Red Hat entrega o desenvolvimento do Fedora Desktop ARM para a comunidade

Artigo publicado na Phoronix noticia a redução na equipe de controle de qualidade da Red Hat, impactando no desenvolvimento da versão ARM. A principal razão é que alguns de seus membros saíram da empresa ou foram transferidos para outros projetos.

Em vez da Red Hat continuar com o suporte total, a comunidade e voluntários assumirão um papel mais importante, pois a equipe de QA sentiu que o esforço para testar e garantir a qualidade das versões desktop, para essa arquitetura, não compensava, pelo número de usuários.

O Fedora ARM continuará a ter o status de “release-blocking”, mesmo com a redução de recursos da Red Hat, desde que a resolução dos bugs seja resolvida pela comunidade. Então, Jeremy Linton se encarregou de manter o Fedora Workstation ARM, e o Grupo de Interesse Especial (SIG) do KDE assumirá o suporte para o Fedora KDE ARM.

Quando uma questão ou erro é classificado como “release-blocking”, é um problema sério o suficiente para bloquear o lançamento final do Fedora. A equipe de controle de qualidade (QA) e o Comitê de Engenharia e Direção do Fedora (FESCo) definem critérios rígidos para decidir o que se encaixa nessa categoria, como falhas de instalação, problemas de estabilidade, funcionalidades básicas quebradas e regressões.

Se um problema “release-blocking” for identificado, o lançamento da versão do Fedora é adiado até que a falha seja corrigida. Isso garante que a Red Hat e a comunidade entreguem um produto estável e confiável para os usuários.

Outra mudança é no suporte a hardware. Em vez de uma lista detalhada e fixa de dispositivos compatíveis, os problemas de compatibilidade serão avaliados caso a caso. Isso elimina a testagem e a certificação de uma lista específica de hardware, permitindo que a equipe de QA e os voluntários se concentrem nos mais críticos.

Com todas essas mudanças, a suporte e a manutenção do Fedora ARM serão mais dependentes da comunidade e de voluntários, já que a equipe de QA não dedicará mais recursos a essa tarefa.

Com a Red Hat tirando o corpo fora, imaginemos que as versões ARM do Fedora passarão por dias nebulosos. Depender “da comunidade” na manutenção de um projeto complexo como este, não é bom sinal.

Quem viver, verá!

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