Para além das polêmicas sobre a disrupção trazida pelas novas ferramentas de inteligência artificial generativa, esta nova tecnologia possui particularidades que desafiam o mercado de softwares. Enquanto o custo da maioria dos programas é diluído com a comercialização, toda demanda de um usuário dessas inteligências artificiais gera um custo de processamento em algum servidor, comprometendo a escalabilidade.
Sendo assim, diversas empresas vêm adotando estratégias para economizar ou cobrar um valor adequado. Google e Amazon já estão desenvolvendo seus próprios chips para gastar menos com infraestrutura, caminho que a OpenAI cogita seguir, num momento em que perde US$ 0,04 por solicitação. Por outro lado, a prática de cobrar por uso ganha espaço.
A Microsoft, uma das maiores investidoras da OpenAI, embarca a IA Copilot em diversos produtos, como o Windows, Edge, Bing, Office, além da plataforma GitHub. No repositório, mediante assinatura de US$ 10 mensais, o Copilot ajuda programadores a criarem seus códigos, porém, com prejuízo médio mensal de US$ 20 por usuário neste ano, com algumas pessoas chegando a custar até US$ 80.
Ainda não sabemos quais são os planos para o GitHub, porém a empresa tem testado ferramentas mais baratas e menos poderosas para o Bing, incluindo opções de código aberto da Meta. Segundo especialistas, o poder e consumo de ferramentas como o GPT-4, torna seu uso cotidiano, muitas vezes, algo como “entregar pizzas com uma Lamborghini”.
A busca pela eficiência está em alta no mercado de AIs, a Zoom criou um modelo econômico, baseado no trabalho feito pela OpenAI e Meta, com o diferencial de adaptar sua capacidade e consumo à tarefa.
Tal como aplicativos de transporte e serviços de streaming, com o tempo, a evolução tecnológica, os custos e ganhos deverão se acomodar num nível sustentável.