Para quem é destemido e quer testar as últimas novidades do mundo Linux, ensinamos a instalar o sistema que os desenvolvedores do Debian utilizam, o Debian Unstable (Sid).
Pergunta legitima, mas não é melhor usar uma distro Rolling Release pra isso? eu posso até estar enganado, mas possível do Sid ser até inferior nesse aspecto… seria mais por uma possível estabilidade, na medida do possível? uma menor chance do sistema quebrar?
Fala, Luiz! Errei o tom na matéria, fiz algumas alterações. De fato, esta não é a melhor opção para testar as novidades do mundo Linux, no máximo, poderíamos dizer que é uma opção. De toda forma, fica a dica para que quer testar o sistema que desenvolvedores do Debian utilizam para testar bugs, mas como disse na matéria, não recomendo como sistema principal.
Só quis chamar atenção para algo, que ao meu ver não condizia exatamente com a realidade, mas o artrigo em si está ótimo.
Tão estável como qualquer Rolling. Já usei Sid testing e até híbrido de várias formas e sempre foi de boa.
Porém faz mais sentido sim usar uma distro que já seja Rolling ou algo do tipo porque sempre é bom andar junto com a “filosofia padrão” do sistema.
É a partir do sid que o Ubuntu se baseia ou do stable?
Do testing, o sid seria as versões de 9 meses do ubuntu
Valeu!!!
Agora quero ver como subo meu 12.5 pro testing hehehe
Em Abril 2020, era mais ou menos assim:
«Instalei o Debian buster em 24 de Março 2020, pela manhã, e transformei em Debian testing no mesmo dia, à tarde, — antes de começar a instalar muitos pacotes (para minimizar o risco de problemas nessa transição ). — Este relato, iniciado em 10 Maio, é uma tentativa de recuperar e fixar os passos que segui, nesse processo».
- Isto não é um “tutorial”. — Apenas um registro, para lembrar o que fiz (inclusive, erros).
Também anotei a experiência anterior, em 2016, mas escrevi detalhes demais.
Já li e reli – e fiquei com algumas dúvidas:
Curiosidade legítima – pois nunca experimentei “Sid / Unstable”:
O Sid / Unstable tem, mesmo, “as últimas novidades”? De verdade?
Minha experiência até hoje foi só com o “Testing” – e nunca chegou, nem perto, das “últimas novidades”. – Acho que o Debian é “conservador”, até nisso.
O Arch Linux migrou para o KDE Plasma 6 no início de Março – e nesses mais de 3 meses, o openSUSE Tumbleweed, o Fedora 40, o KDE Neon, o Mageia Cauldron, o Void, o Manjaro também já migraram – enquanto o Debian Testing ainda continua com Plasma 5.
O Void foi o penúltimo, e fez caca durante 2 ou 3 semanas, até se ajeitar. – Tudo bem, afinal, acho que o Void nem oferece ISO “sabor KDE” (foi “experiência maluca”, que fiz… com base numa página da documentação Void, que depois desapareceu).
O último foi o Manjaro, que resistiu bravamente durante meses – mas quando migrou para o KDE Plasma 6, foi a coisa mais suave e bonita que vi. – Parece ter aproveitado esse tempo para aprender com os tropeços das outras distros (pois o Arch, mesmo, não tropeçou. Apenas, não foi tão “suave”).
Tenho grandes expectativas, sobre como será a transição do Debian Testing para o KDE Plasma 6. – Já fiz um estoque de pipoca, mandei fazer uma revisão no microondas, encomendei um engradado de refri 2 litros etc. – porque prevejo muita diversão.
Ok, “Testing” não é “Sid / Unstable”, mas pelo que me lembro do labirinto da documentação do Debian, fiquei com a impressão de que a diferença não é muito grande: – Coisa de alguns dias, para um pacote passar do Unstable para o Testing – onde realmente será testado por mais tempo.
Posso estar enganado, claro! O labirinto do site Debian dá um nó nos neurônios que ainda me restam. É só por isso que coloco a dúvida.
