Por que não é recomendado atualizar o ubuntu de versões em versões?

Galera uma dúvida boba, Atualmente estou usando o Ubuntu 25.04, E ouvi dizer que não é bom atualizar para 25.10 e depois pro 26.04 LTS , Tem que formatar sempre para instalar a nova versão.

Minha dúvida é o por que disso? Se eu atualizar meu sistema vai quebrar ou algo do tipo? Eu estava no Tumbleweed e acabei quebrando o sistema e vim pro Ubuntu 25.04 em busca de algo mais stable.

Mas ficar formatando a cada update acho muito trabalhoso, Alguém poderia me dar mais detalhes sobre o por que isso acontece?

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Por que não utiliza a versão LTS então? 25.04 é um lançamento provisório e só possui 9 meses de suporte. Você obrigatoriamente terá que atualizar para as versões mais recentes se quiser receber atualizações de pacotes e segurança.

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As chances de quebrar o sistema em um upgrade são consideráveis. Embora a atualização seja testada pelo mantenedor, ele não consegue testar em um nível tão amplo quanto todas as configurações possíveis dos usuários. Mas de longe o maior problema são os programas instalados por repositórios de terceiros. Sabe aqueles programas que foram instalados fazendo o download do “.deb” e milagrosamente funcionam? Então, bem esses que vão dar problema de dependência quebrada na atualização.

O procedimento correto é a remoção de todos os programas de fora do repositório da distribuição, mas pra isso precisa saber quais: desbloquear o modo ‘hacker’ do dpkg e apt pra fazer essa pesquisa.

Mas mesmo que a atualização tenha sido um sucesso, ainda assim poderá haver algum problema em programas específicos. Isso porque a atualização do programa pode fazer com que a configuração usada na versão anterior não seja correta para a nova versão. Daí novamente precisa ver qual programa está com problema e como ‘zerar’ a configuração dele, tanto de sistema quanto na sua pasta de usuário.

Algumas pessoas acham que isso é muito mais trabalhoso do que simplesmente salvar todos os arquivos, reinstalar, e recuperar os arquivos. A instalação limpa é extremamente improvável que dê problemas (a menos que você importe também as configurações locais dos aplicativos). Então elas recomendam que seja feita a instalação limpa, principalmente quando se trata de iniciantes.

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:waving_hand:t2:

Concordo com o Deleterium.

Dá muita dor de cabeça ficar corrigindo coisas quebradas após uma atualização para uma nova versão de um Sistema Operacional. Creio que para quem está aprendendo é bom ficar reparando estes tipos de problemas mas… Sem contar que atualmente instalamos uma distro Linux do 0 ao 100% em poucos minutos, dependendo da internet, do hardware e do tipo da distro também. Mas uma coisa eu digo, é muito mais rápido que o Windows que leva “dias” para ficar 100% atualizado após uma formatação clean.

Então na minha opinião não faz sentido investir tempo corrigindo problemas de distros que foram atualizadas para uma nova versão.

Eu prefiro escolher distros que são Rolling Releases, tipo Arch, que vão updating sem precisar formatar. Elas sempre estarão novas, digamos assim.

Hoje eu uso o Manjaro, base Arch, que é um sistema Rolling Release. Enquanto ele estiver funcionando e atualizando “on demand”, vai ficando no meu laptop sem eu me preocupar com essas coisas de novas versões.

Nestes tipos de distros Rolling Releases, eu só tive um problema quando eu usava o Arch, um tempo atrás… Ele demorava para desligar. Mas isso foi resolvido em poucas semanas pelo pessoal do Arch.

Eu recomendaria testar distros Rolling Releases. Mas nem tudo é perfeito então sempre faça backup! Porém é bom testar :grinning_face:.

:vulcan_salute:t2:

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O pessoal aí em cima explicou muito bem. Se não quer ficar reinstalando o Ubuntu, terá que usar uma distro RR.
Mas me diga uma coisa, o que fez para quebrar o Tumbleweed? Não voltou ao último snapshot para restaurar o sistema? Isso funciona muito bem.

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Salve, @SludgeBomber

Entendo que esta seja “a recomendação mais simples” – aquela que pode ser dada com “menos riscos”, considerando usuários de todos os tipos e de todos os níveis. – Ou seja, “nivelando por baixo”.

