Migrando do Windows para o Linux: o que você precisa saber antes de fazer a troca

A decisão de migrar do Windows para o Linux pode ser motivada por diversos fatores: busca por maior privacidade, personalização, desempenho, aprendizado ou simplesmente por curiosidade. Seja qual for o motivo, essa transição requer atenção a alguns pontos importantes para evitar frustrações e tornar a experiência o mais proveitosa possível.

Neste artigo, vamos abordar os principais aspectos que um usuário de Windows deve observar ao migrar para o Linux.


:bullseye: 1. Escolha da Distribuição (distro)

O Linux não é um sistema único, mas sim um ecossistema de distribuições (distros) diferentes, cada uma com suas características, públicos e propósitos. Algumas distros são mais amigáveis para iniciantes, enquanto outras são voltadas para usuários mais avançados.

Para iniciantes, algumas das mais indicadas são:

  • Linux Mint
  • Ubuntu
  • openSUSE
  • Fedora Workstation
  • Zorin OS

Cada uma oferece ambientes gráficos e gerenciadores de pacotes diferentes. O ideal é testar algumas em Live USB antes de decidir.


:bullseye: 2. Ambientes Gráficos

No Windows, há uma única interface padrão. No Linux, você pode escolher entre diferentes ambientes gráficos (desktops environments), como:

  • KDE Plasma (moderno e altamente personalizável)
  • GNOME (minimalista e funcional)
  • XFCE (leve e rápido)
  • Cinnamon (parecido com o Windows clássico)

Cada um oferece uma experiência distinta de uso e desempenho. Vale testar alguns para encontrar o que mais combina com seu perfil.


:bullseye: 3. Compatibilidade de Software

Nem todos os softwares disponíveis no Windows têm versões nativas para Linux. Algumas alternativas:

  • Microsoft OfficeLibreOffice, OnlyOffice, WPS Office
  • Adobe PhotoshopGIMP
  • Adobe PremiereKdenlive, Olive

Para programas sem versão ou equivalente, pode-se tentar rodá-los via:

  • Wine
  • Proton (para jogos, via Steam)
  • Máquinas virtuais

Antes de migrar de vez, verifique se os aplicativos que você usa no dia a dia têm equivalentes viáveis.


:bullseye: 4. Sistema de Arquivos

O Windows usa NTFS e FAT32. O Linux usa principalmente EXT4, Btrfs, XFS ou F2FS (em SSDs). Embora o Linux leia e escreva em NTFS e FAT32, discos formatados nesses padrões podem não aproveitar todos os recursos do sistema.

É importante planejar o particionamento e, se possível, fazer backup e formatar os discos com sistemas de arquivos nativos do Linux.


:bullseye: 5. Drivers e Hardware

Embora o suporte a hardware no Linux tenha evoluído muito, certos dispositivos — especialmente impressoras, scanners e placas de vídeo dedicadas — podem demandar atenção extra:

  • Placas NVIDIA requerem drivers proprietários.
  • Impressoras antigas podem não ter suporte nativo.
  • Periféricos específicos (como leitores biométricos) podem não funcionar.

Verifique a compatibilidade do seu hardware antes.


:bullseye: 6. Terminal (linha de comando)

Embora seja possível usar Linux sem abrir o terminal, aprender os comandos básicos proporciona muito mais controle e flexibilidade. É o equivalente a conhecer os bastidores do sistema:

  • Instalar/remover programas
  • Atualizar o sistema
  • Configurar rede
  • Diagnosticar problemas

Vale a pena investir um tempo aprendendo o básico.


:bullseye: 7. Atualizações e Segurança

Diferentemente do Windows, as atualizações no Linux:

  • Não interrompem o trabalho sem aviso.
  • Podem incluir sistema, aplicativos e drivers em um só comando.
  • Costumam ser mais frequentes e discretas.

Além disso, a maioria das distribuições Linux não precisa de antivírus convencional, graças ao seu modelo de permissões e repositórios verificados.


:bullseye: 8. Gerenciamento de Programas

No Windows, você baixa instaladores da internet. No Linux, a maior parte dos programas é instalada por repositórios oficiais ou lojas de aplicativos:

  • APT (Debian, Ubuntu)
  • DNF (Fedora)
  • Zypper (openSUSE)
  • Pacman (Arch)

Isso reduz riscos de software malicioso e facilita o gerenciamento.


:bullseye: 9. Backup e Restauração

Antes de migrar, faça backup completo dos seus arquivos. Algumas distribuições oferecem ferramentas de snapshots (como o Timeshift ou Snapper), permitindo restaurar o sistema a um ponto anterior em caso de problemas.


:bullseye: 10. Mentalidade de Aprendizado

O Linux é diferente do Windows em várias áreas — e isso exige disposição para aprender. Problemas podem surgir, e a solução quase sempre está a poucos cliques em fóruns e comunidades. O importante é não desanimar nos primeiros obstáculos.


:pushpin: Conclusão

Migrar do Windows para o Linux é perfeitamente viável para usuários domésticos e profissionais. Com planejamento, pesquisa e disposição para aprender, a mudança não só é possível como recompensadora.

O Linux oferece liberdade, segurança e controle que poucos sistemas proporcionam. Basta lembrar: o início pode ser um pouco desafiador, mas vale cada segundo.

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