KDE Plasma 6.6 traz comando “winver” e refinamentos que o aproximam dos usuários avançados do Windows

O ambiente de desktop KDE Plasma continua em ritmo acelerado de desenvolvimento e inovação. Após a versão 6.5, os desenvolvedores já estão se dedicando às correções e melhorias que farão parte da versão 6.5.1, além de trabalharem ativamente nos novos recursos planejados para o Plasma 6.6.

O desenvolvedor Nate Graham descreveu o lançamento do Plasma 6.5 como “bastante suave”, destacando que o único problema relevante até o momento foi uma falha de compatibilidade com GPUs AMD mais antigas, que fazia o cursor parecer um “queijo suíço”. Mas o bug já foi corrigido e fará parte das atualizações da versão 6.5.1.

Entre as novidades para o Plasma 6.6, a mais interessante é a introdução do comando “winver”, inspirado diretamente no Windows, comando usado para exibir as informações da versão do sistema operacional; e, agora, os usuários do KDE também poderão digitá-lo na barra de pesquisa para abrir a página “Sobre este Sistema”.

O objetivo, segundo os desenvolvedores, é facilitar a vida de usuários experientes do Windows que estão migrando para o Linux, aproveitando a familiaridade com esse comando e fortalecendo a integração entre diferentes hábitos de uso.

O Plasma 6.6 também trará melhorias na interface e na usabilidade, sendo possível ajustar o volume de áudio de uma aplicação diretamente pela barra de tarefas, apenas rolando o mouse sobre o ícone do programa em execução.

Com o lançador de aplicativos Kickoff, as categorias adjacentes não se tocam mais, deixando o design mais limpo e harmonioso. O Media Player integrado ganhou um toque de refinamento — quando o site de origem do áudio ou vídeo não fornece uma capa de álbum, o ícone do site (favicon) passa a ser exibido como arte do álbum.

As atualizações não param por aí. No módulo de Configuração de Exibição das Configurações do Sistema, todos os controles deslizantes agora têm o mesmo tamanho, contribuindo para uma aparência mais consistente.

Já na versão 6.5.1, a equipe corrigiu uma série de problemas: dois erros recentes que causavam falhas no KWin, uma falha ao conectar monitores externos, problemas na aparência de ponteiros do mouse em placas AMD, e um bug que afetava o funcionamento do aplicativo Spectacle, responsável por capturas de tela.

Também foram corrigadas inconsistências nos menus de aplicativos GTK3, que agora têm cantos arredondados corretamente, e um problema visual que adicionava uma linha extra de pixels abaixo das barras de título de janelas gravadas.

No campo técnico, o KDE Plasma 6.5.1 passou a usar um método de transmissão de informações de cor mais eficiente, reduzindo a largura de banda necessária e melhorando a estabilidade de telas conectadas em limites críticos de desempenho.

A nova versão também corrige problemas relacionados ao uso de “direct scanout”, garantindo melhor desempenho gráfico. Já o Plasma 6.6 traz suporte aprimorado para compartilhamento de tela em configurações com múltiplos monitores, permitindo que os aplicativos controlem melhor a posição das janelas.

Além disso, os widgets de relógio foram migrados para uma nova biblioteca chamada “libclock”, o que deve eliminar bugs pontuais e facilitar a manutenção futura.

As atualizações demonstram que o KDE mantém um equilíbrio saudável entre estabilidade e inovação. Enquanto o Plasma 6.5.1 consolida uma base sólida e corrige “pequenos deslizes”, o 6.6 promete aprimorar a experiência do usuário, na funcionalidade e no refinamento visual.

Com a adição de detalhes que agradam até aos “power users” vindos do Windows, o KDE continua mostrando por que é uma das interfaces gráficas mais avançadas e flexíveis do ecossistema Linux. A comunidade celebra, e os desenvolvedores já convidam todos a apoiar o projeto por meio da campanha de arrecadação de 2025 — afinal, cada contribuição ajuda a manter vivo o ritmo impressionante de evolução do KDE Plasma.

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