Lavagem aberta é "picaretagem aberta" com o software livre

Steven J. Vaughan-Nichols publicou texto no TheRegister onde discute a prática da “lavagem aberta”, onde empresas afirmam que seus produtos são open source, apesar das cláusulas que limitam seu uso. O termo foi inspirado no “greenwashing”.

A lavagem aberta se tornou comum, especialmente com o crescimento da IA, permitindo que empresas se beneficiem da imagem positiva do código aberto sem realmente adotá-lo.

Elas tentam evitar regulamentações mais rigorosas, rotulando softwares como abertos, quando não são. Isso acontece na UE, onde a falta de uma definição clara de “código aberto” contribui para essa desfaçatez.

Prevenindo a lavagem aberta

A lavagem aberta de software pode ser detectada e prevenida através de várias abordagens, como a avaliação de licenças, garantindo que atendam aos critérios de código aberto definidos pela Open Source Initiative (OSI).

Outra conduta importante é exigir que as empresas forneçam documentação clara e acessível sobre como os softwares são desenvolvidos e mantidos.

Auditorias independentes de software, para verificar se as alegações de abertura de código são verdadeiras, ajudam a identificar práticas enganosas.

Deve-se incentivar a participação da comunidade no desenvolvimento do software. Projetos verdadeiramente abertos geralmente têm uma base ativa de colaboradores e usuários.

Por último, aumentar a conscientização sobre o que é software aberto, ajuda usuários e desenvolvedores a reconhecer práticas perniciosas de lavagem aberta.

O caso Lama 3 da Meta

O Llama 3 da Meta exemplifica a lavagem aberta no software. Embora a empresa afirme que o modelo é open source, foi lançado sob licença que impõe várias restrições, incluindo quem pode usá-lo.

Especialistas, incluindo o diretor executivo da Open Source Initiative, afirmam que, devido a essas cláusulas e à falta de transparência sobre os dados de treinamento, o Llama 3 não se qualifica como open source.

Assim, a Meta tenta capitalizar a imagem positiva do código aberto sem um compromisso real com seus princípios.

Fontes: links no texto

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O que acho incrivel, é como existem diferenças no pensamento osi para o pensamento do movimendo de software livre

Ambos ten essas questões, mas as bigtechs aproveitam-se mais do movimento osi

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