Como vocês lidam com a questão do distro hopping e possibilidade de customizações no mundo Linux?

Faz mais ou menos uns 6 anos que comecei no mundo Linux, com o Ubuntu 18.10. Encontrei o canal do Dio por acaso no youtube com o vídeo “RESSUCITANDO o PIOR PC do MUNDO!”. E, justamente pelo fato de ver o que o linux era capaz (afinal, meu primeiro computador foi um Intel celeron com 2GB de RAM), me aventurei em testar. Possa ser que o Ubuntu com o Gnome naquela época não tenha sido a melhor escolha, mas depois testei o Xubuntu, Lubuntu (com lxde) e fiquei neles por algum tempo.

Com o tempo, consegui um computador melhor. Agora, um I3 de 3º geração e 4GB de RAM. Comecei a me aventurar mais pelas bandas de Gnome, Plasma, Budgie e etc.

Ano passado, com um pc um pouco melhor, com um I5 3550, uma Nvidia GTX 550 TI e 12GB de RAM (que atualmente é um servidor na rede daqui de casa), fiquei limitado ao Windows 10 por conta de alguns bugs com os drivers legacy da placa, porém, vez ou outra tentanva instalar alguma coisa, mas em poucas horas o driver dava problema (quando funciona).

Mas, desde então, não tem sido algo que definitivamente consegui largar. Nas últimas semanas, instalei, formatei, restaurei o meu notebook (Dell Inspiron - I5 1135G7, Iris Xe e 16GB) algumas dezenas de vezes, que atualmente é a minha estãção de trabalho. Creio que seja uma questão atrelada com o meu TDAH. Sempre estou procurando algo novo para testar, formas de customizar e com isso comprometendo justamente o meu ambiente de trabalho.

Junto a isso, vem a questão de customzações. O excesso de funções em ambientes como o Plasma é uma das coisas que me mantem afastado dele, testando vez ou outra em live cd ou algum ambiente virtual. Ou, até mesmo a necessidade de criar nossas customizações, como em Window Managers.
Atualmente, me fixei no Arch, por conta do pacman e também por poder manter apenas aquilo que preciso no OS, junto ao Gnome e poucas customizações que gosto de ter no ambiente. Buscando me limitar a usar ambientes virtuais quando sinto vontade de testar alguma coisa nova.

Fiz mais ou menos isso:

Uso o Arch (com KDE), em 99% do tempo – e há muitos anos parei de ficar “experimentando” as configurações do KDE.

Tenho outras 11 partições, com outras distros – escolhidas entre 25 ou 30 que experimentei nos últimos anos. – Se eu quiser experimentar mais alguma, preciso deletar uma dessas 11…

… e já faz muito tempo que não encontro nada, que me pareça valer a pena, deletar uma dessas aí.

Aos Domingos, atualizo todas em 2 ou 3 horas – mato as saudades – e volto para o Arch.

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Depois de 8 anos usando diversas distros e aprendendo muita coisa, eu também me estabeleci no Arch, e não porque ele tenha algo de especial, pelo contrário, foi aí que percebi que nenhuma distro é tão especial assim. :thinking:

Pois, se uma distro é um amontoado de pacotes e posso usá-los em qualquer uma delas (na teoria), logo, a distro “X” pouco se difere da “Y”, e no fundo é só uma questão de se você procura estabilidade ou pacotes mais atualizados. :man_shrugging:

E, mesmo o Arch sendo bleeding edge, é a distro mais estável que já usei, estou com uma instalação aqui há 2 anos e tudo rodando bem. :ok_hand:

As únicas outras distros que eu usaria são o Debian (porque é uma rocha) e o openSUSE Tumbleweed (porque é parecido com o Arch), pois prefiro sistemas minimalistas. :+1:

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Escolhendo uma distro estável, usando GNOME ou Plasma ou XFCE, fazendo tudo pela GUI, preferindo sempre usar ferramentas gráficas e passando bem longe de tiling WMs e coisas na linha de comando que permitem configurações infinitas.

É muito fácil procrastinar com um neovim, um zsh, um i3/hyprland/etc… porque essas ferramentas permitem infinitas possibilidades de configuração, é muito fácil cair na cilada do perfeccionismo, do “eu preciso ver o que os outros estão fazendo pra me inspirar”, é muito fácil resolver problemas que só existem na sua mente e passar mais tempo configurando as ferramentas do que usando elas para algo que te leve para frente.

