Todo ano seria o ano do Linux. A frase mais que batida nunca se concretizou na prática, com o desktop ocupando alguns nichos porém vendo uma grande distância em termos de usuários de MacOS ou Windows. Este tem sido um dos assuntos preferidos por cerca de dez anos do ex-editor do Linux Journal e atual editor do The Lunduke Journal, Bryan Lunduke. Todos os anos, ele promove uma conferência que ele batizou como “Linux Sucks“. Desta vez, o editor critica o sistema dizendo, sem meias palavras, que “a área de trabalho do Linux está sofrendo uma morte lenta e dolorosa“.
É neste evento que ele se dispõe a discutir a situação atual do Linux, destacando aspectos positivos ou negativos (sempre na visão pessoal dele) sobre o sistema operacional e suas variações. O assunto, é claro, gera sempre muita polêmica. A conversa que ele enviou ao seu canal do YouTube dura uma hora e quinze minutos.
Muitos dos pontos que Lunduke levanta são difíceis de contestar. Contudo, se há uma coisa que a comunidade Linux sabe fazer, é enfrentar desafios. Lunduke começa falando sobre como o Linux está morrendo na área de trabalho. Ele diz isso simplesmente porque a participação de mercado medida pelo StatCounter ou pelo NetmarketShare não parou de cair nos últimos anos. Entretanto, o último levantamento mostra um crescimento até expressivo entre abril e maio de 2020, saindo de 2,87% para cerca de 3,17%.
A matéria ainda não terminou, continue lendo no link que eu já forneci.
Parece que, devido ao Covid-19, este ano o tal editor encontra-se isolado, impossibilitado de fazer a palestra ao vivo (ouvi dizer, não sei se é verdade).
Se for isso, é possível que ele esteja um tanto para baixo, e dai, atribui ao Linux uma sensação de “morte lenta e dolorosa”, por suas sensações pessoais.
Sei lá. Tentei ler o escrito (em inglês) que inspirou essa matéria, e para variar, achei mais sensacionalista do que embasada.
Bom, ainda tenho 5 espaços para instalar distros (dualboot). Planejava fazer isso rápido, mas quando começou a pandemia, perdi a pressa. Nada como ter bastante divertimento para os próximos meses. Pressa, para que?
Longa vida ao Linux ─ e votos de relax, ao autor do artigo.
Acho que ele exagerou. Não vejo esse horizonte, vejo pelo contrário estabilidade nos desktops com um significativo crescimento nos últimos anos (nada que suplante os demais sistemas operacionais populares, mas, que o mantenha como uma alternativa viável). Nos servidores nem preciso dizer que o Linux ainda reina em muitos casos. No passado o Linux correu muito mais riscos de desaparecer do que atualmente, quando era menos amigável e restrito a círculos de T.I. Mesmo que hoje o kernel estivesse centralizado nas mãos de uma pessoa ou grupo e eventualmente morresse, a comunidade criaria um “fork”, pois, por desinteresse absoluto o sistema nunca morreria no contexto presente.
O Bryan Lunduke faz este programa “Linux Sucks” há muito tempo, todos os anos. É quase um meme do canal dele. Apesar dele tocar em problemas, geralmente ele exagera (creio que propositalmente) sem oferecer os contrapontos. Não levem tudo a ferro e fogo, divirtam-se com o conteúdo.
"No Linux, dependemos de repositórios online e, quando um aplicativo depende de certas bibliotecas que começam a desaparecer desses repositórios, nos encontramos em um pesadelo. "
Isso me faz lembrar da galerinha “F” reclamando que os AppImages fazem errado ao embutir ambos runtime e aplicativo em um único arquivo…
Em um ponto eu concordo integralmente com ele: a relação entre repositório, dependências, internet, retrocompatibilidade e obsolescência de software é um ponto fraco do Linux. Sorte que os pacotes encapsulados estão resolvendo isso.
Concordo também, eu já precisei instalar o Adobe Air que já é obsoleto, mas não consegui devido a um problema de dependências, talvez se fosse um pacote como Flatpak, Snap ou Appimage não teria esse problema.
Independente se Linux está morrendo ou não. Uma coisa é certa, as empresas de dispositivos e periféricos estão cada vez menos dando suporte ao Linux. Muitas delas dão suporte a uma determinada versão do kernel e depois deixa de lado.
resumo do video do Bryan: pura enrolação pra falar como ele ficou #chateado por alguns jogos em CD que ele tem dos anos 90 que não funcionam mais…e como o appimage poderia resolver isto e snap / flatpak não sem nenhum argumento lógico/técnico…
O Lunduke foi por muito tempo membro do comitê do OpenSUSE (1, 2, 3) e ele usa MUITO sarcasmo para falar de qualquer coisa. Ele fez uma palestra entitulada “Windows is AWESOME” (Windows é maravilhoso) em uma conferência Linux, usando a fonte ComicSans nos slides.
Eu acompanho o canal dele há um bom tempo e ele é um grande defensor do Linux, inclusive tem um programa semanal chamado “Linux Thursday”, em que conversa com outros youtubers do mundo Linux. Porém, o que ele faz com toda a razão, é criticar as coisas que acha errado, mas do jeito dele.
O Linux nunca irá morrer pela causa que todos aqui ja sabemos que é: software livre.
O kernel nunca irá parar de ser desenvolvido pq o mundo depende do kernel linux: literalmente. Sem linux é praticamente sem internet. Se tem kernel com a quantidade de código que tem na internet a comunidade mantém o resto.
Digamos que TODAS as empresas que fazem distro morram da noite para o dia. Ainda sim o Linux estaria ai HAHAHHA
O certo e dizer “A morte do GNU/Linux”(graças a essa filosofia tosca e ultrapassada, além da GPL que não e 100% livre)
Linux nunca morre ate pq hj e um dos kernels mais usados em qualquer ambiente(exceto desktops)
Técnico não mas lógico ele usou, snaps e flatpak tem runtimes separados dos aplicativos, isso significa que se um aplicativo depender de um runtime antigo e o flathub/snap store não fornecer ele mais por algum motivo, o problema do suporte a dependências antigas continua (considerando que a maioria dos desenvolvedores se recusam a armazenar dependências recursivas). Ele deixou subentendido isso, se por um lado os AppImages podem criar buracos na segurança por unir runtime e aplicação, por outro lado isso garante o funcionamento de apps antigos (pelo menos depois da implantação do squashfs como bloco)
Eu curto os vídeos dele, ele tem alguns conteúdos bem interessantes. Tem muita gente que diz, desde 2011 que o desktop em sí está morrendo, vide o investimento que o microsoft faz no azure e em outras fontes de renda que não o windows. A Apple também já segue no mesmo caminho a algum tempo, quem usa os OSX não vê mudanças impactantes a um bom tempo. Eu não acredito na morte do desktop linux como também não acredito numa morte do desktop como um todo, mas é claro que ele perdeu importância frente a praticidade de tablets e smartphones. Eu pessoalmente não pretendo abrir mão enquanto puder de 2 monitores e um belo teclado completo, quem sabe um dia um IBM model M com aquele click-clack de máquina de escrever elétrica
Acho que ele tem razão na parte de compatibilidade. Parece que não existe a preocupação em ser retrocompatível no Linux, o que acontece é: lançamos 5 versões por ano e vocês que lutem para acompanhar.