Vamos por partes:
Depende de, em qual “site”, você está pensando. – É “o site” de quem produz o pacote? – Eu confiaria no “site” do Google Chrome, do LibreOffice, do Firefox, do Gimp… mas não, necessariamente, em dezenas ou centenas de outros “sites”.
Eu só uso pacotes dos “sites” do Google Chrome e do Google Earth. – Ao instalar, eles são automaticamente incorporados como “repositórios” – e daí por diante, serão verificados pelo apt, pelo zypper, pelo dnf etc., facilitando as atualizações regulares (muito importantes, pois navegadores são atualizados quase todas as semanas, inclusive por motivos de segurança).
No PCLinuxOS, o LibreOffice vem diretamente do “site” oficial – enquanto minhas outras distros oferecem seus próprios pacotes, nos respectivos repositórios oficiais.
Por outro lado, PCLinuxOS é a única das minhas distros que fornece o pacote Chrome em seu repositório – enquanto nas outras, preciso baixar e instalar do site do Google.
No Void, é diferente, pois oferece o Chrome por um repositório à parte, que não sei muito bem se é “oficial”, ou “semi-oficial”. – Eu baixo o pacote em código-fonte (?), empacoto, e instalo:
cd ~/void-packages/
git pull
./xbps-src pkg google-chrome
sudo xbps-install --repository=/home/flavio/void-packages/hostdir/binpkgs/nonfree google-chrome
Agora, vamos imaginar um pacote “fofinho”, de uma empresa ou desenvolvedor, oferecido no site “fofuras-net”. – Eu teria muito cuidado, antes de baixar e instalar. – Para ser franco, não costumo fazer isso.
As distros “principais” costumam fazer seus próprios pacotes – compatíveis com as “bibliotecas” que oferecem – e isso muda, conforme as versões.
Quando instalei o Synaptic no Debian 10 (Buster), em Março 2020, vieram junto 22 “dependências” – incluindo um “libept1.5.0”. – Em Maio 2024, já no Debian 13 (Trixie), o Synaptic recebeu (mais) uma atualização, e veio junto um “libept1.6.0t64”.
Em Julho 2023, instalei o Synaptic no MX Linux 23 (Debian 12 Bookworm), e veio só 1 dependência: – “libept1.6.0”. – Se eu tentar instalar um pacote .deb de outra distro (ou de outra versão), pode não ser compatível com essa “biblioteca” existente no MX Linux 23.
Os Buntus costumam oferecer seus próprios pacotes .deb, diferentes dos pacotes .deb do Debian – porque usam versões diferentes – e também, um conjunto diferente de “bibliotecas”, a serem usadas pelo aplicativo (dependências).
Além disso, um Buntu 25.04 provavelmente terá um pacote .deb diferente do Buntu 24.10, ou 24.04 – pois cada um tem um conjunto diferente de “bibliotecas” (versões) – e geralmente não são compatíveis, entre um Buntu e outro.
O mesmo vale para um fork, ou para um fork do fork. – É baseado no Debian versão X, ou no Buntu versão Y, ou no Buntu versão Z…?
Essa é a “regra” que obriga cada distro “principal” a fazer seu próprio empacotamento: – A compatibilidade com as versões das “bibliotecas” necessárias – que também são utilizadas por vários outros pacotes.
Se uma distro está usando uma “biblioteca” versão X-0-Y, seus pacotes precisam estar adaptados a esta versão daquela “biblioteca”.
Poder usar versões diferentes daquela biblioteca, é um dos motivos para existirem Snaps, Flatpaks, AppImages etc.: – Esses pacotes trazem suas próprias bibliotecas (é o que ouvi dizer, pois nunca experimentei), e rodam dentro de algum tipo de “confinamento” – para não conflitar com a versão da “biblioteca” usada pela distro.