E se o Linux não for o substituto "natural" do Windows?

Artigo publicado no Makeusof traz questionamento do autor sobre o o propalado slogan de que o Linux é o substituto “natural” do Windows, principalmente agora que a versão 10 terminou seu ciclo de vida. Ele argumenta que o macOS é o substituto mais prático e funcional para a maioria dos usuários.

O autor reconhece que o Linux é frequentemente apontado como a alternativa natural ao Windows, mas a experiência no pinguim seria “trabalhosa, cheia de problemas de software e ajustes intermináveis”. Já, no macOS, nada disso acontece.

A favor dessa ideia, há várias razões pelas quais o macOS é superior. A principal seria a falta de suporte oficial a programas essenciais e profissionais, como o Microsoft Office e o Adobe Creative Suite.

Existem alternativas gratuitas que não são verdadeiros substitutos, pois exigem um reaprendizado para usá-los, um obstáculo para quem já está habituado às soluções proprietárias. O macOS, por outro lado, oferece suporte para a maioria dos aplicativos da indústria.

O terminal também é um grande obstáculo, pois seu uso é uma necessidade em praticamente todas as distribuições, tornando a curva de aprendizado muito mais íngreme.

Uma grande variedade de distribuições, gerenciadores de pacotes e ambientes de desktop torna difícil encontrar a solução certa para um problema, pois as instruções encontradas online nem sempre são relevantes. Já o macOS não sofre desses problemas, pois a Apple controla o hardware e o software, garantindo uma experiência mais coesa.

Ao instalar o Linux em vários dispositivos, o autor quase sempre encontrou problemas de hardware, como leitores de impressão digital, impressoras ou mesmo discos rígidos, que não funcionavam corretamente.

Menciona, inclusive, a necessidade de recorrer a fóruns e usar comandos no terminal para ativar funcionalidades básicas. O macOS, por ter sido projetado para o hardware da Apple, funciona perfeitamente “assim que você liga o computador pela primeira vez”.

O fato do pinguim nem sempre vir pré-instalado deria um dos maiores motivos de sua baixa adoção. Ninguém quer criar um USB bootável, apagar o disco rígido e mexer na BIOS. Quere apenas um sistema que “ligue e funcione imediatamente”.

Onde o Linux se destaca

Apesar das críticas, o autor elogia o Linux no mundo dos jogos, sendo “milhas melhor” nesse quesito. Menciona sua experiência positiva com o SteamOS, onde o desempenho de jogos é até melhor que no Windows.

No entanto, lamenta que o mesmo esforço dedicado à compatibilidade de jogos não tenha sido feito para a compatibilidade de aplicativos em geral.


A “discórdia” está lançada. E você, qual a sua experiência no uso do pinguim e do macOS? Bote aqui seu relato.

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Vou apimentar a discussão.

Quem usou o ChromeOS teve uma experiência “melhor” do que a maioria das distribuições Linux.

E não podemos dizer que o sistema não é tão otimizado quanto o OSX, vide os hardwares pra lá de ultrapassados que tivemos disponíveis no país, que vinham com o ChromeOS instalado.

Se a ideia era excelente, por que não vingou? Seria somente a falta de boas opções de hardware com o sistema pré-instado? Ou somente a desistência/negligência da Google?

E se formos olhar a China.

Será que no ecossistema próprio deles, sair do Windows pra um HarmonyOS por exemplo; mantido por uma gigante, a Huawei, não seria a alternativa mais “óbvia”?

E como eles podem criar todo um ecossistema, que vai de smartphones a televisores passando por tudo quanto é tipo de hardware não seria nada impossível abocanhar uma enorme fatia local de mercado.

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Bem, existe um fator fortíssimo que afasta os usuários do MacOS… dinheiro!
Quanto custa? Rsrsrs.
Para quem trabalha com ele, até justifica. Mas para quem necessita que seu notebook não seja jogado no lixo por uma decisão da microsoft, sinceramente, sai mais barato um notebook novo com Windows 11 do que um Mac… Linux me salvou. Não sou um usuário avançado, mas estava muito interessado em não comprar outro note por uma decisão da Microsoft. E tem dado certo.

