Porque 2025 não será o ano do Linux no desktop

A expectativa de que o próximo ano seja o “ano do Linux no Desktop” persiste entre entusiastas, apesar da crescente popularidade de sistemas operacionais baseados em Linux em dispositivos como Android e Chrome OS.

O artigo de Artem S. Tashkinov, “Por que o Linux não está pronto para o desktop”, apresenta argumentos convincentes sobre as imperfeições do Linux, incluindo desafios no compartilhamento de arquivos e complexidade na segurança.

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Embora o Linux ofereça uma experiência superior ao Windows para alguns usuários avançados, a relevância do desktop pode ter diminuído em favor de dispositivos mais modernos.

O artigo de Tashkinov

O artigo de Artem S Tashkinov discute as razões pelas quais o Linux ainda não está totalmente preparado para ser a principal opção em desktops. Apesar de seu crescimento e popularidade, existem desafios significativos que impedem sua adoção em massa.

Uma das principais questões é a falta de suporte adequado a drivers de hardware. Enquanto o Windows possui uma API e ABI estáveis, o Linux enfrenta dificuldades com drivers, o que pode resultar em problemas de compatibilidade e desempenho.

Existem vários softwares “alternativos” no pinguim, muitos populares, especialmente em áreas como design gráfico e edição de vídeo, que não estão disponíveis ou não têm versões tão robustas quanto suas contrapartes no Windows ou macOS.

A experiência do usuário pode ser inconsistente. Diferentes distribuições oferecem interfaces e funcionalidades variadas, o que pode confundir novos usuários que estão acostumados com a uniformidade do Windows.

O suporte técnico geralmente depende de comunidades online, o que pode ser um obstáculo para usuários menos experientes. A falta de suporte oficial e acessível pode desestimular a adoção.

O mercado de jogos é um ponto crítico. Embora o suporte a jogos no Linux tenha melhorado, muitos títulos populares ainda não estão disponíveis, limitando a atratividade do sistema para gamers.

Sendo o Linux considerado mais seguro em muitos aspectos, a percepção de segurança em relação a sistemas operacionais mais populares pode afetar a confiança dos usuários em adotar o Linux como sua plataforma principal.

Apesar de ser gratuito, a falta de conhecimento técnico pode levar a custos indiretos, como a necessidade de suporte técnico ou a compra de hardware compatível, o que pode ser desmotivador.

E você, o que acha acrespeito? Coloque nos comentários sua experiência com o pinguim.

Fonte: links no texto

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Isso aqui eu já falei algumas vezes, no Linux é uma salada de libs e drivers, ao contrário do Windows que é homogêneo nesse quesito. Quantas já veio alguém aqui no fórum para falar que determinado hardware não está funcionando no Linux por falta de driver ou o driver que tem é ruim.

Isso aqui é muito verdade, basta testar algumas distro Linux pra atestar isso. As vezes você instala uma distro que funciona de boa, aí vai tentar outra e nem funciona direito. De novo é uma salada.

Sabe o que é pior, acontece muito nas comunidades, o cara quer ajuda para resolver algo e recebe infinitas linhas de terminal para resolver. Ou recebe um link pra wiki e alguém falando “leia aí e resolve”. A maioria das pessoas só quer usar o sistema e não se tornar um programador pra resolver problema.

Hoje a maioria dos jogos rodam na base de gambiarra oficial e até que roda bem. Mas vamos pensar grande, que empresa tá disposta a bancar um jogo pra Linux em que o sistema é uma salada de drivers, lib. Por mais que a Steam tenha portabilidade vários jogos pra Linux, o mesmo continua sendo 5% da base de usuários.

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De duas uma: Ou você vai se deparar com alguém que vai te ajudar ou com um que vai mandar um “Vá ler a p***a do manual”.

Ainda bem que por aqui, você encontra pessoas que realmente querem ajudar.

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Concordo plenamente contigo em tudo que foi dito.

E digo mais, muitos acham que com o fim do suporte da MS ao Windows 10, vai vim uma enxurrada de usuários p/ o Linux. Eu ficaria surpreso se isso acontecesse

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Então, sim, mas é aquilo, né, e é o mesmo caso de quem desenvolve o software, quem aqui se dispõe a ajudar e resolver um tópico não tem incentivo financeiro para se dedicar ao máximo para tal :person_shrugging: entendeu? Não tem ninguém “ganhando nada $$$”, daí não dá para exigir um suporte premium.

Então, de novo, é o mesmo caso de quem desenvolve o software, a pessoa que vem aqui nas suas horas vagas e ajuda o coleguinha que está precisando, faz porque gosta e sente bem com isso (ou outras motivações, não sei), mas, não dá para exigir como se estivesse pagando por algo.

