Diga adeus a gravação em cd/dvd na próxima versão do kernel

A próxima versão do kernel, 6.17, deve remover o driver pktcdvd, responsável pela gravação de pacotes em CDs e DVDs há mais de 20 anos, pois se tornou obsoleto, quebrado e sem suporte. Ele foi criado para uma tecnologia de gravação de CDs e DVDs que não é mais comum hoje em dia. Mídias como CD-RW, DVD-RW, DVD+RW e DVD-RAM, que usavam esse tipo de gravação, foram amplamente substituídas.

O driver está causando problemas em sistemas modernos. Jens Axboe, o responsável pela manutenção de blocos no Linux, explicou que o driver “há muito tempo superou sua utilidade, está quebrado e não é amado”. Ele chega a causar falhas em configurações onde nem deveria ser necessário.

Apesar de ter sido descontinuado (“deprecated”) em 2016, uma tentativa de removê-lo em 2022 foi revertida em 2023, porque ainda havia alguns poucos usuários que precisavam dele (inclusive eu). No entanto, em 2025, ninguém se ofereceu para mantê-lo adequadamente.

A gota d’água foi um relatório de bug recente do Debian, onde o sistema travava (blkid hanging) ao inserir um disco DVD-RAM, e a causa era o driver pktcdvd. Como o driver está totalmente quebrado e ninguém está reclamando (exceto quando ele causa problemas indiretos), não há razão para mantê-lo.

O patch para removê-lo já foi incluído no branch “for-next” do subsistema de blocos do Linux. A menos que haja objeções, de última hora, pelo Pinguim Mor ou outros, o driver será finalmente removido na versão 6.17, marcando o fim de um componente antigo e problemático do kernel. Isso significa que, para a maioria dos usuários, a remoção não terá impacto, e para alguns, resolverá problemas de estabilidade.

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Lendo isso, lembrei dos idos de 1990, quando comprei meu primeiro “PC-IBM” 16bit – e o sistema de disketes dele não lia disketes gravados pelo Apple 8bit.

Se bem me lembro, o Apple 8bit gravava até uns 160 KB em disketes de 5¼ (ou 320 MB, se usasse os 2 lados). – Os do PC 8bit, até 1,2 MB em 5¼; e até 1,44 MB em disketes 3½ polegadas.

Meu banco de dados de clientes e assinantes, e também todos os textos escritos de 1986 a 1989, estavam naqueles disketes – que não podiam ser lidos pelo MS-DOS do PC-IBM 16bit.

Conversando nas poucas lojas de informática que existiam na época, ouvi falar que “uma turma” do Serpro tinha um esquema para transferir dados entre um Apple 8bit e PCs 16bit. – Lá fui eu, perguntar na portaria daquele prédio enorme do Serpro, ha ha. – Desceu um nerd, conversamos, ele disse que o tal esquema já tinha sido desmontado há muito tempo.

Eu tinha demorado demais! – Precisei digitar novamente o cadastro inteiro, com todo histórico de cada cliente ou assinante.

Mais tarde, tratei de ficar esperto, e copiei os disketes para “discos ZIP” de 100 MB. – Joguei os disketes fora em 1996. Eram caixas e mais caixas de 10 disketes! O caminhão do lixo levou meia hora pra recolher tudo, ha ha.

Nos anos 2000, copiei os “discos ZIP” de 100 MB – coube tudo em 1 CD – e tratei de vender o “Driver” + os “discos ZIP”, antes que perdessem o valor.

Eram 7 discos ZIP de backup:

15-06-2004  16:06       <DIR>          

Pasta de H:\ZipDisks

15-06-2004  16:06       <DIR>          .
15-06-2004  16:06       <DIR>          ..
12-05-2004  10:44       <DIR>          000a
12-05-2004  11:33       <DIR>          001
12-05-2004  14:11       <DIR>          002
12-05-2004  10:30       <DIR>          003
12-05-2004  11:02       <DIR>          004
12-05-2004  14:37       <DIR>          005
15-06-2004  11:58       <DIR>          006

Hoje, ainda tenho uns 130 CDs e DVDs de backup, de 2002 a 2010, mas tudo que ainda podia interessar, já copiei para um HDD e um SSD de backup (2 cópias). Faz muito tempo que não me acontece precisar “trazer” mais alguma coisa, então suponho que não falta mais nada.

Aliás, faz tempo que despluguei a unidade de DVD Sata.

Guardei cópia de alguns “disketes de instalação” do Ventura Publisher – e ISOs de alguns “CDs de instalação” do CorelDraw, AutoCAD etc.

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Está velho…kkkkkk

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:rofl:

Se mais velho fosse, poderia ter usado aqueles disketes de 8 pulgadas!

Só cheguei a ver, uma vez, no CPD do MEC – dos tempos em que ainda existia “CPD” – Centro de Processamento de Dados, nos anos 80.

Aqueles disketes de 8 polegadas eram flácidos, molengas, flexíveis mesmo. – Pareciam feitos de pano! – Dava até agonia, só de ver.

E antes disso, acho que em 1969, um colega de 2º grau que trabalhava como “perfurador de cartões” no (Serpro? Banco de Brasília?) me levou para ver aquela bagaça.

E ainda antes, +/- 1962-1964, ainda guri, um primo jornalista me presenteou com uma “fita perfurada”, usada em aparelhos de Telex – para transmitir uma notícia de Brasília para São Paulo.

