Seja bem-vindo, @Amnesic !
Minha sugestão é dividir a questão em 2 partes:
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Primeiro, particionar
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Depois, instalar
Fica assim:
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De quais partições eu preciso? Quais os tamanhos? Quais outras partições eu posso criar, se eu quiser?
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Qual a melhor maneira de fazer particionamento?
Na parte (2), eu acho horrível, tutorial com particionamento por comandos. — É uma tortura inútil, sem sentido, totalmente desnecessária — a menos, que o usuário queira fazer isso para aprender. Nesse caso, o sofrimento é livre. Não é “obrigação para todos”.
Eu prefiro fazer tudo pelo GParted ou pelo KDE Partition Manager, em “modo gráfico” — antes de começar a instalação de qualquer distro.
GParted:
KDE Partition Manager:
Dá para perceber o rolo que eu fiz, para instalar 12 distros em 2 SSDs.
$ lsblk -o name,mountpoint,label,fstype,size,fsavail,fsused,FSUSE%
NAME MOUNTPOINT LABEL FSTYPE SIZE FSAVAIL FSUSED FSUSE%
sda 447.1G
├─sda1 /boot/efi EFI vfat 2G 2G 33.2M 2%
├─sda2 /run/media/flavio/Linux1 Linux1 btrfs 50G 17.5G 30.5G 61%
├─sda3 / Linux2 ext4 30G 8G 19.8G 68%
├─sda4 /run/media/flavio/Linux3 Linux3 ext4 30G 14.5G 13.4G 46%
├─sda5 /run/media/flavio/Linux4 Linux4 ext4 30G 9.7G 18.2G 62%
├─sda6 /run/media/flavio/Linux5 Linux5 ext4 30G 13.6G 14.2G 48%
├─sda7 /run/media/flavio/Linux6 Linux6 ext4 30G 18.4G 9.5G 32%
├─sda8 /run/media/flavio/Home1 Home1 xfs 15G 7.1G 7.9G 53%
├─sda9 /home Home2 ext4 15G 3.3G 10.6G 72%
├─sda10 /run/media/flavio/Home3 Home3 ext4 15G 10.2G 3.7G 25%
├─sda11 /run/media/flavio/Home4 Home4 ext4 15G 7.8G 6.1G 41%
├─sda12 /run/media/flavio/Home5 Home5 ext4 15G 8.6G 5.3G 36%
├─sda13 [SWAP] Swap swap 11G
├─sda14 /run/media/flavio/Home6 Home6 ext4 15G 10.5G 3.4G 23%
└─sda15 /run/media/flavio/Warehouse Warehouse ext4 144.1G 72.2G 61.4G 44%
sdb 447.1G
├─sdb1 /run/media/flavio/Linux7 Linux7 ext4 30G 15.2G 12.6G 43%
├─sdb2 /run/media/flavio/Linux8 Linux8 ext4 30G 11.9G 16G 54%
├─sdb3 /run/media/flavio/Linux9 Linux9 ext4 30G 5.7G 22.2G 75%
├─sdb4 /run/media/flavio/Linux10 Linux10 ext4 30G 9G 18.9G 64%
├─sdb5 /run/media/flavio/Linux11 Linux11 ext4 60G 34.1G 21.7G 37%
├─sdb6 /run/media/flavio/Linux12 Linux12 ext4 30G 18.8G 9.1G 31%
├─sdb7 /run/media/flavio/Home7 Home7 ext4 15G 10.4G 4.3G 29%
├─sdb8 /run/media/flavio/Home8 Home8 ext4 15G 9.8G 4.1G 28%
├─sdb9 /run/media/flavio/Home9 Home9 ext4 15G 7.9G 6G 41%
├─sdb10 /run/media/flavio/Home10 Home10 ext4 15G 9.3G 4.6G 32%
├─sdb11 /run/media/flavio/Home11 Home11 ext4 15G 7.4G 6.5G 44%
├─sdb12 /run/media/flavio/Home12 Home12 ext4 15G 8.7G 5.2G 36%
├─sdb13 /run/media/flavio/Linux13 Linux13 ext4 30G 12G 15.9G 54%
├─sdb14 /run/media/flavio/Sites Sites ext4 2G 630.7M 1.2G 62%
└─sdb15 /run/media/flavio/Works Works ext4 2G 1.8G 24K 0%
Se eu tentasse fazer isso pelos “instaladores” — diferentes, de uma distro para outra — seria inevitável, acabar cometendo algum desastre.
Mas mesmo se você pretende ter só 1 distro — com ou sem Windows em dualboot — vale a pena fazer o particionamento antes, e instalar depois.
Quando o instalador chega naquela seção de “Particionamento”, eu seleciono a opção “Manual”, ou “Avançado” (o nome varia, de um instalador para outro) — pois vou apenas escolher partições que eu já criei, antes.
