Será que dessa vez vai? O EU OS é mais uma tentativa da Europa se libertar das garras do software proprietário. Mas dessa vez, em vez de uma empreitada regional, pretende abraçar todos os setores de todos os países que se interessarem.
O openSUSE é de casa e a galera querendo inventar a roda.
Não sei se vocês já viram essa matéria no Diolinux:
Há um tempo atrás, iniciativas como essa apareceram ao redor do mundo. Onde eu trabalhava, um banco público, chegou a adotar o Linux, mas sem abrir mão do Windows. Explico: o sistema principal era o Debian, mas os empregados continuavam a utilizar o Windows, só que virtualizado. Uma iniciativa que no final ficou mais cara para a empresa, por utilizar uma máquina virtual paga, se não me engano a VMWare. Sei que existe uma versão gratuita, mas para usuários domésticos. Como a empresa tem milhares de máquinas, foi necessário fechar um contrato com a empresa. Além disso, tem o custo da licença da Microsoft. Não deu certo. O Linux ainda é utilizado na empresa nos ATM’s, e em algumas estações de trabalho específicas, mas nos desktops de maneira geral, tem Windows. Até mesmo na prefeitura de minha cidade (Montes Claros/MG), tentaram implantar o uso do Linux, iniciativa que acho que não foi pra frente também. Creio que muito disso está atrelado a Lobbys poderosos, onde sempre tem grana para os gestores responsáveis pela implementação dos projetos. Vamos ver no que vai dar essa iniciativa, mas não tenho muitas esperanças não.
As mudanças acontecem quando o contexto macro está propício. Anos atrás o ecossistema com linux ainda estava um tanto imaturo, com diversos problemas com hardware, especialmente pela infinidade de fabricantes (e a falta de suporte de muitos deles). Atualmente os hardwares são antigos, quase não se tem novos computadores (com avanços significativos) e há bem menos fabricantes de hardware. Mesmo alguns fabricantes que eram refratários a fornecer drivers para o linux (Olá NVIDIA!) já perceberam a importancia desse suporte. Isso falando só do lado tecnológico…
Tem a visão macroeconômica e geopolítica que também são diferentes mas acaba gerando debates que fogem da esfera tecnológica do nosso fórum, especialmente por experiências anteriores se darem em tempos de paz em um mundo hegemônico e atualmente há disputa por um mundo multipolar.
Se vingar será ótimo. Não sei se sem software proprietário, talvez um meio termo aí pode dar certo. Se bem que o projeto começar a andar é capaz das big techs afrouxarem suas políticas rapidinho.
A minha preocupação não é se o Linux está maduro, se tem muitos fornecedores de hardware, ou algo do tipo. Penso que o grande problema é o ser humano. Pessoas envolvidas com licitação tendem a ser muito tentadas à fazer concessões, em troca de 10%, 5% ou até menos, dependendo do valor da licitação. Em empresas privadas existe esse problema, o da corrupção, mas geralmente é descoberto rapidamente, enquanto nas públicas demora mais, ou nem é descoberto.
sejamos honestos: liberar do que? com as principais empresas sediadas nos EUA, não há liberdade que queira “libertar-se” porque é simplesmente impossível.
basta uma canetada do executivo, com alguma lei disso ou daquilo, que o linux torvalds não compartilha uma linha de código e a intel, um mísero driver de vídeo.
vejam o que aconteceu com os russos recentemente. foram cuspidos do kernel porque o país deles está sob sanções. e não estou aqui discutindo política.
essa independência não é nada mais que um lindo sonho de verão. falácia. ninguém é independente em tecnologia, em nada, nos tempos atuais.
Nunca teve liberdade, o Leviatã de Thomas Hobbes nos proibe moralmente, a China tem controle do que se vende, o EUA tem poder de mudanças mercadológicas devido ao dólar. Essa busca pela liberdade só leva a mais correntes, e quem não tem poderes cai mort0 em qualquer lugar.