Apos ler um post do Fabio Akita sobre sua versão do Omakub criada para Manjaro/Arch, decidi instalar o “original” em minha maquina, e venho me surpreendendo com o aumento de produtividade e workflow de desenvolvedor.
Considerações Iniciais
Omakub, por mais que modifique TOTALMENTE seu Ubuntu, não se trata de uma “nova” distro, mas sim de um ambiente 100% pensado para produtividade e desenvolvimento (principalmente web).
Este não é um projeto para alguém já familiarizado com as complexidades do nixOS ou que esteja curtindo uma instalação do Arch. Ele usa o Ubuntu vanilla, pois é uma das distribuições Linux mais amplamente adotadas e que é até mesmo uma opção de pré-instalação de muitos fabricantes de computadores. Mas, embora o Ubuntu tenha um ótimo gerenciador de pacotes no apt, muitas das ferramentas que os desenvolvedores desejam ou não foram empacotadas, precisam de versões mais recentes do que as que foram congeladas no LTS ou precisam de ações pós-instalação necessárias para o melhor funcionamento. O Omakub inclui todos esses scripts necessários.
Outro ponto fortemente destacado pelo criador do projeto (DHH) é de que o Omakub não se trata de um manifesto ao software livre, mas sim em tornar uma fresh install do Ubuntu em uma máquina de produtividade, com softwares pré instalados, temas e algumas outras modificações que destacarei.
Documentação
Todo o projeto foi configurado e documentado pelo próprio DHH e pode ser encontrado nesse link OMAKUB DOCS onde você pode consultar todo tipo de dúvida que você tiver sobre o projeto, desde configurações básicas do projeto, até como atualizar seu Omakub.
Menu
No menu principal, temos um belíssimo tema Tokyo Night com alguns apps pré instalados, como Google Chrome, Alacritty com Zellij para múltiplas sessões de terminais, Neovim configurado com o LazyVim, Visual Studio (acompanhado também do tema tokyo night) e outros apps como WhatsApp, Signal, Docker…
Tiling
Utilizando o Tactile, o Omakub oferece uma experiencia de tiling fenomenal, sendo possivel selecionar a posição que deseja manter a janela através das bind Q, W, E, A, S e D.
Docker
No docker, DHH optou por utilizar o LazyDocker ao invés do comumente utilizado Docker Desktop, onde durante a instalação você pode selecionar os bancos de dados que irão rodar no mesmo, sendo eles, MySQL, Redis e PostgreSQL.
Mise-en-Place
O Mise, selecionado pelo DHH, é uma ferramenta para versionamento de linguagens de programação, tal qual o ASDF, porém escrito em RUST, eu particularmente achei bem intuitivo.
Digamos que eu esteja trabalhando com um projeto que necessite do Node 14, porém sé tenho o Node 22 em minha máquina, com o Mise, dando o simples comando mise use node@14.21.3 já realiza a instalação e seleção da versão 14 do Node em minha máquina.
Temas
A variedade de temas disponíveis no Omakub também está disponível através de seu launcher, sendo necessário apenas selecionar a opção “Theme” e selecionar o tema desejado.
Recomendo fortemente que leiam o site oficial, e o manual do Omakub caso tenham se interessado, atualmente existem algumas versões não oficiais para Fedora, Arch, Manjaro e outras distros, porém a que vou disponibilizar aqui é a oficial do Ubuntu.
Por fim, vou deixar os requisitos de instalação do Omakub e o site oficial para mais dúvidas que possam ter!
- Computador x86 (sem suporte para ARM atualmente).
- Um USB de 8GB+.
- Ubuntu 24.04 (ou 24.10).