Governo alemão migra mais de 30 mil computadores para Linux

Entenda como e porque o governo alemão está migrando seus computadores para Linux e o LibreOffice.

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Vamos ver se conseguem se manter dessa vez, ficar nesse vai e volta pra MS ja esta sem graça

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Deve ser Opensuse, acho.

Não confundir com Munique

Munique é uma “cidade independente” (?), capital da Baviera, no sul da Alemanha – e seu retorno ao Windows “coincidiu” com uma mudança política – a chamada “alternância no poder” (SPD, desde 2014).

Schleswig-Holstein é um “estado” do norte da Alemanha, com direito a “primeiro-ministro” (CDU, parece que desde 2005).

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O problema e que a “novela” e a mesma em grande parte do mundo kkkkkk infelizmente a implementação de ferramentas opensource costuma ser temporaria, o jeito e torcer pra conseguirem manter no opensource

Antes a motivação parecia ser mais economia de dinheiro, mas dessa vez parece ser mais por segurança nacional. Me parece bastante óbvio que em um panorama de futuro com conflitos entre potências, depender dos softwares ou serviços de grandes corporações significa ficar refém dos governos dessas empresas.

Somente os países que não são potências que não precisam se preocupar com isso e usar, por exemplo, o whatsapp para a comunicação do alto escalão do executivo.

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Acho que é por aí mesmo:

Na empresa que trabalho (multinacional alemã, com 18 fabricas e com 1 filial no Brasil) sou responsável pela área de TI, comecei a utilizar alguns softwares open source, mas é difícil fazer esta mudança, sempre ficam me pergunta se é viável, quem vai dar suporte, e o treinamento, e se numa atualização do Windows o sistema for incompatível, eu sempre responto “temos os código fonte, então podemos contratar uma empresa/desenvolvedora para corrigir o problema que aparecer ou o nosso time interno de TI pode corrigir”.

Até o momento eu implantei os seguintes softwares:

  1. LibreOffice nos servidores para geração de relatórios automáticos;
  2. Suite CRM para o time comercial fazer a gestão dos pedidos e cotações dos clientes;
  3. Taskt UOB, ferramenta de RPA (estou traduzindo para pt-br, mas já temos alguns case de uso na empresa);
  4. MariaDB como base de dados do nosso novo data lake e data warehouse.
  5. Apache Hop como ferramenta de ETL (integração de dados);
  6. SO Oracle Linux em 5 servidores;

Gerei uma bela economia em licenças, pena que não ganhei nenhum parabéns.

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E em mais um twist na novela, o governo que foi eleito em 2020 (ano em que a migração anunciada nesse link deveria ter sido concluída) e que vai permanecer até 2026 voltou atrás na volta atrás.


No mais, só desejo boa sorte na migração, e que essa experiência contribua para melhorar esses projetos de código aberto para o resto do mundo também.

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Plot twists acontecem.

Note que a notícia é de 4 anos atrás. – E ainda era só um “acordo de coalizão” entre os partidos “Verde” (ODP) e “Social-Democrata” (SPD), que iriam governar a prefeitura de Munique, de 2020 até 2026. – Não era (ainda) uma “decisão oficial” da prefeitura… ou melhor, do “conselho municipal”, pois esses 2 partidos ainda iriam tomar posse. – Estavam só combinando o jogo.

Precisaríamos saber o que fizeram, de fato, nesses 4 anos.

Vale lembrar que a mudança anterior de Munique (para o Linux) foi iniciada em 2003 – e revertida a partir de 2014.

Em 2003, a única opção +/- “amigável” era o Mandrake. – Fora disso, o papo era fdisk, cfdisk, chroot, compilação etc. – Melhorou com o Kurumin (e logo depois a Canonical), mas ainda faltavam drivers, e os softwares ainda eram fracos. – Só em 2006, a Canonical lançou uma ISO que permitia rodar sessão Live e instalar com facilidade.

Ou seja, era a transição da “época heróica” do Linux 99% nerd – em direção a um Linux mais “amigável” e mais “usável” pelo usuário “comum”.

Por coincidência, só em 2016 consegui adotar o Linux para todas as minhas tarefas – e deletar o Windows. – Mas desde 2014 um novo governo já tinha iniciado a volta de Munique para o Windows.

Outra coisa que mudou muito, é que atualmente, existe uma consciência muito maior, dos riscos de depender de uma empresa de TI sujeita às leis de outro país.

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migra-desmigra-migra-desmigra…

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Parabéns pelo “poder de síntese”!

Certa vez, um colega e eu pegamos carona com um caminhoneiro conversador. Tudo mundo calado, de repente ele perguntava: – “Por que será que, depois de toda reta vem uma curva?”. – Passava mais um tempo, ele perguntava: – “Por que será que depois de toda curva vem uma reta?”

É, de fato, um problema candente! – e já tinha sido abordado, algum tempo antes, pelo Pregador, também conhecido como o Eclesiastes – conforme nos relata aquela música do conjunto The Byrds:

To everything
There is a season
And a time to every purpose, under heaven

A time to build up, a time to break down
(…)
A time you may embrace
A time to refrain from embracing
(…)
A time to gain, a time to lose

Acontece com as ondas do mar, que vão e vêm, sem nunca decidir se vão ou se ficam. Acontece com as marés. Acontece com o Sol e com a Lua, com o Verão e com o Inverno, y otras cositas más.

Acontece com as gerações que se sucedem. – Uma geração se rebela contra o rame-rame, cai na estrada e vai ser hippie – e a geração seguinte se rebela contra aquilo e decide ser yuppie farialimer.

Acontece com todo tipo de “movimento” – que começam com objetivos bem claros, bem definidos – depois diz: – “Bah, isso é ideologia. O negócio é ser prático” (o que é outra “ideologia” – só que, contrária à primeira).

No início do milênio, peguei o finalzinho de uma época em que a esposa de um figurão da área de TI no governo federal era detentora da “representação” da Microsoft na região Centro-Oeste do Brasil – onde se localiza Brasília – e portanto, única habilitada a representar a MS nas licitações do governo brasileiro.

Aí, o eleitorado tomou uma “decisão política”, elegeu outros partidos, e começou uma “política diferente”, que durou uns 15 anos.

Passou um tempo, o eleitorado tomou outra “decisão política”, e… começou tudo de novo.

Agora, o eleitorado tomou outra “decisão política” – e assim por diante, até o fim dos tempos.

Há tempo de ganhar, e tempo de perder – para “os 2 lados” – no que diz respeito aos rumos de qualquer sociedade.

Tempo de abraçar – “embrace extend extinguish”-- e tempo de tentar escapar desse “abraço”.

No futebol, sempre pode haver um terceiro time para vencer o campeonato, ou um quarto time etc. – mas quando se trata de “usar Windows versus usar Linux” em centenas de milhares de computadores dos serviços públicos de um país, de um estado, ou de uma megalópole, é complicado imaginar uma “terceira via”.

E mais complicado ainda, sonhar que um dos lados vença – e nunca mais torne a perder outra eleição.

Mas se eliminarmos de nossos pensamentos coisas que tachamos de “ideologia”, “política” etc., nos condenamos a “ver” somente isso: – Um “vai-e-vem” aparentemente irracional. – Nada faz sentido.