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Parei de ler esse tipo de artigo quando percebi que passam se anos e anos e o pessoal ainda não entendeu que Linux não foi feito pra ser um sistema comercial competindo de forma direta com o Windows. Linux é uma TECNOLOGIA/PLATAFORMA para que quem quiser usar, sejam empresas ou usuários e realizem suas customizações e distribuição como exemplo do próprio Android. Não existe Linux Desktop! O que existe são Distros base Linux com foco em Desktop e é claro pela natureza customizável e aberta do Linux não há como garantir 100% de conformidade entre as várias distros e nunca haverá (Não de forma 100%). Porém quanto aos drivers pelo menos os em suma mais importantes funcionam de forma explendida a exemplo dos próprios drivers de vídeo open da AMD e Intel que são frequentemente elogiados em fóruns e artigos de emulação de consoles por serem amplamente suportáveis e maduros quando comparados a alternativas fechadas do Windows que se limitam a vontade da fabricante de manter atualizado e revisado. Eu não desdenharia tanto da maturidade do Linux, pois para a maior empresa DO PLANETA de venda de jogos lançar um console usando essa base isso significa que o software não é tão imaturo como gostam de espalhar.

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Desde sempre, toda vez que uma versão do Windows termina o suporte, todo mundo fala “é agora que tem a migração em massa para Linux” como se no dia 1 após o término do suporte do Windows 10 o uso de Linux fosse de 2% para 60% da noite pro dia. Não vai acontecer. Quem usa Windows vai continuar usando Windows.

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Meus 62 centavos (2 cents na cotação atual), o artigo “chove no molhado” e traz uns conceitos estranhos em alguns pontos, por exemplo:

Quando você fala sobre um sistema operacional, você está pensando em um sistema operacional central que tem uma tonelada de software, e esse software pode funcionar independentemente da versão do seu sistema operacional

Não isso não é um sistema operacional, isso é uma plataforma, esse efeito acontece em espaço de usuário, algo que vai acima do sistema operacional as vezes se mistura, as vezes não

Esse não é o caso com distribuições Linux. Para distribuições Linux, a maneira preferida de distribuir software é compilá-lo para cada lançamento do SO

O que é irônico nisso é que isso não é das distribuições exatamente, não é necessário fazer isso, eu como dev posso distribuir um binário estilo Windows a distribuição simplesmente trás versões curadas dos aplicativos não é um requisito fixo e absoluto, eu por exemplo posso fazer um binário que vai funcionar em versões futuras e até passadas, o Inkscape, o Kdenlive, OnlyOffice… E ad infinitum fazem isso, se chama AppImage

O pior é que o software compilado para a versão atual do Linux X não necessariamente funcionará para a versão atual do Linux Y.

O problema dessa questão é que o Linux Y é o Windows XP e o Linux X o Windows 11 22H2, se compilar um binário no Windows 11 com o SDK mais recente ele também não vai funcionar em versões anteriores, um binário compilado no Linux Y provavelmente irá funcionar se as dependências estiverem juntas no Linux X

Ah mas ele cita o AppImage que resolve isso… É mais ou menos apesar dele citar que cita isso, na verdade ele cita o Flatpak

, muitos jogos do Windows podem ser executados usando Wine + DXVK, que é basicamente emulação de API do Win32 no Linux

Toda vez que alguém fala algo assim, um pinguim imperador morre, preserve a natureza, não use esse argumento ele é por definição errado

E se você for um usuário do Windows, poderá executar praticamente qualquer aplicativo Linux sem muitos problemas.

Desde que seja AppImage (olha só que ironia) e pelo terminal…

O que é ainda pior é que o Linux não possui certos aplicativos básicos para verificar se o seu sistema está funcionando corretamente

Da lista só o argumento do Gerenciador de Tarefas faz algum sentido os outros o Windows também não tem, então não entendo o sentido da necessidade do Linux ter e mesmo o gerenciador de tarefas, atende a quem?

Segurança acidental do Linux

De longe esse o mais engraçado, a menos que o usuário crie uma conta local como usuário não privilegiado o Windows tem o mesmo problema mas a parte mais zoada é que:

No Windows, você tem o UAC. No Linux, você tem que ter um profundo entendimento de como o sistema funciona para evitar executar acidentalmente comandos “ruins” com sudo. Isso eleva bastante o nível de uso do Linux e o torna inadequado para pessoas não técnicas

Quem começou com isso foi o Linux com kdesu e gksu, hoje temos o pkexec que funciona do mesmo jeito que o UAC a diferença é que ao invés de clicar em “Ok” o usuário tem que digitar a senha, nossa que técnico ter que digitar uma senha num campo escrito digite sua senha


De resto eu concordo

O Windows não é homogêneo, ele sofre de um mal chamado dll hell também, a solução? AppImage descompactado, é basicamente assim que o Windows roda programas de 200 anos atrás:

  • Ou o programa funciona trazendo todas as bibliotecas
  • Ou o Windows usa o modo compatibilidade pra carregar bibliotecas de uma pasta específica mais ou menos como se fosse um runtime do flatpak pra cada versão que já existiu do Windows

Inclusive isso tem um preço, o Windows leva pelo menos 16 milissegundos pra rodar um programa qualquer e determinar o que fazer

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Já foi! E foi quando a canonical entrou com o Ubuntu
Com isso a steam e outras empresas começaram a dar a real atenção com o FOSS
Não adianta falar que amanhã vai ser o ano do Linux se já foi a muito tempo

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Ao menos para mim, não seria exatamente o mesmo gerenciador de tarefas do Windows, mas ao menos ter os processos daqueles programas (como o Firefox e o Discord) que se dividem em um monte de processos agrupados e colocar o consumo total do programa, ajudaria bastante, ao menos para se ter uma ideia do que está consumindo mais.