Não uso “Unstable”, e sim “Testing” – mas já vou completar 8 anos nessa brincadeira, em Outubro (faltam só 4 meses), e nunca tive qualquer problema realmente sério. – Só 1 vez, adiantaram um pacote do KDE (mas não outros), e durante 2 ou 3 semanas, tive de fazer um pequeno malabarismo para carregar o ambiente KDE (encontrei a dica facilmente, pelo Google). – Depois de carregar, funcionava normalmente, e podia usar dias e dias seguidos, na maior tranquilidade. O tilt era só no final do boot / login.
Acho que isso depõe a favor: – Só 1 pequeno tilt, em quase 8 anos. – Não quero dizer que seja recomendável usar em máquina de produção. – Mas está longe de ser um pesadelo terrível.
Concordo inteiramente.
Numa distro que é “oficialmente rolling-release”, você está em boa companhia, com uma multidão de usuários, todos fazendo “a mesma viagem” – conversando em fóruns “populosos”, dia e noite – e um monte de desenvolvedores sempre atentos.
Só o fato de o Debian ter 2 ou 3 versões “estáveis”, e mais Testing, e mais Unstable / Sid, já fragmenta bastante a conversa (complica o Google), e restringe o número de desenvolvedores / mantenedores. – O número de usuários do “Sid / Unstable” é só 1 pequena fração – e existe sempre a tentação de lhe responderem que “isto é só para quem dá conta de se virar” (rs)… ou que “use por sua conta e risco”… ou “se não consegue lidar com isso, volte para o Stable”… ou algo assim.
Agora, sobre o ótimo artigo do @Ariel_Bonfim – fiquei com algumas dúvidas – exatamente porque só conheço “Testing”, e não o “Sid / Unstable”:
fazer o backup das fontes do
apt
para conseguir retornar ao estado anterior com mais facilidade utilizando os comandos:
sudo mv /etc/apt/sources.list /etc/apt/sources.list.old
sudo mv /etc/apt/sources.list.d /etc/apt/sources.list.d.old
sudo mkdir /etc/apt/sources.list.d
Na qualidade de “velho revisor de textos” (rs), o que vejo aí não é “fazer um backup” mas, sim, “mudar os nomes” (mv
= mover, usado para “renomear”). – Tanto que, na última linha, orienta a “criar” de novo uma pasta sources.list.d
Depois, quando diz:
mude suas fontes do
apt
para apontar para instável (unstable). Para isso, abra o arquivo/etc/apt/sources.list
com algum editor de texto
… na verdade, não vai “abrir”, mas criar um novo aquivo sources.list
Parece que estou com um “detalhismo”, mas quando se fala em “mudar as fontes”, espera-se “alterar” – e não, “Adicione as duas linhas abaixo ao aquivo de texto”.
Aqui, uma dúvida:
deb http://deb.debian.org/debian sid main contrib non-free
deb http://deb.debian.org/debian sid main contrib non-free-firmware
A segunda linha, não é uma repetição (parcial) da primeira? – Não seria o caso de juntá-las – acrescentando na primeira linha, a única coisa diferente que existe na segunda linha?
deb http://deb.debian.org/debian sid main contrib non-free non-free-firmware
Dúvida sincera, porque eu não habilitei non-free-firmware
(então, não sei se dá para botar ambos na mesma linha; acho que sim) – e lembro apenas vagamente, que essa foi uma “transição” feita algum tempo atrás. – Aqui está uma explicação “não-oficial”:
Não,
non-free
enon-free-firmware
não são os mesmos repositórios e se você quiser os dois, você precisa ativar ambos.A decisão de criar
non-free-firmware
foi tomada porque o firmware muitas vezes não atende às Diretrizes de Software Livre do Debian. No entanto, em muitos casos é bastante complicado (se não impossível) ser substituído / evitado para ter um sistema utilizável. O software livre muitas vezes não consegue acompanhar os drivers, etc., necessários.Foi também decidido que a opção de excluir
non-free
software que não seja um requisito básico para ter um PC em funcionamento deverá continuar presente. Assim, os respectivos pacotes de software permanecem no formatonon-free
.Observe que o Bookworm
non-free-firmware
é uma parte padrão da mídia de instalação, masnon-free
não é. Isto também é diferente das imagens de instalação anteriores, onde o software não-livre era geralmente excluído.
- Como eu evito placa de vídeo, em especial Nvidia, e outros componentes de hardware “hostis” ao mundo GNU / Linux / FOSS etc., continuei sem habilitar
non-free-firmware
, e até agora não senti falta de nada.