Pelas várias observações que o @Deleterium falou, você pode perceber como seria complicado, divulgar uma recomendação com tantos cuidados, precauções, tentando prever todos os problemas possíveis com cada “pequeno detalhe”, de cada possível “tipo” e “nível” de usuário.

É o que tenho percebido (por exemplo!), no comportamento de inúmeros médicos, ao longo de várias décadas. – É muito incomum, um médico sentir confiança suficiente, na formação, responsabilidade etc. de um paciente, ao ponto de discutir com ele todas as possibilidades de se curar por si mesmo. – É mais seguro, menos arriscado (e menos irresponsável, da parte dele), simplesmente receitar 1 tratamento único, completo, a ser seguido sem discussão.

Usei o Kubuntu LTS desde o 8.04, 10.04, 12.04, 14.04, até o 16.04 – (quase) sempre reinstalando, a cada 2 anos – e hoje entendo que esse foi o melhor caminho para mim, como usuário de pouco conhecimento do “Linux” (pois só comecei a aprender mais a partir de 2017).

Todas essas migrações, feitas por “reinstalação”, deram ótimos resultados – considerando que eu sabia muito pouco, até 2017.

  • O melhor que fiz, em todo aquele período, foi manter uma partição /home separada – pois isso sempre facilitou reaproveitar muitas das configurações que eu tinha feito nas instalações anteriores.

O único caso em que fiz “upgrade” (propriamente dito), foi do 12.04 para o 14.04. – Nessas anotações, dá para ver que foi uma coisa bastante segura, mesmo considerando minha falta de conhecimentos na época. – Todas as vezes que me perguntou se eu queria manter os arquivos antigos de configuração ou instalar os novos, optei pelos novos, mesmo sabendo que iria perder muitas configurações. (Eu não teria capacidade para analisar as comparações entre uns e outros).

Devido à minha conexão de “1 megas”, na época, o processo durou umas 5 horas – mas, tudo bem! – Era uma aventura de Domingão + vontade de “ver que bicho vai dar”.

  • Observe que a “Notificação de Upgrade” só apareceu quando foi lançado o novo LTS. – Não lembro de ter recebido nenhuma notificação de upgrade para as versões intermediárias (12.10, ou 13.04, ou 13.10).

Até onde consigo lembrar, deu tudo certo – mas fiquei com algumas dúvidas, incertezas: “Será que ficou tão bom quanto uma reinstalação”?? – Um mês depois fiz uma reinstalação, e não percebi nenhuma vantagem ou desvantagem, em relação ao “upgrade”.

Também fiz “upgrade de LTS” no KDE Neon, pelo menos 2 vezes, mas só anotei a do 18.04 Bionic para 20.04 Focal Fossa. – É um caso bem diferente – e optei por usar o comando pkcon (do PackageKit), conforme a recomendação oficial do KDE Neon.

Como já foi dito pelo colega, pacotes não-oficiais podem ser um risco. – Alguns passam sem problema. – Outros, são excluídos. Por exemplo, PPAs são feitos para uma versão específica, e em geral seus desenvolvedores só lançam nova versão com algum atraso.

  • Não posso falar nada sobre Snaps ou Flatpaks, pois não tinha experiência pessoal naquelas épocas – e continuo não tendo, até hoje. – Se bem me lembro, num dos upgrades do KDE Neon, o Firefox “.deb” foi substituído automaticamente por um PPA (em vez de um Snap), mas não prestei muita atenção, pois não usava, e acabei removendo mais tarde.

Experiências malucas

Ficar numa versão LTS “estagnada” durante 2 anos – e depois, ter de enfrentar uma tonelada de “novidades” – começou a me desgostar um pouco, à medida em que fui aprendendo um pouco mais.

No início de 2016, fiz vários testes “Live Pendrive” do LTS 16.04 (beta1, beta2), com durações de até 3 dias – inclusive, instalando vários pacotes, para fazer minhas tarefas diárias. – Anotações aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui.

Como eu tinha espaço sobrando, em disco, comecei a testar versões intermediárias “em paralelo” (dualboot) – sem deletar o LTS. – Versões 16.10, 17.04, 17.10.

Depois, radicalizei, e passei a instalar versões “em desenvolvimento” (development branch) – que começam logo após o lançamento da versão mais recente, e vão evoluindo até serem lançadas como a versão seguinte (uma espécie de rolling-release): – O LTS 18.04, por exemplo, instalei 2 meses antes do lançamento, ainda em Fevereiro.

