Salve, @SludgeBomber
Entendo que esta seja “a recomendação mais simples” – aquela que pode ser dada com “menos riscos”, considerando usuários de todos os tipos e de todos os níveis. – Ou seja, “nivelando por baixo”.
Pelas várias observações que o @Deleterium falou, você pode perceber como seria complicado, divulgar uma recomendação com tantos cuidados, precauções, tentando prever todos os problemas possíveis com cada “pequeno detalhe”, de cada possível “tipo” e “nível” de usuário.
É o que tenho percebido (por exemplo!), no comportamento de inúmeros médicos, ao longo de várias décadas. – É muito incomum, um médico sentir confiança suficiente, na formação, responsabilidade etc. de um paciente, ao ponto de discutir com ele todas as possibilidades de se curar por si mesmo. – É mais seguro, menos arriscado (e menos irresponsável, da parte dele), simplesmente receitar 1 tratamento único, completo, a ser seguido sem discussão.
Usei o Kubuntu LTS desde o 8.04, 10.04, 12.04, 14.04, até o 16.04 – (quase) sempre reinstalando, a cada 2 anos – e hoje entendo que esse foi o melhor caminho para mim, como usuário de pouco conhecimento do “Linux” (pois só comecei a aprender mais a partir de 2017).
Todas essas migrações, feitas por “reinstalação”, deram ótimos resultados – considerando que eu sabia muito pouco, até 2017.
- O melhor que fiz, em todo aquele período, foi manter uma partição /home separada – pois isso sempre facilitou reaproveitar muitas das configurações que eu tinha feito nas instalações anteriores.
O único caso em que fiz “upgrade” (propriamente dito), foi do 12.04 para o 14.04. – Nessas anotações, dá para ver que foi uma coisa bastante segura, mesmo considerando minha falta de conhecimentos na época. – Todas as vezes que me perguntou se eu queria manter os arquivos antigos de configuração ou instalar os novos, optei pelos novos, mesmo sabendo que iria perder muitas configurações. (Eu não teria capacidade para analisar as comparações entre uns e outros).
Devido à minha conexão de “1 megas”, na época, o processo durou umas 5 horas – mas, tudo bem! – Era uma aventura de Domingão + vontade de “ver que bicho vai dar”.
- Observe que a “Notificação de Upgrade” só apareceu quando foi lançado o novo LTS. – Não lembro de ter recebido nenhuma notificação de upgrade para as versões intermediárias (12.10, ou 13.04, ou 13.10).
Até onde consigo lembrar, deu tudo certo – mas fiquei com algumas dúvidas, incertezas: “Será que ficou tão bom quanto uma reinstalação”?? – Um mês depois fiz uma reinstalação, e não percebi nenhuma vantagem ou desvantagem, em relação ao “upgrade”.
Também fiz “upgrade de LTS” no KDE Neon, pelo menos 2 vezes, mas só anotei a do 18.04 Bionic para 20.04 Focal Fossa. – É um caso bem diferente – e optei por usar o comando pkcon (do PackageKit), conforme a recomendação oficial do KDE Neon.
Como já foi dito pelo colega, pacotes não-oficiais podem ser um risco. – Alguns passam sem problema. – Outros, são excluídos. Por exemplo, PPAs são feitos para uma versão específica, e em geral seus desenvolvedores só lançam nova versão com algum atraso.
- Não posso falar nada sobre Snaps ou Flatpaks, pois não tinha experiência pessoal naquelas épocas – e continuo não tendo, até hoje. – Se bem me lembro, num dos upgrades do KDE Neon, o Firefox “.deb” foi substituído automaticamente por um PPA (em vez de um Snap), mas não prestei muita atenção, pois não usava, e acabei removendo mais tarde.
Experiências malucas
Ficar numa versão LTS “estagnada” durante 2 anos – e depois, ter de enfrentar uma tonelada de “novidades” – começou a me desgostar um pouco, à medida em que fui aprendendo um pouco mais.
No início de 2016, fiz vários testes “Live Pendrive” do LTS 16.04 (beta1, beta2), com durações de até 3 dias – inclusive, instalando vários pacotes, para fazer minhas tarefas diárias. – Anotações aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui.
Como eu tinha espaço sobrando, em disco, comecei a testar versões intermediárias “em paralelo” (dualboot) – sem deletar o LTS. – Versões 16.10, 17.04, 17.10.
Depois, radicalizei, e passei a instalar versões “em desenvolvimento” (development branch) – que começam logo após o lançamento da versão mais recente, e vão evoluindo até serem lançadas como a versão seguinte (uma espécie de rolling-release): – O LTS 18.04, por exemplo, instalei 2 meses antes do lançamento, ainda em Fevereiro.
Depois, instalei o 19.04, logo que começou a ser desenvolvido, ainda em Novembro 2018, 5 meses antes do lançamento final – e depois de lançado, transformei em rolling-release permanente. – Essa experiência seguiu por mais uns 2 meses, sem qualquer problema.
Depois, perdi o interesse no Kubuntu LTS – que tinha sido minha distro principal desde 2009, até 2016 (pelo menos) – pois a partir de 2017 já estava experimentando várias outras distros, e acabei adotando “semi-rooling” do KDE Neon e o rolling-relase do openSUSE Tumbleweed, Arch Linux etc.