Mas talvez isso seja algo que tenho que me acostumar, afinal usei o Windows por doze anos com aquele Gerenciador de Tarefas que veio no Windows 8 e já tentei usar outros Monitores, como o Mission Center e até mesmo o System Monitoring Center, mas achei eles meio pesados, então acabo usando o do Gnome mesmo, pois isso é só um daqueles detalhes que me facilitariam, mas que dá pra viver sem.

Até o nome do Wine mostra que ele não é um emulador. Esse argumento do “Wine emulador” nem está errado, ele só não faz sentido nenhum.

Provavelmente estou errado, mas o Wine soa muito mais como um Tradutor mesmo.

Como assim? Dá pra executar aplicativos Linux no Windows usando AppImages?

Ao menos pra mim, pareceu que ele quis dizer que precisa se ter um conhecimento para evitar fazer besteira com o sudo, como em algumas piadocas, o que para um usuário sem muito conhecimento, poderia causar um belo estrago.

Mas por outro lado, também precisa conhecer o Windows para evitar fazer besteira com o sistema, mesmo existindo o UAC. Por exemplo, o UAC não impedia você terminar processos importantes do sistema, lá na época do Windows 7/8. Também não impedia de vírus acabarem entrando no sistema porque você colocou um ativador, ou instalou algum programa que antes era confiável e que agora tem um minerador de Criptomoedas.

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eu também achei o artigo exagerado e muitos dos “problemas” não é exclusivo do pinguim. mas achei interessante trazê-lo pra discussão.

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Maioria desses artigos são ilógicos, seja por o autor ser absurdamente leigo ou meramente tendencioso. Antigamente eu ainda perdia tempo lendo essas bobagens, com o tempo adquirindo conhecimento sobre Linux vi que a maioria das afirmações dessas artigos era pura bobagem escrito por leigo.

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Existe um motivo que acredito ser o principal para a manutenção do Linux como alternativa e não como primeira opção da maioria das pessoas: simplesmente não há motivo para a migração.

Pensa comigo. Seu computador funciona. Quando você aperta o botão power ele liga, e você consegue fazer seja lá o que for que você ligou o computador para fazer. Quando você vai baixar um programa novo, testar um hardware diferente, um jogo, tudo está disponível, é só baixar. Considerando um hardware mediano, você também não tem problemas de performance geral no sistema.

Por que você investiria seu tempo aprendendo a usar outro sistema operacional?

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Verdade, eu só comecei a usar o Ubuntu lá em 2021 e explorar o mundo Linux, por que eu estava tendo muitos problemas com o Windows

Por causa do meu hardware fraco, muito lag, instabilidade e crashes
Então procurei uma alternativa, e isso mudou minha vida pra sempre
E me fez ganhar uma paixão ainda maior por computadores.

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Ainda acrescento mais. Em relação a geração das pessoas que nasceram nos anos 1990 e 2k que ainda pegaram a época da lan house para jogar CS 1.6. O cidadão cresceu utilizando seja lá qual foi o Windows, cresceu, se formou e quando foi trabalhar continuou com o sistema do Bill Gates.

Lógico, que nem todo mundo, incluindo eu.

Mas, uma pessoa comum que quando falamos em computador já lembra do Windows. Que clica no Power, como você disse e tá tudo funcionando para o que ela precisa, e mesmo que seja 0,00000000001 segundos mais rápido no linux, para que ela vai mudar?

Eu mesmo mudei de Windows para Linux só por conta que virei programador.

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Exatamente o motivo que me fez desistir de Linux uns anos atrás. Eu percebi que não tinha porque eu tentar outro sistema que me dava mais dor de cabeça do que Windows.

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Fico tentando entender de onde conseguem ter essa dor de cabeça.
Recebi mais de 450 máquinas desktop de doação, os poucos casos que o wifi não foi detectado automaticamente, bastou rodar o programa de drivers pra resolver.
Olha que os alunos sabem das limitações com jogos mais exigentes.

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Bom, tenho um conhecido no Facebook que tentou usar Linux. Teve problemas com a Nvídia dele, o OBS e alguns outros programas.

Ele estava usando o Big Linux e voltou para o Windows.

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Eu tentava rodar numa máquina com uma NVidia antiga, e tinha vários problemas de compatibilidade com o driver.

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:fox crying emoji:

Nvidia até onde sei sempre foi problemática no Linux. E já tive uma GTX 1080. Era um saco com o Fedora atualizando kernel toda hora.

No Ubuntu era sossegado, até outra coisa dar pau e me fazer querer ter comprado AMD ao invés de nvidia (na época).

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