O projeto Fedora estava avaliando substituir o servidor X pelo XLibre (também conhecido como X11Libre) como o padrão para as sessões X11. No entanto, essa proposta foi retirada devido ao feedback “esmagadoramente negativo” da comunidade.
O X é considerado uma tecnologia antiga e complexa, com um código antigo e de difícil manutenção, atrasando a implementação de novos recursos e correções. Vulnerabilidades são frequentemente descobertas e a arquitetura legada dificulta uma abordagem efetiva. Seu desenvolvimento foi lento nos últimos anos, com poucos contribuidores ativos.
Esses problemas estimularam o surgimento do XLibre, com a promessa de ser mais moderno e seguro, corrigindo algumas das deficiências do X original, incorporando ativamente correções para vulnerabilidades conhecidas. Isso permitiria a coexistência de diferentes versões de drivers, facilitando as atualizações.
Apesar das promessas de melhorias, a proposta gerou muita controvérsia. Além do feedback negativo que citamos, a reputação do mantenedor principal do XLibre pesou. Também há uma preocupação que o drivers gráficos quebrem a compatibilidade da ABI (Interface Binária de Aplicação), necessitando-se recompilá-los, o que exigiria muito trabalho dos mantenedores.
O futuro do X11 e Wayland no Fedora
É importante notar que, embora essa proposta para o XLibre tenha sido retirada, o Fedora continua sua transição para o Wayland como o servidor gráfico padrão. A versão 43 já tem planos de ser “Wayland-only” para o ambiente GNOME. No entanto, o XWayland – que permite que aplicativos X11 antigos funcionem dentro de sessões Wayland – permanecerá.
A discussão sobre a substituição do X mostra o desejo de modernizar a camada gráfica do Linux, mesmo com o Wayland ganhando terreno. A retirada da proposta indica que, por enquanto, o Fedora não avançará na adoção o XLibre, mas o debate sobre como melhorar o X continua.