Eu recomendaria mudar para um espelho localizado no Brasil – que costuma ser 2 vezes mais rápido (pelo menos!), do que a conexão submarina para outro continente:
deb http://ftp.br.debian.org/debian/ sid main contrib non-free non-free-firmware
Já tive longa experiência de lentidão, demora etc., com us.debian.org
– que apareceu no meu sources.list
, não sei como. – Pode ser que deb.debian.org
tenha ligação direta para o Brasil, mas não custa nada prestar atenção, e caso veja baixas velocidades, substituir pelo espelho explicitamente localizado no Brasil.
- Note que eu mantive um “/” no final de “
.org/debian/
” – Isso é outra das milhares de dúvidas que (só) o Debian me dá (rs). – Eu uso assim (há muitos anos), e funciona… pelo menos, até ontem. – Devo ter pegado isso na própria documentação oficial do Debian (ou do meusources.list
original, logo após instalar, em 2016), e acho que não faz a menor diferença. – No caso, serve para me lembrar sempre de que, até ali, é uma URL – e dali em diante, é uma espécie de “parâmetro” ou “sinalizador”… embora possa corresponder a uma continuação da URL (tipo, 3 continuações da URL, em 1 só linha).
Agora, diferenças que realmente não posso avaliar – porque “Testing” é diferente de “Sid / Unstable”. – Meu sources.list
é assim:
deb http://ftp.br.debian.org/debian/ testing main contrib non-free
deb http://ftp.br.debian.org/debian/ testing-updates non-free contrib main
deb http://ftp.br.debian.org/debian/ testing-proposed-updates contrib non-free main
deb http://security.debian.org/debian-security/ testing-security non-free contrib main
Ignoro totalmente, se estou fazendo “a coisa certa” – ou sequer, “alguma coisa aceitável”. – Uso Debian desde 2009, e o “Testing” desde 2016", e até hoje não consigo ter certeza de nada.
Então, vamos lá – linha por linha:
- testing
- testing-updates
- testing-proposed-updates
- testing-security
Detalhes que consigo perceber:
-
Todas com
main contrib non-free
– (às vezes, uso o Synaptic para mexer em algum detalhe, e ele troca a ordem… mas nunca pegou fogo nem explodiu) -
Só a última, deve apontar para o repositório “principal”
security.debian.org
– e acho que esse não tem “espelhos”, por uma questão de segurança. – Outras distros também mantêm a parte de “segurança” centralizada no repositório principal, sem direito a “espelhos” locais espalhados mundo afora.
Acho que Sid / Unstable não precisa de -updates
(ou nem tem isso). – Lidar com “Debian Testing” já me causa tamanha confusão na cabeça, que evito prestar atenção quando leio algo sobre “Stable” ou “Sid / Unstable”, para não endoidar de vez. – Então, vou ficar só no “achismo”, mesmo, para não induzir nenhum colega a uma falsa certeza.
E -proposed-updates
, tenho certeza de que é coisa específica do “Testing” – para continuar recebendo novidades, durante aquele período de “congelamento” que precede o lançamento da próxima versão “Stable”.
E -security
– não lembro se existe para o “Sid / Unstable”. – Tenho só uma vaga impressão de que “não”, mas… como disse, evito prestar atenção em tudo que não seja “Testing”, para não acabar num manicômio. – Nada de “certeza”. Só “uma vaga impressão”.
Quanto à pasta /etc/apt/sources.list.d/
– nela tenho apenas google-earth-pro.list
, cujo conteúdo é:
deb [arch=amd64] http://dl.google.com/linux/earth/deb/ stable main
Esse “stable” é sobre a versão do Google-Earth. – Nada a ver com meu Debian não ser “stable”. – Nesse arquivo, eu não mexo nunca. Fica do jeito que o Google disse que deve ser.
É a única distro em que não precisei instalar o Google Chrome – talvez porque o Google não tenha tido coragem de “deprecar” o Chromium do Debian. – Continua sincronizando, e tudo mais que “deprecou” em todos no Chromium e demais derivados, em todas as outras distros que conheço.
Agradeço se alguém puder lançar luzes sobre algumas dessas dúvidas. – Debian é um assunto, que tenho uma penca de dúvidas, nunca 100% resolvidas – e não canso de pedir esclarecimentos, a quem puder ajudar.