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Aqui no norte de minas isso se chama forçar a amizade, por 3 motivos:

  1. Usar Mac OS significa usar outro hardware, se a pessoa vai ter que comprar outro computador, com Windows 11 já preparado pro 12 sai 2x mais barato e mantém o sistema, logo não é sequer um substituto, OS X e Windows não concorrem diretamente

  2. Usar Terminal no OS X é mais frequente que no Linux, a diferença é que no Mac é gourmetizado, logo se não ter que usar terminal é critério, OS X não é alternativa

  3. Mac suporta menos hardware que o Linux, oficialmente pelo menos os produtos “certified by Apple” são pouquíssimos a maioria funciona porque alvejam o padrão POSIX e OS X segue padrão POSIX, mas sabe quem também segue? Exato, o Linux

O único ponto real são softwares nativos, via de regra tem pra Mac. Mas… justifica?

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Pra mim, sempre foi.

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Não acho que o Linux seja um substituto do Windows, mas Linux tem grande potencial e só começará a aparecer as suítes famosas (Office e Adobe) nele quando a fatia de usuários dele for significante.

Eu tive um Macbook Pro Retina Late 2012 e a Apple se não me engano, não “inutiliza” seu Computador durante 8 anos, eu usei do Lion até o Catalina e com gambiarra da para instalar qualquer versão do MacOS, mesmo que ele não suporte mais (estilo do que vemos hoje com a Microsoft).

Cheguei a instalar o Ventura, mesmo ele não sendo suportado oficialmente, e funcionava aceitavelmente, igual a um hardware de 2012 rodando windows 10.

Fato, nem se compara os preços

Um usuário normal quase não encosta no terminal e eu trocaria o gourmetizado por incrivelmente simples de usar. O MacOS foi de longe o sistema mais simples e mais fácil de usar que eu utilizei. Para quem nunca usou, para se ter uma idéia, se você quer instalar um programa, vc faz o download dele e executa e tudo o que vc tem que fazer é arrastar o arquivo para dentro de uma pasta chamada Applications ( o proprio arquivo abre uma janela para vc fazer isso). É ridiculamente facil.

Suporta mais hardwares que no Linux. E se tem algum que não suporta, o esquema é parecido que no Linux para fazer funcionar.

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Outro fator grave é a questão de atualização. Após um tempo, os dispositivos apple não recebem mais atualização. Imagine só. Compre um iMac pelo preço de 3 notes bons e descubra 5 anos depois que o OS não atualiza mais, e é por sua conta e risco utilizar. Esse sempre foi o fator que me fez não comprar um iMac. Muito dinheiro para se perder muito cedo.

Não acho que pagar caro e depois ter que estar adaptando para continuar usando seja bem o que o público brasileiro espera…

Decepção né…

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É em essência Bash + ferramentas POSIX

Olha, definitivamente não para as duas, fones bluetooth por exemplo são um parto no Mac (aliás, qualquer coisa Bluetooth é chato no Mac OS), tem todo um ritual estranho:

Despareia (porque a pessoa fez errado de primeira)
Pareia
Com ele pareado liga e desliga
Digita um código que vem na caixa
Se continuar pedindo, liga e desliga mais 2x

Só aí pra usar um fone, Linux e Windows só dar ligar e clicar no ícone de bluetooth

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A nossa experiência aqui na firma foi uma média de ~8 anos de updates de segurança. Mas pessoalmente, não acho que seja um aparelho viável para a média brasileira, é um aparelho muito caro, mas se custo não for problema, é um ótimo OS + hardware.

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Eu honestamente nem sei se existe uma boa solução para essa questão. Tirando gente que entende, sempre que vi alguém usando um computador com mais de 5 anos de uso, estava mal atualizado.

Já tentei solucionar isso com Linux, mas no fim deu no mesmo, updates automáticos nunca são eternos, e muita gente trata manutenção da máquina da mesma forma que trata consulta médica, só se “estiver dando defeito sério”.

Eu inclusive aprendi isso instalando Ubuntu LTS no Inspirion do meu pai, 15 anos atrás, deu na mesma, usou a máquina fim de LTS adentro. Hoje em dia eu entendo que muitas pessoas não querem mais usar um computador, só não perceberam isso.

