Mozilla quer aumentar a segurança na web, pero no mucho

A Mozilla apresenta nova estratégia para IA, colocando a inteligência artificial no centro de todas as suas decisões. Cada produto, inclusive o Firefox, será avaliado pela quantidade de recursos de IA incorporados e pela receita que esses recursos geram.

A estratégia inclui criar um ecossistema aberto de modelos e ferramentas, apoiado principalmente em modelos disponibilizados pela Meta, aumentando o faturamento fora de acordos de busca, pressionando a empresa a tornar sua linha de produtos mais lucrativa.

A Mozilla justifica essa mudança como uma forma de proteger a web e oferecer mais controle aos usuários diante do avanço das grandes empresas de IA. No entanto, a crítica é que esse discurso de defesa do interesse público contrasta com práticas que lembram uma tentativa de sobrevivência empresarial.

A empresa critica as grandes empresas de tecnologia na web, mas busca parcerias com elas para integrar assistentes de IA ao navegador. Fala muito em dar “escolha” ao usuário, mas essa escolha se resume a decidir qual chatbot ou qual modo de navegação usar, enquanto prepara um modo de uso baseado em prompts, previsto para 2026.

Embora garanta que ninguém será obrigado a usar IA, o fato de atrelar metas de receita a esses recursos sugere que eles serão fortemente promovidos.

A análise final aponta que, após anos de reorganizações, perdas financeiras e tentativas de reposicionamento, essa mudança parece mais voltada a garantir a sobrevivência da Mozilla do que a cumprir a missão histórica de defender uma web aberta e centrada no usuário.

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Espero sinceramente que a Mozilla não se perca com essas decisões. O Firefox é, praticamente, o único browser que uso, não quero precisar buscar alternativas.

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