Essa questão de rodar uma distro Linux no tablet é complicado. Gostaria de recomendar Plasma Mobile, mas a realidade, é que o melhor continua sendo o Android.
XFCE é um ambiente muito leve, mas o impacto no consumo de bateria em relação a GNOME ou KDE não é tão grande quanto parece.
O que pesa mais no consumo é:
- drivers (vídeo, Wi-Fi, etc.),
- gerenciamento de energia (se o kernel e a distro configuram bem),
- brilho da tela.
Na realidade, precisa fazer ajustes na distro instalada, para que consuma menos memória.
Mas precisamos ir mais além:
É difícil dar um número exato em horas, pois o consumo varia muito dependendo do hardware do tablet (processador, tipo de tela, etc.) e do uso (o Chrome, por exemplo, é um dos maiores consumidores de bateria). No entanto, a economia pode ser significativa:
- Em uso leve a moderado: Você pode esperar um aumento na autonomia da bateria de 10% a 25% ou até mais, em comparação com um ambiente como o GNOME.
- Em comparação com o Android: Dificilmente você conseguirá a mesma autonomia que um tablet Android de fábrica, pois o Android é um sistema operacional especificamente otimizado para dispositivos móveis, com gerenciamento de energia muito mais aprofundado e customizado para o hardware.
Considerando seu uso focado (Xed, Espanso, Chrome, StickyKeys e MouseKeys), uma distribuição leve e estável é a melhor opção.
Mudar para Linux em um tablet não é uma decisão simples.
Pontos a favor de continuar com o Android:
- Eficiência de Bateria Superior: Como mencionado, o Android é imbatível na otimização de energia em tablets.
- Suporte de Hardware: Todos os componentes do seu tablet (Wi-Fi, Bluetooth, acelerômetros) são garantidos de funcionar perfeitamente.
- Aplicativos Móveis Otimizados: O Google Maps e o WhatsApp Web funcionam de forma muito mais fluida e otimizada no Android.
Pontos a favor de migrar para o Linux (com XFCE):
- Familiaridade com o Sistema: Se você já usa o Xed e o Espanso no Linux, a transição para um tablet com o mesmo sistema será mais natural, mantendo o seu fluxo de trabalho.
- Controle Total: Você tem total controle sobre o sistema, podendo personalizá-lo para suas necessidades exatas de acessibilidade sem as limitações do Android.
- Xed e Espanso Nativos: Você não precisará de adaptações ou versões Android de aplicativos, pois estará rodando os programas que já conhece e confia.
Se a sua principal preocupação é a autonomia da bateria e a sua comunicação depende de um dispositivo que dure o dia todo, continuar com o Android é a opção mais segura e prática. A diferença na eficiência energética é significativa e pode impactar diretamente sua mobilidade.
No entanto, se a familiaridade com o seu fluxo de trabalho atual e o uso de ferramentas nativas do Linux são a prioridade, a migração para uma distro leve como o Xubuntu ou o Linux Mint XFCE Edition é uma excelente alternativa. A única ressalva é que você precisará fazer um investimento inicial de tempo para garantir que tudo, do Wi-Fi ao Bluetooth, funcione corretamente no seu tablet.
E se quiser o máximo de otimização, dá para instalar TLP ou auto-cpufreq, que são ferramentas que melhoram o gerenciamento de energia no Linux.
Recomendo que você pondere qual aspecto é mais importante para você: a máxima autonomia da bateria ou a consistência da sua experiência de software.