Meta anuncia hoje a demissão de 11 mil funcionários

Meta, a empresa detentora de propriedades como Facebook, Whatsapp e Instagram, anuncia hoje a demissão de mais de 11 mil funcionários no final do ano de sua maior retração. Apesar de os números de usuários de suas principais plataformas seguirem estáveis, a retração foi de 60% até o momento, em 2022.

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Segundo o CEO Mark Zuckerberg, ele e sua equipe se equivocaram nas previsões de crescimento, pois com a ocorrência da pandemia, houve um aumento nas atividades on line pelo mundo. Eles pensaram que este crescimento seguiria constante mesmo após a Covid, mas o que aconteceu foi uma retração para condições semelhantes às anteriores.

Mark diz que o aumento da competição, a desaceleração macroeconômica e a redução no comércio on line, assim como, consequentemente, dos anunciantes, são as principais causas na queda de receita. Sendo assim, ocorre a necessidade de serem economicamente mais eficientes para que mantenham os investimentos em áreas prioritárias, como o desenvolvimento de inteligências artificiais, as plataformas de Ads e negócios e o metaverso.

Os funcionários demitidos receberão apoio financeiro e de infraestrutura e para que consigam se manter por um tempo e consigam outro trabalho rapidamente. Estes benefícios podem variar entre países.

A demissão está ocorrendo imediatamente e quem foi desligado já perdeu acesso aos sistemas da empresa por questões de segurança, entretanto podem ainda acessar o e-mail institucional para se despedirem de seus colegas.

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Parece que o mercado está tomando outra direção agora, depois de alguns anos de abundância. Com tanta gente gabaritada voltando ao mercado, é bem provável que aquela galera que só conseguiu vaga por conta da época das “vacas gordas” comece a sentir uma maior competição pelos cargos.

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@Dio eu gosto de pensar na questão do copo cheio.

Pegando um exemplo exagerado, existem eventos que chamam muito mais a atenção do que outros.
É fato que Facebook e suas redes sociais relacionadas (WP/Instagram) estão perdendo relevância para concorrentes chinesas já há algum tempo. Do pouco que acompanho sobre renda de criadores de conteúdo, parece-me que o Instagram é, de longe, a pior.

À medida que um Kwai ou Tiktok contratam duas três pessoas num dia (talvez mais), não chama a atenção, mas uma demissão em massa (ainda mais que teve o Twitter também) ganha mais repercussão, mídia, assim como morrem muito mais pessoas de acidentes de automóvel, mas o que é destaque no jornal, quando acontece, é uma tragédia aérea.

Acho que a curva de crescimento vai abaixar (e nem era para se esperar o contrário), mas TI é um mercado que finalmente teve sua importância relevada no pós pandemia. Vejo que tem áreas em que o investimento ainda é terrivelmente baixo frente aos riscos x demanda, especialmente segurança.

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E eu sou o Batman para cair nessa. O cara teve um loss de 15bi por investir cegamente no metaverso e os funcionários que pagam o pato. Lamentável

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Tomara… Nós estamos tendo bastante dificuldade para achar mão de obra na área de programação, decidimos recorrer a estágios e bolsas para alunos na graduação, mas é uma faca de dois gumes, alguns são pessoas que ainda não são suficientemente capacitadas e acabam inicialmente desacelerando a empresa.

Está muito fácil para bons desenvolvedores de todos os níveis trabalharem por um salário fora da curva nacional, em dólares. Estamos torcendo para que o dólar baixe e melhore a competitividade nacional.

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Realmente, também penso assim. Acho que o que varia com o tempo é a flexibilidade do mercado com relação ao nível de competência das pessoas. Sendo mais ou menos tolerante, dependendo da necessidade do momento.

A gente vê muitas escolas e faculdades anunciando sobre como as vagas no mercado são abundantes, e elas realmente são, mas, simultaneamente, a gente vê ainda bastante gente procurando trampo ou não conseguindo.

