Por quê eu quero desencorajar o uso de 32 bits e atualizar para o Linux de 64 bits? Há algumas razões, e uma das maiores razões veio à tona esta semana.
32 bits: Hardware antigo para lixo eletrônico?
As distribuições Linux permitem a reutilização de hardware antigo, diferente de qualquer outro sistema operacional, podendo convertê-lo em um um servidor de mídia, de armazenamento e outros mais. É sempre bom utilizar seu hardware o maior tempo possível sem substituí-los.
No entanto, as razões para não usar sistemas de 32 bits podem ser mais convincentes do que nunca. O principal destaque seria em termos de segurança e manutenção.
Segurança aprimorada com Linux de 64 bits
A vulnerabilidade Spectre chamou a atenção como um problema de segurança perigoso para os processadores. Infelizmente, um novo exploit, Retbleed , uma variante do Spectre, está afetando os chips Intel e AMD.
Os kernels Linux de 64 bits receberam uma correção para proteger os processadores Intel/AMD, mas os de 32 bits permanecem vulneráveis ao Retbleed. Além disso, é raro ver quaisquer esforços para manutenção de 32 bits.
Se você usar seu sistema para qualquer tarefa que um problema de segurança possa interromper, evite kernels de 32 bits.
Não se importa com a segurança?
Mesmo que você não tenha problemas com correções críticas de segurança como o Retbleed, haverá mais problemas com sistemas de 32 bits em 2022. Os mantenedores acabam desistindo de ferramentas e atualizações para sistemas de 32 bits.
Portanto, seria uma boa ideia fazer a troca (e atualizar) agora.
É complicado. Uma tecnologia defasada, quase ninguém usa mais, fica difícil de manter aplicativos pra poucos computadores. O 64 bit é muito mais em conta, pois, além da maioria dos pcs e arm hoje em dia usar essa tecnologia, é muito mais seguro de se manter.
Tipo, assim: – «Eu escrevo para um site, portal, ou blog». – (Não pesquisei se o domínio é monetizado, ou se paga aos colaboradores).
«Uma polêmica pode gerar cliques.
«Que tal, tentar criar uma polêmica?»
É um direito que cabe a todo site / portal / blog.
O que “o Linux” tem a ver com isso? – É obrigado a “obedecer” – a qualquer pessoa, que publique em qualquer site / portal / blog?
O Debian (por exemplo) tem seus mecanismos de discussão. – Quem sabe, lá não seria o local adequado para esse tipo de discussão? – Quem participa lá, expressa lá sua opinião.
Nós, aqui, não temos “lugar de fala” (*) nesse assunto.
Até onde eu vi, essa falha afeta apenas chips ARM e produtos x86_64 relativamente recentes da Intel (6ª, 7ª ou 8ª Geração) e da AMD (Zen, Zen+ e Zen 2).
Ou seja, quem estiver com um processador Intel ou AMD afetado certamente estará usando um sistema de 64 bits…
De fato essa notícia parece atrair uma polêmica desnecessária e baseada em fatos desconectados da realidade. Quem usa um chip desses não executa sistemas de 32 bits…
Retbleed é uma nova falha de segurança que afeta os processadores AMD/Intel. Embora haja correção para kernel x86_64, aparentemente nada será feito para o x86 (32 bits).
CPUs Intel/AMD x86_64 mais antigas, que foram mitigadas em primeiro lugar para Retbleed, a expectativa é que você esteja executando uma pilha de software x86_64.
É possível que alguém intensifique a adaptação do código de mitigação Retbleed para funcionar em x86 de 32 bits, mas não prenda a respiração, pois realmente os usuários devem estar executando CPUs x86_64 com sistemas operacionais x86_64 em 2022.
Vale lembrar que o puxão de orelha dos mantenedores do kernel foi para quem está rodando Linux de 32 bits em hardware de 64 bits. Pelo menos parte do hardware “autêntico” de 32 bits não é vulnerável ao Retbleed (como os Atoms originais).
Se as mega-cabeças super-pensantes do Debian consideram importante manter o suporte a velhos hardwares 32bit… quem é o itsfoss, para querer dar um puxão de orelha??
EDIT - Não faz muito tempo, uma guria de Moçambique pediu ajuda para escolher uma distro para seu computador… tipo, da Xuxa.
Não exatamente, claro. Pesquisei no Google o hardware dela, e vi que era um computador bem “sufoco”. Só o que pude recomendar, naquele momento, foi que ela pesquisasse meia-dúzia de distros que ainda mantêm ISOs 32bits – entre elas, o Debian.
E por consequência, MX Linux / antiX – que oferecem ISOs mais adequadas para pouca Memória RAM.
Muita gente late feito cachorro Pateta, quando falamos de MX Linux – pois alguns “MXLinuxers” se manifestam de modo meio patético (de Pathos) – mas a verdade é que existe um universo enorme de felizes proprietários de velhos hardwares 32bit em certas regiões da África e da Ásia, onde isso ainda constitui um privilégio da powha.
Como já foi dito ali em cima, caçar cliques. É aquele negócio, um grupo de pessoas adota um comportamento, e automaticamente tenta impor isto sobre todas as outras pessoas, colocando como verdade absoluta. Já vimos este filme em muuuuuuuuuuitos lugares.
Mas os mantenedores de software (livre) não se importam – enquanto houver gente usando, vai continuar sendo mantido, de uma forma ou de outra.