Gnome lança campanha inovadora: doar menos para fazer mais

Em um movimento surpreendente e inovador, o projeto GNOME lançou uma campanha de arrecadação de fundos que desafia a lógica convencional. Em vez de pedir grandes doações, ela foca em doações menores e mais consistentes, com o objetivo de construir uma base de apoio financeiro mais sólida e sustentável.

A Estratégia “Doe Menos”: Uma Mudança de Paradigma

Muitas organizações de software livre dependem de grandes doações de empresas ou de indivíduos de alto poder aquisitivo. Embora sejam vitais, podem ser esporádicas e não garantem uma receita previsível. A campanha “Doe Menos” propõe uma abordagem diferente: encorajar um grande número de usuários a fazer pequenas contribuições mensais ou anuais.

A ideia é simples: se milhares de usuários doarem quantias modestas – como $5 ou $10 por mês – o GNOME poderá contar com um fluxo de caixa mais estável, permitindo um planejamento financeiro de longo prazo, essencial para o desenvolvimento contínuo e a manutenção de um projeto tão vasto e complexo.

Doações regulares, mesmo que pequenas, somam-se rapidamente. Uma base ampla de pequenos doadores cria uma rede de segurança financeira menos vulnerável a flutuações econômicas ou à dependência de um único grande patrocinador.

Ao pedir doações menores, a contribuição financeira torna-se acessível a um público muito maior. Isso não apenas aumenta a receita, mas também fortalece o senso de propriedade e engajamento da comunidade com o projeto.

Assim como o software é desenvolvido por muitas mãos, o financiamento pode ser sustentado por muitos bolsos. Ao focar em doações menores, o GNOME reduz a pressão sobre os poucos indivíduos ou empresas que historicamente carregam o fardo das grandes contribuições, convidando mais pessoas a compartilhar a responsabilidade.

Como Funciona?

A campanha incentiva os usuários a configurar doações recorrentes através de sua plataforma de arrecadação. Eles destacam que mesmo quantias simbólicas podem fazer uma grande diferença quando multiplicadas por sua vasta base de usuários.

Os fundos arrecadados serão utilizados para apoiar o desenvolvimento de novas funcionalidades e aprimoramentos, garantir a manutenção e a correção de bugs no ambiente de desktop, financiar eventos e encontros de desenvolvedores e dar suporte à infraestrutura necessária para o projeto.

Com essa iniciativa inovadora, o GNOME busca a sustentabilidade financeira junto a uma maior conexão com a comunidade de usuários e apoiadores. É um convite para que sintam-se parte do futuro do software livre, contribuindo com o que pode.

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Legal a iniciativa. E isso pode ser feito com qualquer projeto com que o usuário se identifique.
Só é uma pena ter que explicar uma coisa tão óbvia, mas o resultado é o que importa.

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Bem bacana a iniciativa. :slight_smile:

Pessoalmente, acho que o GNOME também poderia se envolver menos em pautas identitárias e polêmicas. Acredito que isso contribui para a politização do projeto e, consequentemente, para o afastamento de doadores. Ao menos é algo que tenho reparado ao conversar com outros usuários do GNOME.

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também acho.

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Me pergunto se tem muitas pessoas que estariam dispostas a doar especificamente para o Gnome.

De todas as interfaces populares, é a única que “não vejo futuro”, não parecem pensar nos usuários.

Vejo mais sentido em doar para o Linux Mint, KDE, Budgie, projetos como os compositores wlroots, etc.

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De onde você tirou essa afirmação? Poderia explicar?

É a interface mais básica, os apps são bem limitados, várias coisas são complicadas desnecessariamente, ao invés de focarem em apps bons da comunidade, preferem criar apps bem limitados, tipo o Showtime, sendo que poderiam usar o Celluloid.

