Gente, eu uso um HD mas recentemente comprei um SSD. Eu queria saber como é que eu posso transferir todo o meu sistema para o SSD sem perder nada, é possível?
Sim, é possível e existem várias abordagens. Os dois discos são do mesmo tamanho? Você tem familiaridade com linha de comando?
Não, eu não sou muito chegado com linha de comando não e os discos não são do mesmo tamanho. Algum tutorial ou algo parecido?
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Faça backup de seus arquivos.
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Copie seu Linux do HD para o SSD.
Suspeito que a maioria dos tutoriais usa várias ferramentas de linha de comando ou sistemas como o Clonezilla.
Como os discos são de tamanhos diferentes, uma opção seria particionar o segundo disco usando o GParted, que é um frontend gráfico para o comando parted
e em seguida fazer a sincronização dos arquivos do disco A para o disco B. Uma opção para sincronizar poderia ser o Rclone, que tem uma opção de interface gráfica experimental com um servidor HTTP próprio, que pode ser executada com rclone rcd --rc-web-gui
. Outra opção gráfica para sincronização de arquivos é o Unison, que tem um frontend em GTK.
Dependendo de como a inicialização é feita, precisaria incluir um passo adicional para o carregador de inicialização também. Talvez seria preciso apelar para o terminal.
Enfim, como você opta por não utilizar linha de comando, eu não sei se há um tutorial pronto e nem vou sugerir nenhum, pois esse tipo de operação é delicada e há risco de perda de dados. Eu sugiro que comece avaliando o GParted e o Rclone. Familiaridade com a língua inglesa ajuda bastante a poder consultar as documentações oficiais.
Em 2017, movi vários Linux de uma partição para outra ─ copy & paste, via GParted rodando em sessão Live ─ pois as partições não podem estar montadas.
Se a partição de destino for maior, tudo bem. ─ O GParted expandirá a cópia, para preenchê-la. ─ Se a partição de origem for maior, aí, é preciso reduzi-la (shrink).
Isso, também vale para partição /home
separada, e até para partições Swap. ─ A mesma coisa.
Tanto faz, de HDD para SSD, ou vice-versa. ─ Não faz diferença.
Importante! - Desconecte a unidade original, antes de testar a unidade de destino, pois ambas partições estarão com o mesmo UUID, e se ambas forem encontradas, você terá um Linux rodando a partir de ambas as partições. ─ Ou seja, o teste não servirá para nada. ─ Só após testar o Linux em sua nova partição, deletei a partição original.
Há outras providências a tomar. Agora não lembro exatamente quais. Se houver interesse, posso procurar nos meus registros.
Quanto aos arquivos, sempre mantive em partições separadas ─ nem “/” (raiz), nem /home
.
Interessante. Eu acho que nem me passou pela cabeça, porque eu uso LVM e RAID aqui, então existem camadas adicionais. Realmente, se for um sistema sem LVM, fica fácil de fazer graficamente pelo GParted.
Se o particionamento for em esquema GPT, dá para embaralhar os UUIDs muito facilmente com o sgdisk
, mas provavelmente seria preciso atualizar o arquivo “/etc/fstab” e talvez a configuração do GRUB no clone. Eu sempre preciso usar o comando sgdisk
quando clono o particionamento (não os dados das partições, só o esquema) para incluir alguma unidade numa das matrizes RAID.
É uma boa prática.
Basicamente o que você procura é o “transplante de instalação”.
Eh um tópico um pouco mais avançado e que vc fatalmente terá que mexer com a linha de comando.
Mas um jeito que os iniciantes podem preferir é simplesmente instalar novamente o sistema nesse disco novo, depois transferir os arquivos pessoais. Bem tranquilo de fazer, possivelmente sequer terá problemas de permissões de arquivo. A parte ruim é que vc perde toda personalização que fez no sistema, tanto de programas instalados quanto de configurações do seu ambiente gráfico.
Nunca usei LVM nem RAID. ─ Suponho que também não seja o caso do OP.
Não sei se entendi…
A questão é mover um sistema Linux, de um lugar para outro.
Ao testar, interessa testar a cópia… Ou não?
Pra que embaralhar? Algum objetivo em vista?
Evitar os problemas que você mesmo descreveu.
A configuração vai estar em arquivos iniciados com ponto (dotfiles), então ela é transplantável também. Pode dar problema se faltar algum pacote de personalização ou algo do tipo, mas daria para instalar os mesmos pacotes e depois transplantar as configurações.
Certamente! Porém expliquei o modo simples de fazer, sem entrar nesse detalhe. O modo simples é o próprio usuário abrir o gerenciador de arquivos, copiar e colar os arquivos pessoais nas pastas que não estão ocultas. Se for entrar nos arquivos de configuração, alguns arquivos podem estar em uso, podendo causar algum erro, sendo necessário copiar via terminal virtual ou LiveCD. Ou seja, pra simplificar bastante a tarefa o usuário decide perder a customização.
O único problema que citei, é exatamente o embaralhamento.
Embaralhar, para evitar embaralhamento?
Não faz sentido. É isso que não entendi.
Você falou que dava conflito pelos UUIDs serem os mesmos, eu expliquei que o sgdisk permite randomizar os UUIDs do clone.
Hum… Não sei o que seria “randomizar os UUIDs do clone”.
Eu quero testar a cópia ─ e para isso, me interessa manter o UUID original, pois facilita muito. ─ Pode-se até usar o Grub pré-existente.
Se a cópia não deu certo, me interessa voltar a usar o original ─ e mais uma vez, convém ter preservado o UUID original.
Por isso, acho mais simples desconectar o HDD com a partição original, e testar se a distro funciona a partir da cópia no outro HDD ─ e só a partir dela, para não haver dúvida.
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