Por que bios com interfaces gráficas ainda são incomuns?

Por que, apesar de existir suporte atualmente por bios através de interface gráfica, poucos equipamentos tem esse recurso, como componentes da Giggabyte, Asrock, MSI e algumas placas da Asus?

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P.S.: É software, mas, está relacionado a hardware.

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Acredito que existam vários motivos que se somam para isso:

  • Pode ser porque é uma parte do computador onde a maioria das pessoas nunca vai ter contato ou raramente vai usar, reduzindo a necessidade de ser intuitivo.

  • Telas “feias”, cheias de letrinhas, também afastam curiosos. E como aqui podem ocorrer configurações que podem até mesmo fazer com que o computador deixe de funcionar de forma adequada, ela ser mais simples assim, tem essa contrapartida.

  • Outro ponto, é que os firmwares precisam estar inclusos no chip, quanto mais complexo o firmware, mais chances tem de dar problema, vide a ideologia do Coreboot por exemplo. Um update de firmware também pode demorar mais, ou ter mais problemas, dependendo do tamanho dos arquivos. Podemos pensar também que os tipos de chips usados para armazenar elementos mais complexos precisariam ter mais e mais espaço, dependendo da necessidade.

  • Como é um software que roda antes do sistema operacional, ele não vai conseguir tirar muito proveito de drivers de vídeo também.

BIOS/UEFI é o tipo de software que precisa ser simples de compreender, rápido para configurar e não ser um fator de risco de segurança de preferência.

Pensando bem, é interessante, até curioso, que hoje em dia exista a possibilidade de usar o mouse em vários, algo que pode ser útil, apesar de não ser necessário. Definitivamente deixar esse software com mais e mais presença gráfica não é prioridade, ao menos, é assim que acredito que seja, e como muitas BIOS são reaproveitadas em servidores também, fazer alguma que dependa muito do mouse para configurar, pode ser problemático.

Só a minha opinião, claro. Abraços! :slight_smile:

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Hum, não havia pensado por esses lados, realmente fazem sentido. Muito obrigado.

Eu diria que não são incomuns. Hoje já estão bastante populares, inclusive em equipamentos de entrada, ao considerar desktops custom. São mais raras em desktops vendidos prontos (como os Dell e HP) e laptops, onde a ideia é economizar o máximo possível em escala e entende-se que o usuário dificilmente terá conhecimento para realizar muitas alterações.

Montei meu primeiro desktop em 2014. A placa-mãe dele, uma Gigabyte GA-Z87-D3HP, já tinha interface gráfica e suporte a mouse, assim como opção para apertar uma tecla e utilizar a versão “convencional” da BIOS se preferir. Naquela época era algo mais restrito a placas intermediárias ou topo de linha. Ultimamente é bem comum encontrar. Mesmo a BIOS da Asus A320M-K/BR do outro desktop que tenho aqui já tem interface gráfica e suporte a mouse. E é bem bonita! :wink:

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Eu tenho visto mais em “placas-mães gamers” e de alguns fabricantes como Gigabyte (acho que todas dessa marca são assim), Asrock e algumas da Asus. Em notebooks então, raramente encontro um aqui no Brasil com esse tipo de “bios visual”.

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Em laptops é mais raro mesmo. Assim como desktops prontos do “tipo Dell”. Nesse caso, acho que se aplica tudo o que foi levantado no tópico.

Quanto a desktops custom (“montados” por conta própria, selecionando componentes), eu diria que a maioria das placas já têm interface gráfica, mesmo as de entrada. Os meus dois desktops e todos os que tive contato por meio de amigos têm BIOS com interface gráfica, mesmo no caso das placas mais básicas. Nesse cenário, estimo que incomum é encontrar um com BIOS “antiga”.

Contudo, há também casos de marcas menos conhecidas. Em placas-mãe chinesas e de marcas menos convencionais, ainda é bem mais comum não ter interface gráfica. Acho que aí a questão do corte de custos deve ser o que pesa mais.

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  1. O legado: o utilitário em interface de texto é mais conhecido, já há quem esteja habilitado ao seu funcionamento e consequentemente o risco de oferecer algo que o usuário não saberá utilizar é menor.
  2. O espaço e memória do programa: um utilitário carregado de figuras e imagens, botões e instruções de desenho dos widgets, vai necessitar de um espaço maior no dispositivo e provavelmente necessitará de mais memória e poder de processamento para rodar.
  3. Excesso de figuras e cores podem parecer bonitas na tela, mas confundem o usuário. Só de olhar os screenshots do autor do tópico já fico me imaginando utilizando essas interfaces confusas.
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