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Distro Hopping para mim funcionou como uma fase, bem no início quando comecei a conhecer Linux. Testei dezenas de distribuições (começando pelo Ubuntu 12.04) e conforme fui aprendendo sobre Linux migrei como minha plataforma principal, ficando o Windows como secundário. Hoje em dia uso o Ubuntu como sistema operacional principal de todos os meus computadores pessoais (PC e Laptop). Os motivos para eu ter escolhido o Ubuntu depois de ter transitado entre tantas distros Linux foram:
1 - O Ubuntu é simplesmente um S.O Linux sólido com alto suporte e sistema de updates confiáveis com uma empresa séria por trás, o que de certo modo me dá segurança e alta confiabilidade no sistema.
2 - Melhor experiencia ao comparar com outras distros, sinto uma certa polidez no Ubuntu que não vejo nas outras (talvez PoP!_OS) tipo a distro me dizendo: “Sou feita para uso no dia a dia e produtividade”.
3 - Nos meus testes ao longo dos anos foi a que melhor me entregou suporte a hardware, ou seja, detecção e periféricos e configuração automática. Um exemplo recente que tive foi ao testar PoP!_OS 22.04 num PC o mesmo não detectou e configurou de forma automática o dongle USB Wifi + Bluetooth, já o Ubuntu 22.04 detectou e deixou tudo pronto para uso. Não que isso fosse um grande problema, pois eu tenho o conhecimento necessário de instalar o modulo (driver) desse dispositivo no PoP!_OS. Mas o fato do Ubuntu já ter detectado todo o hardware me faz confiar bem nessa distro para usar em outros computadores.

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Eu mesmo já gosto de customizar minhas distros!
Sempre uso Gnome ou Plasma, ambas dão muitas opções de customizações e acho ótimo.

Usei o Arch por muito tempo com um Gnome customizado. Agora parei por enquanto no Big Linux com o Plasma customizado.

O distro hopping e a customização foram um bom passatempo para mim entre 2019 e 2021 – além da pandemia, era uma época em que eu apenas estudava, e meu tempo livre em que eu não estava jogando algo, eu estava formatando meu laptop sofrido ou fazendo rice de uma DE nova. Mas as coisas mudam, e a gente também – além de eu começar a trabalhar e ocupar meu tempo livre com outras coisas (passeios, prática de guitarra, etc), eu fiquei meio que “cansado” de ficar configurando meu computador. Hoje em dia deixo ele em um estado em que eu possa abrir a tampa e fazer o que eu quero fazer, seja mexer em uma planilha, fazer um trabalho do colégio ou mesmo ver um filme ou jogar algo, sem que nada me impeça de fazer o que eu quero. Percebi que, por exemplo, a aparência dos painéis, papéis de parede, interface do sistema, são coisas com as quais, no uso geral do computador, se interage pouco. Você usa mesmo é os programas que fazem o que você ligou seu computador para fazer. Então, há mais ou menos um ano, raramente troco mesmo o wallpaper – uso os sistemas no padrão, e tenho mantido há 6 meses um dual boot de Windows 10 e Fedora, agora no 39. Não mudei nada em nenhum deles, exceto os layouts de teclado.

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Comecei a usar Linux com o Ubuntu, distro que usei exclusivamente por dois anos, até que um dia eu conheci o vasto universo de distros existentes e saí fazendo distro hopping por pelo menos um ano.

Depois de fazer distro hopping por um ano, eu percebi que não havia mais algo de interessante que eu pudesse descobrir testando uma distro nova. Também percebi que eu só fazia distro hopping por tédio, pois só me batia a vontade de instalar uma nova distro quando eu estava sem coisas para fazer kkkkkkkk.

No fim, decidi ficar na base Ubuntu por considerá-la a mais sólida e mais polida para desktop. Encontrei paz no Kubuntu após passar alguns meses testando diferentes flavours do Ubuntu para ver qual me agradava mais.

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Eu sei que sempre vou acabar voltando. Já aconteceu de tu entrar em uma loja, achar algo legal porém analisar todas as alternativas e no fim acabar optando por aquele item que te brilhou os olhos no início? Comigo foi assim.

Utilizo o Fedora e já testei diversas outras distros para o substituir, mas no fim volto, cedo ou tarde. É assim com diversas outras ferramentas que utilizo no dia a dia, ou seja, esse aspecto serve para qualquer detalhe do workflow.

No fim, muitas vezes perdemos tempo dando voltas sendo que já sabemos a resposta de qual é a ferramenta que mais se encaixa conosco desde o início. Busco estar ciente disso sempre que vou testar uma distro ou app diferente, para evitar ilusões.

Por que a maioria dos usuarios Linux tem tesao em distros?

Por que nao apenas escolhem uma e usam pra trabalhar? Ficam sempre trocando e testando?

A impressao eh que nao usam os sistemas, apenas gostam de ficar testando.

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Salve,

Antigamente eu trocava direto e realmente gosto de testar e ver as novidades de cada Distro.

Hoje tô fixado no Arch mesmo principalmente por causa de tempo, mas também porque meio fiquei de s. Cheio de formatar e configurar tudo de novo a todo momento.

Agora se quero testar, instalo o sistema em uma VM. Mais fácil.

Isso é temporário e normal principalmente no início do uso do Linux. Dps de um tempo a maioria fica em uma distro só.

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