No Instalador usado pelo KDE Neon, vêm 4 opções:
- Instalar “ao lado” — do SO que já existe — sem eliminá-lo
- Substituir uma partição — na verdade, usar a partição onde existe um SO, de modo a substituí-lo pelo KDE Neon
- Apagar disco — ou seja, zerar o disco, e ocupar o disco inteiro com a instalação do KDE Neon
- Particionamento manual. — É o que eu prefiro — mas, só para escolher partições, que já preparei antes:
Se eu quisesse fazer alguma das outras coisas, eu poderia — antes de começar a instalação:
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Para substituir meu “Linux11” (Redcore), eu formataria a partição “Linux11”, pelo GParted ou pelo KDE Partition Manager — e quando o “instalador” chegasse nesse ponto, bastava eu selecionar “Manual” — e escolher a partição “Linux11”. — O risco de desastre é muito menor, pois eu sei o que estou fazendo… em vez de “imaginar” o que o “instalador” irá fazer.
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Isto já é um modo de “instalar ao lado” — pois tenho 12 partições, criadas antes, prontas para usar. — Não vou usar um “instalador” para tentar reduzir uma partição existente… para abrir espaço… para criar outra partição… bem no meio de um processo (instalação) — que, por si só, já exige atenção em várias outras coisas.
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Apagar o disco todo? Ô lôco, meu! — Melhor fazer esse tipo de coisa, antes de iniciar uma instalação. — Misturar coisas tão diferentes (e perigosas!), na minha opinião, é pedir problemas. — Cada tarefa exige atenção máxima. Misturar, é fria.
A parte (1) é outro assunto:
É indispensável uma “partição-raiz” (root), ou “partição-do-sistema”. — Ela é representada por uma barra “/
”, e dentro dela serão criadas as “pastas-do-sistema”.
Aqui, um comando “ls
” — com parâmetro “-1
” para “listar 1 coisa em cada linha” — ou seja, listar as pastas da partição-do-sistema “/
”:
$ ls -1 /
bin
boot
dev
etc
home
lib
lib64
lost+found
mnt
opt
proc
root
run
sbin
srv
sys
tmp
usr
var
E aqui, a representação gráfica da “partição-raiz”, ou “partição-do-sistema”, com as “pastas-do-sistema”:
Não se preocupe com o significado dessas pastas, por enquanto — mesmo se você ainda não souber tudo sobre elas. — O importante é “vermos” o que é a “partição-raiz”, onde fica o “sistema operacional”.
Em um hardware Bios-MBR (antigo), basta essa “partição-raiz” — pois tudo mais poderia ficar dentro dela (exceto em alguns casos específicos).
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Se você quisesse criar uma partição “home” separada, ela seria “montada” na pasta /home
, que se tornaria um link para ela. — Ao clicar nessa pasta, você iria para a partição “home” separada. — E sempre que o Sistema Operacional tiver de ler ou gravar alguma coisa na “home”, usará a partição separada, como se fosse a própria pasta /home
.
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Em alguns casos específicos, era necessário criar uma partição “boot” separada. — Neste caso, ao clicar em /boot
, você iria para a partição “boot” — etc. etc.
Em um hadware UEFI-GPT, é necessária, também, uma partição EFI — que será montada na subpasta /boot/efi
. — Ao clicar ali, você irá para a partição EFI. — E sempre que o sistema operacional (ou o bootloader
, antes dele) precisar ler ou gravar alguma coisa, usará a partição EFI, como se fosse a subpasta /boot/efi
.
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De novo, se você quiser uma partição “home” separada… etc.
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Um determinado usuário quer colocar os arquivos temporários em uma partição separada? — Irá montá-la na pasta /tmp
. — E assim por diante, caso queira uma partição “www” separada, a ser montada na subpasta /var/www
, por exemplo. — São partições opcionais.
Deixando de lado os casos específicos, o importante é que:
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Em BIOS-MBR precisa criar uma “partição-raiz”. — E, apenas se quiser, poderá criar também uma partição “home” separada.
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Em UEFI-GPT, é necessária uma partição EFI separada.
Os tamanhos? — Tendo em vista esse “básico”, fica muito mais fácil definir o tamanho de cada partição. — Vou pular essa parte, que pode ser discutida mais adiante, caso você tenha dúvidas sobre isso.
Um caso diferente, é a “partição Swap” — que será usada de outro modo. — Não existe uma “pasta” /swap
para servir de link. — Vou pular essa parte, pois hoje em dia muitos preferem um “arquivo-swap” (swapfile); outros, preferem nem ter Swap. — Podemos falar disso mais adiante, se você tiver dúvidas sobre isso.
Outra coisa:
Particionamento MBR — permite até 4 partições “primárias” em cada “disco”. — Se você precisar de mais partições, basta definir uma delas como “estendida” — e dentro dela poderá criar várias partições “lógicas”. — Vou deixar isso para depois. Avise, se for o caso do seu hardware ou se você tiver dúvidas sobre isso.
Particionamento GPT — permite criar dezenas de partições primárias. — É o meu caso, atualmente.
Peguei um PC totalmente não-configurado (sem Windows, sem nada), com 1 SSD totalmente não-configurado — e fiz o particionamento, antes de começar a instalar (4 distros, no meu caso). — Fiz várias anotações sobre isso, aqui.