LXQt pronto para Wayland

O LXQt é a interface gráfica leve que conseguiu ser a primeira a suportar Wayland, antes de suas rivais XFCE, MATE, Cinnamon, etc.

A forma que o LXQt alcançou o Wayland é um pouco diferente, ao contrário do Gnome e KDE que implementaram o seu próprio compositor Wayland, o LXQt aproveita de compositores já existentes e apenas roda por cima.


Para testar

Você vai ter que usar alguma Distro com LXQt na versão 2.1.

O pacote que dá suporte ao Wayland é o lxqt-wayland-session, mas além disso é necessário usar um compositor wayland, como labwc (Openbox), wayfire (Compiz) ou o miriway.

O Projeto Fedora decidiu usar o miriway como compositor default para sua spin lxqt a partir da versão 42, citando o suporte a portais desktop e maior estabilidade ABI em relação ao wlroots.


Meus testes e observações

Eu usei como teste o Fedora Rawhide 42 e o Artix (Arch) Linux.

Escolhi o Labwc como compositor, por ser mais leve e sucessor do Openbox no Wayland, sendo que o padrão do LXQt no Xorg é o próprio Openbox.

Também testei o Wayfire e funcionou sem problemas, mas o Miriway no Fedora Rawhide crashou e não subiu a sessão por enquanto.

Configurações incompletas

Como o LXQt é agnóstico de compositor, não seria fácil implementar algumas configurações do sistema na própria DE, então configurações como Mouse, Teclado e Monitor não estão presentes, tendo que ser configurados diretamente no compositor escolhido.

Para configurar o tamanho do monitor eu recomendo o wlr-randr para compositores baseados em wlroots.

Porém, é possível configurar diretamente no LXQt a personalização do sistema, como a barra, fonte e temas.

Captura de tela

É possível capturar a tela com o Flameshot e OBS, mas antes é necessário instalar o pipewire, xdg-desktop-portal-wlr (no caso dos compositores baseados em wlroots) e exportar xdg_current_desktop como sway.

Filtro de luz azul

O gammastep faz esse trabalho muito bem.

Consumo de RAM no arranque

Lembrando que o ambiente é virtualizado com qemu/kvm.

Artix: 530 mb
Fedora: 730mb


Conclusão

Dos ambientes leves foi o primeiro a suportar Wayland praticamente por completo, para uso normal do dia-a-dia já está o suficiente e eu o indico para computadores mais fracos por ser mais leve que Gnome/KDE.

3 curtidas

eu uso GNOME no meu aspire 5,mas ainda “flerto” com o lxQT,acho que tem o potencial de ser usado até por pcs mais fortes com NVIDIA.
,Ryzen 9,etc

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Detalhe importante: o compositor tem que ser baseado em wlroots, outros compositores não vai prover os protocolos que o lxqt-panel e o pcmanfm-qt usam para se posicionar e se interagir, do contrário o LXQT vai crashar

2 curtidas

Pois é, estou curioso como o Fedora vai implementar o LXQt no Mir, já que não é wlroots. Quando testei, crashou.

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O lxqt é software livre, capaz que eles vão escrever um patch.

Ele implementa alguns protocolos típicos do wlroots, não sei se é suficiente mas pra eles tomarem essa decisão em teoria deve ser suficiente