Linux ultrapassa 6% de participação no mercado de desktop!

Artigo da ZDNET comenta estudo da Lansweeper, sobre a participação dos sistemas operacionais no mercado de desktop. A análise incluiu mais de 15 milhões de desktops “de consumo” e 3,5 milhões de “corporativos”, com participação do Linux superior a 6%, muito maior que corporativos gerenciados pelo Active Directory (AD), de 1,9%.

O estudo define “desktops de consumo” como computadores que não estão conectados a um domínio do Active Directory, como estações de trabalho independentes ou dispositivos trazidos pelos próprios funcionários (BYOD). Já “corporativos” são aqueles gerenciados pelo Windows Active Directory.

Esse trabalho alinha-se a outros, que também mostram a participação de mercado do Linux se aproximando da marca de 6%. O site de Análise de Aplicativos e Sites do Governo Federal dos EUA, por exemplo, registrou 6,3% nos últimos 90 dias; e a StatCounter, 5,24% em julho.

Apesar da baixa participação corporativa, a presença do pinguim em redes gerenciadas por AD mostra crescimento constante: de 1,6% em janeiro para 1,9% em junho deste ano. Novos dispositivos, surgiram após março de 2025, tendem a usar o Linux em maior proporção, com 2,5% deles rodando o sistema.

Adoção do Linux por Indústria e Localização

Na Europa, indústrias, varejo e governo têm uma adoção significativamente maior de Linux, devido à recente mudança de governos europeus de Windows para Linux.

Na América do Norte, as indústrias de tecnologia, telecomunicações, finanças e seguros são as que mais adotam o Linux.

Em relação ao tamanho da empresa, a adoção do Linux é maior em pequenas e médias empresas (PMEs) na América do Norte, enquanto na Europa é maior nas grandes corporações.

O que está impulsionando o crescimento?

Um dos principais impulsionadores do nosso querido isfenicídio é o desenvolvimento de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina, tornando-se o sistema operacional padrão para esse tipo de trabalho devido à prevalência de frameworks de IA de código aberto, como TensorFlow, PyTorch e Hugging Face.

Embora o artigo sugira que o nosso querido isfenicídio provavelmente nunca se torne tão popular quanto o macOS, os números indicam que já é um “player” significativo para usuários avançados e desenvolvedores.

Como a Lansweeper coleta os dados

A empresa utiliza uma abordagem híbrida para coletar dados, combinando diferentes técnicas de escaneamento, como Escaneamento sem agente (Agentless), Escaneamento com agente (Agent-Based), Escaneamento Ativo e Escaneamento Passivo (Asset Radar).

image
Imagem gerada por IA

E você qual sua opinião sobre esse crescimento? Deixe aqui seu comentário.

6 curtidas

Quinta-feira vi um colega de curso com um Macbook, na hora perguntei se ele trabalhava com design, o que era verdade. Enquanto isso, somente eu, dos meus amigos e grupo de convívio social usa alguma distribuição Linux… o que ainda me faz pensar que estamos numa bolha de usuários, quando se deparamos com mais algum usuário doméstico…

Na outra graduação, toda vez que via um notebook, quase sempre com o Ubuntu, era alguém de sistemas da informação ou ciência da computação; o que reforça que o crescimento da base de usuários é ou ainda está sendo muito nichado…

Eu creio que a adoção de distribuições Linux crescerá, mas vejo que para o público mainstream, isto só se tornará uma possibilidade quando alguém forte no mercado despontar com algum sistema. Foi o que no passado acreditamos que a Canonical iria conseguir fazer… E hoje, particularmente, não creio que uma System76 consiga algo da relevância que um dia foi o Ubuntu, porque no fundo a empresa trabalha com hardware e o software é só pra fechar a experiência de uso.

Mas não sou pessimista não, pelo contrário, sou até otimista demais… Creio que experiências como o SteamOS darão pelo menos muita visibilidade, e nisto algum fabricante ou sistema poderá se beneficiar.

Também acredito que os sistemas imutáveis serão o futuro no Linux, a adoção massiva de flatpak ou até mesmo Snap, tudo isso ajudará os desenvolvedores a portarem seus programas, e as distribuições deixarão de perder muito tempo empacotando programas que poderiam vir diretamente de seus mantenedores.

E também creio que as distribuições mantidas pelos desenvolvedores das principais DE’s darão certo… do que o leigo ficar discutindo se usa o KDE Neon ou Kubuntu, pra usar o Plasma por exemplo, talvez no futuro já veja o KDE Linux como a distribuição oficial e parta logo para esta distro… Quanto mais usuários numa só distribuição e não em centenas de milhares de distros, creio que comercialmente ajuda.