No bem da verdade, eu suspeito que esse vai ser o último notebook do meu pai. Tem uns 5 anos que não vejo mais o notebook dele na casa, deve estar em alguma gaveta, mofando com os meus trabalhos do pré haha.

Pensando bem, para um monte de gente o substituto natural do Windows foi o Android.

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Sim, vi que em média é 5 a 8 anos, a depender do modelo e de quando o usuário adquire (no Brasil, nem sempre se compra no ano de lançamento). Acredito que para firmas, deve compensar muito. Só em reduzir a manutenção de sistemas de TI, já saí na frente em custo, disponibilidade e produtividade.

Sou usuário de Apple. Possuo iPhone e acho fantástico. Uso o meu e troco nessa média de 5 a 7 anos de uso (o que acaba compensando o preço inicial).

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A questão de quem vai ser o substituto vai depender do por quê sair do Windows.

Os motivos que eu consigo pensar para sair do Windows:

  • Independência de software: Governos e empresas preocupadas com código proprietário dentro de sua estrutura querem evitar software dos EUA. Nesse caso trocar pelo Mac não resolveria nada.
  • Preocupação com privacidade: Pessoas/empresas preocupadas com o Windows bisbilhotando suas atividades, aliado à telemetria e armazenamento em nuvem. Embora a Apple tenha uma política menos invasiva, continua-se refém de uma empresa que pode mudar os termos a qualquer momento.
  • Falta de suporte do hardware ao Windows 11: Nesse caso a pessoa estaria prestes a mudar de hardware, justamente pelo fim do suporte. Mas alguém que tem um hardware antigo a ponto de não ser suportado pelo W11 não parece ter dinheiro para substituir por um Mac, que custa mais caro do que um outro hardware mais genérico para rodar o W11.
  • Necessidade de uso da suíte MS ou Adobe: Bem, se os programas funcionam tanto no Windows quanto no Mac, não é necessária a substituição…
  • Aumento de padrão de vida: Pessoas que estão ganhando mais e/ou alteraram seu status social agora sentem a necessidade de ir para um sistema operacional “mais avançado”. Não que o Windows não resolvesse o problema delas, mas o consumismo bateu forte e elas querem se sentir melhor gastando seu dinheiro em um produto premium. Nesse caso a única alternativa é o Mac.

Ou seja, o Linux parece ser o substituto natural para todas as alternativas, exceto a última, porque o Mac é a única alternativa.

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O nosso objetivo foi desenvolver para o ecossistema, nisso, os aparelhos já se pagam no primeiro ano, é um mercado grande demais para ignorar.

Mas pessoalmente, hoje, após anos trabalhando com, e lógico, tendo condições, eu não sairia da marca, eu concordo que qualquer computador minimamente bom faz o trabalho, mas é uma questão de qualidade de vida, e isso é uma coisa com a qual me importo hoje.

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O substituto natural do Windows 10 é o Windows 11, simples assim. Todo mundo que está procurando um sistema substituto diferente disso vai precisar investir tempo ou dinheiro o que o usuário normal não quer.

A maioria dos usuários de Windows 10 vão ficar no Windows 10 essa é a verdade, só vão trocar pro Windows 11 quando levarem pro “técnico” formatar quando o PC tiver algum problema ou quando comprarem um PC novo que já vai vir com ele de fábrica.

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Mais pura verdade. Se não for o W11, será o 12 rsrsrs. Já tivemos disto na Microsoft (win vista, win8…).

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Sim! Existe sempre o valor intangível. Aquilo que para uns é valor e para outros pode não ser. Essa cota não há como mensurar pois depende de campos subjetivos. Cada um significa seu valor às coisas conforme suas próprias aspirações e experiências.

Fato! Apple tem sua legião de adeptos, e o são por um bom motivo.

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Cara, assim, você está dizendo que o substituto de “água” é “monóxido de dihidrogênio”, a regra que você impôs vale para o próprio Windows, ainda mais a parte do dinheiro… a discussão é outra

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