem correta e de acordo com as necessidades da organização.
Orquestrador de Conversão:
É uma peça central do processo de migração automatizada. Ele utiliza as informações do banco de dados de gráficos e do playbook de conversão para determinar quais servidores devem ser migrados e quando isso deve acontecer. O orquestrador coordena o fluxo de trabalho, garantindo que a migração ocorra de maneira escalonada e organizada. Isso evita a sobrecarga dos recursos de TI e garante que a maioria dos servidores permaneça ativa durante a migração.
Sistema de Gerenciamento de Configuração Automatizada:
O sistema de gerenciamento de configuração automatizada é responsável por garantir que os servidores migrados atendam às especificações desejadas no novo sistema operacional (RHEL 9). Isso inclui a instalação e configuração de pacotes de software, ajustes de configuração e personalização de acordo com as necessidades da organização. O sistema de gerenciamento automatizado ajuda a manter a consistência e a conformidade durante todo o processo de migração.
A empresa relata que a utilização integrada das soluções de automação no processo de migração minora ou, mesmo, elimina o tempo de inatividade, assegura a saúde do hardware de seus servidores e mantém boa taxa de eficiência durante a transição do CentOS para o RHEL 9. Além disso, a automação possibilita que a migração ocorra em uma escala que seria inviável com a abordagem manual.
No geral, a Salesforce está adotando uma abordagem ambiciosa para a migração para o RHEL 9, com o objetivo de atender às crescentes demandas de dados e melhorar o desempenho, a segurança e a eficiência de sua infraestrutura de TI. A automação desempenha um papel fundamental nessa migração e permite que a empresa realize essa transição de maneira mais tranquila e eficaz.
Via: SalesForce