O projeto Open Source Pledge é a nova iniciativa que pretende persuadir empresas a pagar os mantenedores dos softwares dos quais dependem, geralmente mal pagos e sobrecarregados, estabelecendo uma nova norma social na indústria de tecnologia.
Uma porção considerável do software é construída sobre iniciativas de código aberto. Apesar da suma importância desses projetos, os indivíduos que se dedicam de forma incansável, frequentemente o fazem sem qualquer remuneração.
Muitos mantenedores convivem com dificuldades financeiras ou dedicam-se a um segundo emprego para manter iniciativas que, em muitos casos, exigem atenção constante para corrigir bugs, acrescentar novas funcionalidades etc.
E isso leva a um frágil ecossistema que é suscetível a problemas de segurança, porque os mantenedores não dedicam o tempo necessários para corrigir bugs, acrescentar funcionalidades etc. Ajudando no seu sustento, as empresas contribuem para um open software saudável, próspero e seguro.
A meta deste projeto é que as empresas paguem um mínimo de US $ 2000 por desenvolvedor, equivalendo a jornada do um funcionário na empresa, além de outros estímulos que elas adotem. Os pagamentos serão feitos diretamente aos mantenedores, sem intermediação do projeto.
O Open Source Pledge levanta mais dúvidas sobre a viabilidade econômica do software opensource/software livre. Creio que uma saída também passe pela cobrança de licenças num sistema de pagamentos em moeda nacional, como existe nos smartphones do Google ou Wikipedia.
Do jeito que está - para mim - o software de código aberto é um empreendimento financeiramente inviável. Ou se arranja um meio de se ganhar dinheiro diretamente ou ficará eternamente nessa situação crítica de falta de financiamento dos projetos. E quanto aos usuários, vamos botar a mão no bolso e pagar pelo uso. É muito bom ficar no oba-oba e não contribuir.
O tema é complexo mas vale uma boa reflexão. Para colaborar, posto dois vídeos do Diolinux que - indireta ou indiretamente - abordam o problema:
Fonte: link no texto