Em parte (e esse seria certamente apenas um dos motivos) é porque apesar das vagas existirem, tirando casos onde compensa contratar alguém com menor qualidade técnica, as vagas estão aguardando profissionais qualificados.

Provavelmente existiu uma “leva” de desenvolvedores e profissionais de TI que foram adicionados a cargos no mercado, especialmente em meio a pandemia nos últimos anos, que não teriam as mesmas oportunidades em condições ‘normais’.

Essas pessoas é que talvez corram algum risco com seus empregos quando o mercado começar a mudar, tentar reduzir custos, aumentar a eficiência, algo que sempre acontece, com ou sem pandemia.

Ao mesmo tempo, é o famoso, “para gente boa, sempre terá lugar”.

Esse “jogo das cadeiras” de cargos em grandes empresas é muito midiático, sem dúvida, mas também é um lembrete para gente nunca parar de se aprimorar. Momentos de recesso são cíclicos e uma hora ou outra eles chegam, pode não ser agora, mas deve chegar, sempre chegou, assim como os momentos de abundância.

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Deve ser complicado mesmo essa situação. O mercado recente acabou fazendo com que muita gente entrasse no ramo “apenas pelo salário”.

Apesar de ser uma profissão de técnica, eu ainda vejo um “solucionador de problemas” como um programador, e nem todos que entraram nessa pela questão de vagas mais abundantes tem esse “espírito de ser” para continuar se lapidando e melhorando, estudando sempre, algo que programação sempre exigiu. Algo que uma carreira tech em geral sempre exigiu, nem precisa ser programção necessariamente.

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Com certeza é algo meio geral na área de TI. Mas depende do que sua empresa faz.

Para produzir software no qual pessoas podem confiar, diria que ser um “solucionador de problemas” não é o bastante.

Acabam sendo “cowboy coders”, literalmente só sabem resolver o problema, são difíceis de encaixar em equipes sem que virem mais “criadores de problemas” do que “solucionadores de problemas”.

Ainda é melhor que um completo iniciante, em algum lugar entre o primeiro e quarto semestre de universidade, em que você se vê fazendo tudo em dobro para ensinar a pessoa. Mas a longo prazo, ter que corrigir um “cowboy coder” pode ser um problema muito maior.

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Bem isso mesmo. “Cowboy coder” é um termo novo pra mim haha :joy:

Um “solucionador de problemas” é uma definição mais abrangente até. Se pensar nos desafios que existem para criar um produto que solucione um problema e se encaixe no mercado, conseguindo manter ele por bastante tempo, dá para ter uma noção que “só” saber programar nem sempre será o suficiente mesmo.

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Coisas da nossa área… : - ) não que um “cowboy coder” seja um desastre completo, eles costumam ser capazes de entregar código de qualidade, e sozinhos em um projeto pequeno eles funcionam bem e entregam um produto bom, o problema mesmo é fazer eles cooperarem com uma equipe.

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Isto é uma verdade absoluta.

Achar um solucionador de problemas é um problema, e reforça a frase acima.
Programar em si é algo que está cada vez mais simples e caminha para a automatização.
Entender e modelar um problema, agregando valor ao negócio é que é a grande sacada.

Feliz ou infelizmente o Facebook tomou um tombo em termos de avaliação de mercado. Dificilmente é uma bananeira da qual sairá um novo cacho, e esta aposta no metaverso começa a dar sinais mais claros de flop.
É engraçado ver que uma empresa de TI pode ter um ciclo muito curto, a Meta tem uma certa cara de empresa velha, de naftalina no ar, de quem não soube se reinventar. Aí vejo a própria MS bem diferente do que foi no passado, e até Nvidia abrindo código. Por isto há empresas que perpetuam e deixam legado e outras são uma breve passagem.

Sempre que eu encontrei “solucionadores de problemas”, absolutamente sempre, foram verdadeiros auto-didatas. Um verdadeiro auto-didata não necessariamente é um “solucionador de problemas” ainda, mas pode ser guiado para se tornar um, é algo com que da para trabalhar mesmo que a pessoa não seja capaz ainda.

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