Acho que é a notícia mais inesperada do dia, “Magalu” adquire a plataforma “Jovem Nerd”. Quero ver como ficará a equipe e projetos do Jovem Nerd:
Muita informação pra mim, não sabia que o Canaltech também pertencia a Magazine Luiza e que o Nerdologia pertencia ao Jovem Nerd.
A Magazine Luiza, se não foi a 1st, foi uma das primeiras empresas brasileiras, que não era diretamente ligada ao ramo de TI e informática, a pensar “out of box” integrando seu modelo business com as tecnologias atuais e futuras do Brasil e do Mundo. A própria assistente virtual dela mostra isso.
Eu também de uma vez só descobri que a Magazine Luiza quer virar a Amazon brasileira, não só comprou o Jovem Nerd, como entre outros sites já é dono do Canaltech e da Estante Virtual!
Sobre o Grupo Jovem Nerd eles eram donos de várias marcas, na internet brasileira mesmo eles eram donos de tanta coisa: editora, loja virtual, gestora de conteúdo de YouTube de diversos canais, etc.
E até onde eu vi, a Magazine Luiza está na briga com a própria Amazon para comprar os Correios. A intenção dela de se tornar como uma Amazon brasileira é forte.
Eu botei fé no Magazine Luiza desde que eles fizeram um tutorial do Ubuntu hahaha
Eu vi até a empresa querendo comprar vacina e se juntando a outras corporações em um movimento para que o poder público leve a pandemia a sério para que o normal retorne mais rápido e consecutivamente os impactos econômicos sejam menores.
Isso por acaso significa que produtos referentes a área de TI/Geek/Nerd estarão mais baratos e acessíveis?
Não necessariamente. Por enquanto, só dá para imaginar uma ampliação de investimentos na área, diversificação de conteúdo e ainda mais concentração de grandes players na área.
P.S.: lembrando que há muito tempo, termos como “geek”, “nerd”, “otaku” perderam seu sentido original e marginal no Ocidente. Hoje essas terminologias, não passam quase que apenas sinônimo de consumidor de cultura pop. Na medida em que todo mundo é “gamer”, “otaku”, “nerd” e “geek” os conceitos foram inicialmente esvaziados e depois ressignificados. Temos muitos material analisando criticamente isso e quem viveu os anos 80 ou 90 sabe do quão isso é real.
As empresas estão apenas capitalizando isso como uma oportunidade de negócios, como sempre fazem naturalmente.
Entendi, eu citei esses termos para generalizar mais componentes desde acessórios de cultura Pop até peças de computador/videogame…
Tudo que vira modismo perde seu brilho e com o tempo acaba virando algo vazio…
Nossa, lendo aqui o Estadão, de 2017 para cá a Magazine Luíza adquiriu 20 empresas, entre elas:
A empresa realizou mais de 20 aquisições estratégicas desde 2017, envolvendo negócios de varejo, e-commerce (Netshoes, Zattini, Shoestock, Estante Virtual, Época Cosméticos, tonolucro, aiqfome); serviços financeiros (Hub Fintech); logística (logbee, GLF, sinclog); infraestrutura e sistemas (HubSales, Integra Commerce, SoftBox, Stoq, Grand Chef, SmartHint, Vip Commerce, SmartHint); educação (ComSchool); marketing (inlocomedia), conteúdo, mídia e entretenimento (Steal the Look, Canaltech, Jovem Nerd).
Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-que-o-magazine-luiza-quer-com-o-jovem-nerd-e-outras-aquisicoes-leia-analise,70003681257
Inclusive a aquisição da Hub foi bastante questionada pelo Mercado Livre.
Tem despontando como a empresa que vai dominar o comércio no Brasil.
Nerd, por essência, no contexto original do termo, era o cara que naturalmente não se envolvida com ninguém. O nerd é o cara que na terceira série do primário já sabe mais de metade do mapa-mundi, filosofa e sabe qual foi cada um dos regimes políticos do império romano.
Nem que ele quisesse, conseguiria socializar. Enquanto os colegas estão apanhando nas primeiras operações de multiplicação e divisão, ele já considera báskara trivial e tira as raízes de cabeça.
Quando chega perto de outro nerd, não há conversa também: é um posto “disputado” e naturalmente tende ao conflito.
Já o Geek ERA o cara que sabia tudo de tecnologia, e sabia comprar boas coisas com custo benefício que sequer eram conhecidas.
Hoje um early adopter é tão somente uma questão de quem tem mais dinheiro para comprar o próximo gadjet da moda.
Até ontem eu nem sabia que Netshoes, Estante Virtual e Canaltech eram deles. Nos demais segmentos não vejo problemas de ordem ética, mas, no caso do Canaltech acho que compromete um pouco, porque trabalha com conteúdo jornalístico, e a aquisidora não é do setor de comunicações e paralelamente trabalha com tecnologia, logo, pode existir conflitos de interesses.
Essas múltiplas aquisições da Magazine Luiza será que seriam uma estratégia para virar uma Amazon Brasileira?
Meu palpite como mencionei acima é que sim.