Já usei diversas distribuições linux. Houve um tempo em que hibernar era relativamente fácil. Mesmo assim acontecia algum erro e por vezes se perdia a imagem. O Windows consegue fazer esse processo de uma maneira incrível e rápido (Não uso Windows desde o XP mas minha esposa ja teve o 8, o 10 e atualmente o 11). Percebi que o Windows hiberna normalmente uma parte do sistema para agilizar a inicialização. Mas isso não vem ao caso. O que queremos mesmo é poder simplesmente hibernar e manter tudo do jeito que estava mesmo se retirarmos o computador da energia. Mas isso vem se tornando um gargalo. Achava que isso era problema só dos derivados do Debian/Ubuntu/etc… Nunca havia ido para o lado Fedora da coisa. Hoje instalei o Fedora 38 em um SSD e pedi que ele usasse todo o espaço. Achei que automaticamente ele iria criar as partições SWAP (ou arquivo SWAP). Mas não aconteceu. Acabei conseguindo fazer como fazia em outras distros. Mas consegui daquele jeito, com varios procedimentos e tal.
Em resumo, para um usuario leigo, o processo de hibernação no Linux é algo quase inalcansável.
O fedora não cria partição swap nem swapfile porque ele utiliza zram.
Pera aí, quer dizer que existem distros em que não dá pra hibernar??
A grande maioria não hiberna, poucas nem suspendem
Sinceramente nem sei se a maioria das pessoas usam essas funções realmente sabendo oq ela faz
Hibernar era uma ótima opção na época dos discos lentos. Isso porque demorava demais para inicializar o computador e abrir todos os programas que já estavam abertos. Facilmente dois minutos se passavam até o computador voltar ao estado de produtividade pretendido.
O processo de hibernação trocava todo aquele acesso aleatório no disco (de carregar o sistema e programas picados de cada parte do disco rígido) por um processo onde o disco era lido de uma forma sequencial, sendo muitas dezenas de vezes mais rápido.
Com os discos de estado sólido, caiu muito a diferença de tempo entre o acesso de leitura aleatório e o sequencial. O resultado prático é que o tempo para retomar da hibernação acaba a ser próximo do tempo de inicialização normal.
Também temos a queda de preço das memórias RAM ddr3 e ddr4. Com isso se tornou mais comum que os computadores tivessem mais RAM e que o swap fosse marginalizado para um tamanho menor. A hibernação não é possível quando o swap é menor do que metade da memória RAM.
Outro ponto levantado por alguns mas que eu acho pouco relevante: a hibernação consome vida útil dos dispositivos de estado sólido.
O argumento de ser possível simplesmente hibernar e continuar no outro dia também foi contornado com os gerenciadores de janela tendo opção de salvar o estado ao sair e reiniciar os programas abertos.
O único argumento forte a favor da hibernação é quando o computador está realizando alguma tarefa que não pode ser interrompida fechando o programa e reiniciada depois, como por exemplo renderizar um vídeo. Nesse caso a hibernação é um ótimo recurso pois congela o estado do computador independente de quantas tarefas simultâneas estejam ocorrendo, desde que haja espaço disponível para salvar a memória RAM na swap.
Eu vejo muita gente reclamando de hibernação no Linux, então acho que existem distros assim sim kkkkkkkk
Uso a hibernação pois costumo trabalhar com muitas janelas abertas. São tantas janelas que perco muito tempo abrindo tudo novamente sempre que ligo o computador. Hibernar torna possível voltar a trabalhar do ponto onde parei. Não preciso ficar reposicionando as janelas e tal. A rede elétrica aqui da cidade onde moro não é confiável. Meu PC não tem no-break e meu notebook já viciou a bateria. Não tenho como confiar na rede elétrica. Minha esposa faz o mesmo. Ela só reinicia o computador 1 vez por semana. Sempre usei a hibernação pra isso.
Porque muita gente nem usa mais hibernação. SSD NVMe meio que tornou inútil, porque o sistema inicia em 15, 20 segundos.
Além disso, precisaria ter uma partição de swap do tamanho da RAM, e com 16, 32 GB fica chato.
A última vez em que eu mexi com hibernação no Linux foi lá por 2012/2013, quando ainda usava HD mecânico.
Eu não entendo. Não uso hibernação pra iniciar mais rápido. O objetivo principal é manter as coisas onde estão. Ligar o computador e continuar de onde parou. Pra quem tem bateria ou nobreak é bom mas quem não tem a hibernação é fundamental.
Bom, para a Hibernação funcionar corretamente hoje em dia, é preciso criar uma Swap com a mesma quantidade de ram disponível, não pode utilizar uma unidade criptografada, e tem que possuir uma placa mãe compatível.
