Fiquei chocado com a pergunta sobre “a magia” do Debian 12. – Achei forte demais (rs). – Que “magia” é essa, que não existe na minha instalação?? Quero meu dinheiro de volta!!! 
Uso o Debian “testing” desde Outubro 2016.
Eu tinha instalado “Testing”, mas deu problema logo em seguida, e não me senti capaz de resolver – apesar de instalar e tentar usar o “stable” desde 2009. – A questão é que eu só encontrava ISO “testing” sem “non-free”.
Então, instalei o “stable” Debian 8.6 Jessie – ISO com non-free – e transformei em “testing”.
Funcionou sem problemas, até Janeiro 2020 – e em Maio 2020 fiz a mesma coisa no PC atual: – Instalei “stable” com non-free e fiz upgrade para “testing”.
Olhando isso, agora… Que lôco! – Achei mais fácil fazer upgrade de “stable” para “testing”, do que apenas adicionar “non-free” numa instalação de “ISO testing”??
Talvez porque adicionar “non-free” parece moleza, então o iniciante aqui leu só 2 ou 3 dicas rápidas… e quebrou a cara.
Ao passo que fazer upgrade de “stable” para “testing” parecia um bicho-de-sete cabeças – então, o iniciante investiu em toneladas de leituras (primeira coisa: testing, ou unstable?), escolheu uma opção, anotou numa folha de papel os passos a serem dados, revisou as recomendações disso e daquilo, tornou a verificar tudo de novo – e desse modo, funcionou tudo muito bem.
(Digo “iniciante”, porque de 2009 até 2016 não consegui me sentir confortável com o Debian stable: – Continuou meio áspero, ranhento, rabugento, difícil de dominar – enquanto o Kubuntu, e depois o KDE Neon, faziam logo o que eu precisava).
Com isso, pude continuar tentando me entender com o Debian, e em algum momento desses 14 anos, acabamos ficando amigos. – Mudar para o hardware atual também ajudou, pois eliminou algumas dificuldades que eu tinha com o antigo PC – e que eram mais fáceis de superar em outras distros, do que no Debin.
Então, vejo 3 coisas:
-
A dificuldade que era, para encontrar ISOs non-free no site do Debian
-
A vantagem de ler, pesquisar, fazer um resumo simples (sem as 1.001 alternativas que complicam a “documentação oficial”), revisar, e tornar a conferir tudo de novo
-
A vantagem de um hardware que ofereça menos dificuldades para serem resolvidas: – Não tão velho, que já não dê conta de muitas coisas atuais – nem tão super-novo que ainda não haja drivers etc. para atendê-lo.
E, claro…
- Não ser um “caso-limite”, que precisa realizar 300 mil missões impossíveis. – Uso carro para ir à feira, ao mercado, ou para passear – e não para bater recordes de velocidade em pista com uma camada de gelo.
Mas permanece o fato de que o Debian “padrão”, que os iniciantes preferem, entope o disco com uma cambulhada de coisas estranhas, esquisitas, desconhecidas do iniciante – e carrega uma tonelada de serviços que até hoje não sei para que servem, nem como funcionam – nem sei quais posso desativar / eliminar… e muito menos, “como”.
(O openSUSE, o Fedora e o Mageia também fazem isso, mas no geral parecem fazer mais sentido – e consegui fazer funcionar ao meu gosto, numa fração do tempo que o Debian já me exigiu. – A impressão que tenho, é de que o Debian tem muito mais tralha).
Bom, há muitos meses meu Debian testing passou a se identificar como “Bookworm” (acho que desde o ano passado); e agora, como “Trixie” – e até o momento, não vi nenhuma “magia”, nenhum “encantamento”, nenhum pó de pirlipimpim.
Depois de acompanhar o tópico por 3 dias, resolvi ler tudo de novo, desde o início – e chego à conclusão de que a “magia” não se refere ao Debian 12. – Talvez o @Pio não tenha sido feliz ao formular o título do tópico, pois o Debian 12, em si mesmo, não tem “magia” alguma, além da que possa ter desde o 11, 10, 9, 8, 7. 6…
O que mudou é que, agora, qualquer iniciante consegue encontrar uma ISO com non-free.
E se não encontrar sozinho, agora é só perguntar no Posto Ipiranga.