KDE Plasma 6.8 marca a virada definitiva para o Wayland

O KDE Plasma 6.8 marcará o fim das sessões X11 no desktop KDE, após trinta anos. A equipe decidiu adotar o Wayland como base única do ambiente gráfico, permitindo que aplicativos antigos continuem funcionando por meio do Xwayland.

A mudança acontecerá por volta de 2026/2027, e o KDE manterá a sessão X11 apenas até o início de 2027. Quem ainda depender do X11 poderá recorrer a distribuições de suporte prolongado, como o AlmaLinux 9, que manterá essa sessão até 2032. Manter X11 e Wayland ao mesmo tempo atrasa o desenvolvimento.

Ao focar no Wayland, aceleram-se as melhorias, introduzem-se novos recursos e otimiza-se o sistema. A sessão Wayland já oferece desempenho melhor para jogos, com suporte a adaptive sync, tearing opcional e monitores de alta taxa de atualização. O driver proprietário da NVIDIA está muito mais estável, e GPUs antigas podem usar o driver aberto Nouveau.

Os aplicativos X11 continuarão funcionando por meio do Xwayland. Recursos adicionais — como melhor escalonamento fracionado e suporte opcional a atalhos globais X11 — tornam a adaptação mais simples. Programas que dependem de captura de tela ou transmissão podem precisar de pequenas revisões, mas a maioria já foi ajustada para operar no novo ambiente gráfico.

A acessibilidade permanece completa ou até superior: leitores de tela, teclas especiais e zoom seguem funcionando como esperado, e o novo sistema traz vantagens próprias, como gestos no touchpad para ampliar a tela e filtros de cor aplicados em todo o desktop. A equipe incentiva quem precisa de recursos específicos a comunicar qualquer dificuldade restante.

BSDs como o FreeBSD já contam com sessões funcionais do novo servidor gráfico. A divisão do KWin em variantes para X11 e para o Wayland facilitou o processo de transição; porém, manter a sessão antiga ainda impunha barreiras ao desenvolvimento em diversas partes do desktop. Ao retirar essa camada legada, o projeto elimina essas restrições e recupera liberdade para evoluir mais rápido.

O KDE resume a decisão como essencial para manter o Plasma moderno, estável e competitivo. Eles acreditam que dedicar todos os esforços ao Wayland trará melhorias mais rápidas e uma experiência superior para a maioria dos usuários. Depois de uma longa transição, o projeto afirma estar perto da linha de chegada e pronto para inaugurar uma nova era.

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Por mais que esbravejem, é o futuro… o pessoal que defende o Xorg deveria reconhecer que não dá mais pra remendar o X11, é preciso construir algo novo.

Sugiro que todos assistiam o podcast sobre Wayland com o Georges Stavracas, desenvolvedor Gnome. Tem muita coisa que parece simples mas não era, fora as inúmeras limitações que o Xorg apresenta.

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Não existe como barrar o futuro e a evolução que vem com ele.

Já estou usando o wayland há um tempo e não tenho nenhuma queixa dele.

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Usando Wayland aqui desde 2023 e tudo funcionando tranquilo.

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Aqui ainda tenho alguns problemas com wayland, mas nada muito sério