Eu utilizo em uma máquina um pouco mais antiga para programar, acho muito bom já ligar a maquina direto no editor exatamente onde parei, no entanto um problema pouco falado da Hibernação, é a fragmentação de memória ram, após vários ciclos ligando e desligando, a máquina tende a ficar extremamente lenta, se fazendo necessário a reinicialização, mais no geral é um recurso legal.
O notebook que estou usando estava com Windows 10 e a hibernação do windows funcionava perfeitamente. Instalei o Fedora e pedir para apagar todo o SSD para que a instação fosse completa e remover todo o Windows. Criei uma partição SWAP de 9GB (pois minha ram é de 8GB). Mesmo assim não funcionou.
Não entendo como um recurso que funciona perfeitamente no Windows 10 e 11 tenha tanta dificuldade no Linux. A hibernação é fundamental pra mim pois meu notebook não tem bateria e trabalho com muitas janelas. Sempre que tenho que mudar de sala na faculdade preciso desligar e perco muito tempo abrindo e tudo novamente.
Qual tutorial você seguiu para utilizar hibernação no Fedora que não deu certo?
Talvez por sorte essas distros mais BR tenham tanto hibernação quanto suspensão funcionando, talvez com tempo vc possa testar o BigLinux, RegataOS ou BrOS, essas distros tem modificações pra funcionar sem dar dor de cabeça
Já consegui fazer o Fedora hibernar. Achei um tutorial gringo qualquer no Google. Foram vários passos e um usuário iniciante teria muitas dificuldades em executar. Já vou formatra o Fedora. Estou baixando outra iso. Vou tentar agora o Mate. Vou testar até encontar uma distro que faça isso de maneira
Vou testa-las agora.
To baixando o BigLinux.
Se mesmo não der tente o desse post na distro de sua preferencia Como ativar a hibernação no Ubuntu
Alguns passos dão em outras distros normalmente
Opa, eu não sabia disso!
Pergunta: Como hibernar se tornou uma opção mais “pessoal e particular”, por que não temos um software stand alone, aplicação, programa, específicos para este procedimento? Será por causa do nível de acesso (root)? Segurança? Ou complexidade em desenvolver tal software?
Eu fiz uma pesquisa rápida e não encontrei programas específicos, etc… Na minha opinião é possível desenvolver um software de hibernação, acho que não precisaria nem de hardware específico, o próprio programa poderia dedicar um espaço on-demand (sob demanda) no armazenamento de acordo com o perfil do usuário, mas… No desligamento o programa poderia “copiar e colar” o que está na RAM para o armazenamento (de preferência um SSD) e ao ligar o programa faria o caminho inverso, copiava do armazenamento e colava na RAM.
O processo de hibernação envolve controlar estados do hardware, sistemas operacional e do firmware. Não me parece algo implementável sob essa ótica.
A hibernação é controlada pelo kernel. É possível criar seu próprio kernel sem possibilidade de hibernação, caso queira. Como habilitar o suporte não tem nada a perder, as distribuições que usam kernel pré-compilado (quase todas) deixam esse recurso habilitado.
Porém o correto funcionamento depende de informar o kernel qual é a partição de suspensão. O programa que vc fala seria interessante não para controlar a hibernação no baixo nível, mas sim para verificar se todos os pré-requisitos estão sendo atendidos:
- swap de tamanho suficiente
- parâmetro de inicialização do kernel
- análise especifica de logs referentes a hibernação, pois muitas vezes algum driver pode não suportar a hibernação, e basta um para não funcionar
- outros fatores que eu desconheço (por exemplo: e quando tem zram? duas partições de swap? dá pra fazer swapfile?, etc…)
Tal programa parece simples, mas há muitos fatores envolvidos. A parte do kernel já está resolvida e estável há tempos!
Ainda pra complicar mais, tem uma opção mista de hibernação onde o computador ideal pra desktops. O computador é colocado em suspensão mas toda a hibernação é preparada. No caso de falta de energia durante a suspensão, no próximo início o estado do computador é recuperado pelo processo de hibernação.
Em suma: no Windows os drivers precisam ser assinados pela Microsoft. Então é fácil para eles ter o controle de que os drivers e hardware serão compatíveis com a hibernação, bem como desativar “automaticamente” a hibernação caso o computador tenha algum hardware/driver não compatível com ela. Como o sistema é dominante do mercado, todas as empresas se empenham em fazer com que seus produtos sejam compatíveis.
Por outro lado, uma grande variedade de drivers no Linux são desenvolvidos pela própria comunidade ou baseado em engenharia reversa, na qual fica complicado mesmo prover o “mínimo necessário” de funcionalidade. A diversidade de configurações possíveis também acrescenta dificuldade nesse processo, pois há uma infinidade de casos (computador sem swap, swap em unidade criptografada, discos inteiros criptografados, dois swaps, swap em LVM, etc…). Como se não bastasse a dificuldade, esse recurso é pouco valorizado pela base de usuários domésticos e corporativos.