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quanta curiosidade vc nos deus hoje. kkkkkkkkkkk

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Minha gaveta pelo visto vai ficar e fechando buraco no gabinete…
Enquanto isso o concorrente mantem o suporte no lugar, ai e ■■■■ kkkk

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No meu gabinete ancião aqui com 4 baias de DVD eu coloquei um controlador de fan no lugar do finado gravador de DVD, ficou bonito e deu uma cara moderna pro meu gabinete dos anos 2000. Eu ainda usava gravador de DVD poucos anos atrás pra queimar jogos de XBOX 360, que ainda vive na casa da minha mãe e futuramente vou passar pras minhas filhas, excelente console. Preciso fazer aquele mod que roda os jogos diretamente do HD pra parar de queimar DVDs pra ele.

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Eu lembro que no começo dos anos 90 minha tia tinha um computador na casa dela que usava esses disquetões moles, sempre achei bizarro kkkkk

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Meu notebook antigo tem uns nove anos e ainda tem um leitor de CD/DVD.

Em tempos imemoriais, eu gravei o último DVD nele e se usei o leitor umas 10 vezes nesses nove anos, foi muito.

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Fiz basicamente o mesmo com um gabinete da Cooler Master, coloquei um controlador de fan da NXTZ (comporta uma baia) e um suporte em acrílico para colocar um fan de 80mm que ocupava 3 baias que ficava na parte interna do gabinete jogando o ar diretamente para as memorias.

Teve uma época que cheguei a usar dois gravadores ao mesmo tempo (na verdade apenas um era gravador o outro era apenas um leitor que ganhei) ambos eram da Asus e gostava de tê-los a amostra junto com controlador de fans, eles pararam de funcionar com o tempo até trocar por um outro gravador a Asus e esse morrer anos depois sem sequer ter usado ele direito.

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eu fazia um becape mensal de meus arquivos de sistema, além de salvar na nuvem. mas confesso que o dvd já não é mais importante embora seja um recurso ainda válido. afinal, a mídia fica guardada bonitinhas no case

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Logo agora que ta vindo dvd com petabytes de espaço kkkk

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Wow…

Esse formato de armazenamento físico muito mais denso utiliza 100 camadas, o que resulta em uma capacidade máxima de dados de 1,6 petabits, ou aproximadamente 200 terabytes de armazenamento. Isso representa um avanço gigantesco

Agora, o melhor de tudo:

A desvantagem? Bem, no momento, os pesquisadores ainda não desenvolveram um drive rápido e acessível para ler os discos,

:rofl:

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É, chego a hora de eu manter uma versão de código fonte guardada de kernel em um pendrive, eu uso DVD ainda, vou ter suporte por mais 5 anos e ai é guardar um código fonte.

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Eu também fazia backup em CDs / DVDs.

Só que eu fazia backup dos “documentos” alterados / criados desde o backup anterior, para limitar o tamanho. – Mesmo assim, acabou se tornando um processo trabalhoso, complicado – e chato, até, na hora de localizar algum arquivo.

Parei em 2008 – e passei a usar SSDs / HDDs. – Atualmente, 3 unidades externas de 1 TB cada.

E no Domingo passado, por coincidência, acabei plugando de novo minha unidade DVD – depois de tentar um boot Live Pendrive durante horas, sem sucesso:

Descobri que a unidade DVD continua funcionando bem. – Vou voltar a usar, enquanto o Kernel não decretar seu fim.

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Não vou matar meu gravador, enquanto vender DVD e CD vou continuar usando. Como não sei mexer com kernel e não sei programar em C, então não tenho como manter o driver, e não tenho como também pagar um programador ou empresa para manter, então vou manter um kernel antigo para mim usar o gravador de DVD, quando acabar o suporte(5 anos) vou manter o código fonte guardado e ficar compilando para continuar usando o gravador de DVD.
Enquanto o código fonte compilar eu vou usando.

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Eu também – embora já faça um tempo que não encontro CD. – Só DVD, no meu bairro.

Eu me entusiasmei tanto com distros rolling-release + Fedora, que o MX Linux (debian stable) ficou sendo minha única distro com software menos “de ponta”. – Agora, vou corrigir isso: – Distros com software menos novo são importantes.

Debian mantém suporte por 5 anos, então pode ser uma opção interessante.

Na origem, alguns Kernels LTS podem continuar recebendo suporte por longos anos – e algumas distros continuam emitindo correções quase semanais:

Em último caso, posso até instalar um BDS da vida. – Sempre tive curiosidade, mas desanimava por achar muito desatualizado. – Agora, isso pode ser motivação.

Mas é provável que minha unidade DVD se acabe – ou o comércio de DVDs desapareça – antes que acabe o último Kernel habilitado para isso.

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Na internet cara, vai acabar no seu bairro mas na internet vai vender por muito tempo ainda.
Eu só compro na internet, chega aqui na porta de casa.

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Só pra não entrar com muito alarmismo, não é a função de gravar CD/DVD que será removida.

Será removido um componente que é usado para utilizar sistemas de arquivos UDF em sistema de gravação incremental de blocos de 32-bits.

Ou seja, a gravação comum, com sistema de arquivos ISO 9660 (e suas extensões Joliet e Rock Ridge), ou ainda UDF com gravação de única sessão, continuarão funcionando.

Ou seja, continuarei podendo queimar meus CDS pra ouvir no rádio original do meu carro de 2010 :old_man: :joy:

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Tinha esquecido da “internet”, ha ha

Já comprei muito, por carta, por DDD, depois pela internet, mas ultimamente fui parando com isso, e até esqueci que existe. :grimacing:

Opa, obrigado pela correção! Ufa… Que alívio.

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