Ultima vez que testei o Gnome não tinha nem uma opção nas configurações para selecionar um tamanho específico de fonte, era só fonte normal ou enorme.
E não lembro de ter visto uma forma simples de mudar a fonte.
Não vem nem com appindicator/tray icon, sendo que vários apps utilizam isso.

O menu de apps é uma bagunça, não tem nem categorias, os apps são tudo jogados, e pelo que me lembro aproveitam mal a tela, ícones absurdamente grandes e espaços não utilizados.

Também tem o problema de que mesmo o Ubuntu sendo bem relevante, vindo com o Gnome como interface padrão, o Gnome não lança seus apps em Snap.

A propria criação do Libadwaita só serviu para piorar a experiência dos usuários que gostam de personalização, seja no próprio Gnome ou nas outras interfaces.
Um app Libadwaita talvez fique legal no Gnome, mas sempre fica horrível em todas as outras interfaces.
Inclusive, o Showtime, player de vídeo que citei, não tem nada a ver com o design do Gnome, parece que eles até se esqueceram como é o visual do Libadwaita.

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O GNOME tem uma proposta minimalista que busca evitar distrações e é por isso que ele e os aplicativos do GNOME Circle são dessa forma. Existe um fluxo de trabalho cuidadosamente pensado para aproveitar justamente elementos como a gaveta de apps.

O fato de você não compreender a proposta, não gostar do workflow ou não gostar da identidade visual é bem diferente de afirmar que “o GNOME não pensa nos usuários”. Muitas pessoas gostam da maneira com a qual ele funciona e não é à toa que permanece sendo o DE mais popular do mundo Linux.

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Tem alguns detalhes aí, tudo bem não ter um layout fixo, porém o Linux desktop hoje tem alguns padrões que o GNOME não respeita e isso meio que se enquadra nisso:

Não concordo diretamente com os pontos do @Kyuyrii mas a ideia geral é verdadeira:

  • GNOME não respeita as categorias, é justo que eles permitam ordenação livre no menu, nada errado a princípio, pelo contrário é um ponto extremamente positivo… Porém existe o onde fazer isso, atualmente o GNOME usa dconf pra isso, porém deveria ser feito usando metadados no próprio arquivo .desktop, isso é padrão desde 2004 o próprio GNOME seguia
  • A grade de apps não permite arrastar e soltar para o Nautilus, isso é relevante por causa do padrão XDG Autostart
  • Ajuste de fonte é acessibilidade e inclusão, é até curioso o GNOME não ter
  • AppIndicator é ok não ter, se tivesse alternativa mas não tem, eles argumentam como se fosse uma simples notificação persistente mas não é, a bandeja do sistema é basicamente uma segunda barra de tarefas, são aplicação

Juntando o fato que o resto do mundo não aderiu a visão deles, a única sensação que fica é justamente que eles não pensam no usuário, é um projeto do GNOME para pessoas dentro do GNOME que tem a visão de mundo do GNOME, o que não é necessariamente ruim, o problema é não especificar isso

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E independentemente da resolução da tela, são 24 ícones na Dash, por padrão.

Usei tanto no meu notebook com tela HD, como num monitor Full HD, e a quantidade de ícones é a mesma.

Porém, os aplicativos do GNOME parecem pesados e lentos quando comparo com os do KDE. Além disso, não faltam exemplos de pontos em que o Gnome é horrível e uma bagunça, inconsistente com o que ele promete ser.

Hoje em dia, cinco meses depois de migrar do Gnome para outros Desktops, vejo que o Gnome é bem medíocre. Por exemplo: O Nautilus é minimalista, mas ele parece mais pesado e lento do que o Thunar e o Dolphin, e tem menos recursos do que os dois.

E pior que eu gostava do Gnome. E ainda gosto, por ele ser um ambiente bonito, e é só isso que o Gnome tem.

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Este post fugiu totalmente do assunto inicial ou é impressão minha? :thinking:

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Minimalismo não é sobre faltar coisas importantes.

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