4 curtidas

Caríssim@ Tosca16. Há um problema básico na tua linha de raciocínio. Pe sar no Linix alavancado pelo caminho de mercado. Sem ilusões nesse campo poi se formos por aí acabou a condição de origem e a natureza do Linux: SL. Assim m@ amig@. Esse horizonte será possível se for possível uma sociedade alfabetizada digitalmente..Semlre disse aos meus alunos, inclusive os da CC: quem.sair daqui agora e encontrar um note sem.sistema.operacional instalado dizendo que o freguês é quem.manda e instala, pode ir para casa que ganhou o semestre. É disso que se trata… SL é para quem.quiser e não para “todos” que é um termo abstrato que serve para qualier negócio. Fuja dessa lógica que voltamos a conversar.

1 curtida

Aqui na firma todos os devs usam MacBook. Não ha nenhuma obrigação, mas, na prática, não usar um dificulta. Os motivos são diversos hoje em dia, mas começou devido à necessidade de projetar o front para iOS.

Eu até entendo e concordo em partes com o argumento da inércia, mas acho que às vezes as pessoas subestimam demais a escolha propositada, especialmente no atual mercado desktop, que passou de dominada por consumidores de conteúdos para dominada por criadores, pesquisadores e profissionais liberais, estações de trabalho e coisas assim.

4 curtidas

Um dos maiores entraves no mercado corporativo são os ecossistemas. O SharePoint é robusto, forte e simples de implantar e treinar o time.

As camadas de acesso são boas com o Microsoft Authenticator, a Suíte de Escritório é toda integrada.

Ainda vai levar um bom tempo para alinhar todos esses pontos.

4 curtidas

Explique isso para ambientes que so tem capacidade de hardware e software so para sistemas proprietarios kkkkk
Vai chamar o mecanico ou medico de analfabeto na area pq eles dependem dos softwares? Software Livre não vai mudar quem precisa de algo que funcione com o trabalho especifico

2 curtidas

Eu estava numa empresa de estamparia, por exemplo; nesta empresa foi-me proposto que aprendesse o básico de Photoshop para trabalhar com Silk Screen. Todos os profissionais e cursos só ensinam na plataforma Adobe; eu para utilizar o Gimp, teria que adaptar, buscar em fóruns, sites e diversos para tentar reproduzir os mesmos passos.

Primeiro não teria tempo para tal, e segundo não teria suporte nem apoio; imagina eu chegar com outro software, e perguntar ao meu supervisor como faço no Gimp tal funcionalidade presente no Adobe Photoshop; primeiro ele vai dizer que não sabe, segundo que eu estou dificultando as coisas por querer usar algo que a empresa não utiliza ou não é o exigido no mercado.

É impossível mudar? Não, algumas coisas eu fui destrinchando e conseguir fazer no Gimp, outras tive enorme dificuldade…

Minha formação é em medicina veterinária, quando fui estagiar no DF conheci o software de uma empresa que gerencia o abastecimento de ração, consumo e desperdício nas granjas, mesmo o aplicativo sendo online, no Linux, ele dá inúmeros erros e não abre corretamente. Não conseguia logar com meu usuário e senha, o próprio rapaz do TI da empresa não sabia o que fazer…

Eu continuo utilizando Linux, não pretendo mudar, mas profissionalmente por comodidade e precaução terei que colocar um Windows em dual-boot.

São experiências como esta que dificultam a migração… Eu já tentei por o Zorin OS num pc de uma colega minha, quanto ao sistema em si, só elogios; rápido, leve… mas um usuário leigo ficará até tiver sua primeira dificuldade. Esta colega em questão estava com dificuldades na suite office, usar o Zorin tava de boas, mas usar o LibreOffice não.

4 curtidas

Na universidade o professor de bioquímica nos mandou um aplicativo para vermos as estruturas em 3D, era um aplicativo simples, em .exe; enquanto todo mundo tava rodando e vendo as estruturas, tava eu buscando abrir no Wine, quebrando a cabeça.

Findou que nunca instalei e não usei.

4 curtidas

A situação é similar aqui, a nossa documentação interna é toda focada em Mac OS, Homebrew, ZSH. Já tivemos uma experiência prática de ter alguém usando Windows trabalhando e o resultado foi problemas, impossibilidade de instalar ferramentas como asdf fora do WSL, mais massagem para fazer o emulador e SDK Android se comunicarem com o WSL, etc.

Hoje em dia não tenho tempo, mas volta e meia penso em colocar servidor tipo estúdio no meu escritório para ter um ambiente Linux, só porque estudar e explorar tecnologias é um prazer meu, mas no geral, hoje eu uso apenas como infraestrutura tecnológica.

Eu não digo só um usuário leigo, mas qualquer um que não encontre o que veio buscar no Linux, e não ligue para que OS usa. Hoje em dia, Eu ainda gosto do Linux tanto quanto, por mais que não use como Desktop, mas se algo mudou de lá para cá, é que eu não acho que é importante que OS eu uso, tipo, é apenas um meio para um fim, pelo menos para mim.

4 curtidas