Depois, instalei o 19.04, logo que começou a ser desenvolvido, ainda em Novembro 2018, 5 meses antes do lançamento final – e depois de lançado, transformei em rolling-release permanente. – Essa experiência seguiu por mais uns 2 meses, sem qualquer problema.

Depois, perdi o interesse no Kubuntu LTS – que tinha sido minha distro principal desde 2009, até 2016 (pelo menos) – pois a partir de 2017 já estava experimentando várias outras distros, e acabei adotando “semi-rooling” do KDE Neon e o rolling-relase do openSUSE Tumbleweed, Arch Linux etc.

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É uma mera recomendação, pois é a forma mais simples de evitar alguns tipos de problemas que podem ser causados pela atualização de pacotes essenciais do sistema. Essa recomendação costuma ser a mesma para qualquer sistema operacional com atualizações fixed release, como o Ubuntu, Windows, Android, etc. Não é que seja garantido que você vai ter problemas só porque atualizou de uma versão para a outra, mas podem ocorrer problemas, pelo que os devs costumam alertar para que seja feita uma instalação limpa. Na verdade, depende da sua sorte. Eu cheguei a atualizar o Fedora, de uma versão para a outra, por 4 versões consecutivas, e nunca tive nenhum problema relacionado a isso.

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Posso confirmar isso:

Instalei Fedora 31 em 2020 (há 5 anos), e de lá para cá fiz 11 upgrades, até Fedora 42 – sem nenhum problema.

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Eu atualizei este do 20.04 para 24.04 e desinstalou a DE, tive que reinstalar, e fico tudo bem.
A quantidade de programas no repositório é enorme, não tem como testar todas as combinações possíveis e colocar nas notas de atualização quais funcionaram.
Eles colocam as vezes alguns bugs, mas os testes são feitos apenas com atualizações da base.

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As vezes eu acho que isso é fome, mal lançam uma nova versão e já fazem downloads para testes via vmware/ instalação física e liveUSB apesar que boa parte dos usuários costumam fazer uma instalação do zero para testar essas novas versões e que as vezes (quase sempre) vem o arrependimento.

E como dizia o C. Nascimento: “Usuário linux afobado geralmente da zebra” kkkk

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Rapá, vou experimentar atualizar do Debian 12 pra 13 quando sair a stable, Já fiz um monte de alterações no sistema(sem app de terceiros), espero que tudo corra bem.

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porque as versões intermediárias de 9 meses s as de desenvolvimento, testando novas tecnologias. a canonical n tem nenhuma responsabilidade em garantir compatibilidade. muda uma biblioteca aqui, um link ali, um patch mais acolá e lá vem dor de cabeça. às vezes dá certo, na maioria das vezes, não.

nunca se esqueça que somos eternos BETA TESTERS, mesmo nas versões estáveis! o ubuntu é uma distro empresarial, n tem foco no famoso “usuário final”, ou seja, nós, que n sustentamos o negócio, nem damos lucro pra ela.

então vem a troca de sempre: “deixamos vc usar o sistema gratuitamente e, em troca, nos dá fidibequi dos bugs, problemas, o que está bom” etc.

n há romantismo nessa relação, nem vãs promessas. tudo preto no branco, como acontece com red hat, open suse e distros afins…

por isso, evite atualizar entre versões. a chance de dar problema é grande. o melhor é instalar do zero pois, dando problema na atualização, vai ter de reinstalar do mesmo jeito…

mas veja: “pode” acontecer. pode não. só você pode decidir.

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em breve saberemos. HUAHUAHUAHUA

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Também vou testar isso, se der algum erro eu vou pro Arch.

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Basicamente porque distribuições baseadas em pacotes, podem não conseguir resolver dependências entre versões, tem uma forma de garantir quase certeza de funcionamento, se você não instalar pacotes.deb de fora dos repositórios (como PPAs e afins) apesar da chance não nula de dar problemas você provavelmente não vai ter dificuldade em atualizar

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Eu não sabia dessa informação.
Isso explica tudo, pude vê no site que o Ubuntu tem patrocinio de empresas grandes, pesadas, a versão PRO então tem muitas vantagens.

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@Rimana21 Uai, a distro é desenvolvida por uma empresa chamada Canonical, então ela é empresarial, vc sabia disso.

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Te juro que não, eu achava que a canonical era a dona dos repositórios Snap sob o surpevisionamento do Ubuntu.

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