A Canonical está em uma jornada sem volta na adoção da linguagem Rust. Componentes críticos, tradicionalmente escritos em C, serão substituídos já na versão 25.10. Um exemplo é o GNU Coreutils, por sua contraparte, o uutils.
Mas a transição não está sendo totalmente suave. Testes recentes mostram que, em alguns casos, as ferramentas baseadas em Rust ainda não superam suas versões em C. Por exemplo, o utilitário cksum
tinha desempenho inferior ao equivalente GNU. Mas uma correção resolveu o problema.
De forma semelhante, o comando sort
apresentou falhas ao processar arquivos de linha única muito grandes, um problema que ainda está sendo investigado.
Mas nem tudo é má notícia. O utilitário base64
já superou a versão GNU, demonstrando que otimizações cuidadosas não apenas igualam mas superam o desempenho do C.
A Canonical está ciente desses percalços, que serão resolvidos antes do lançamento do Ubuntu 25.10, garantindo que os Rust Coreutils se tornem uma parte mais polida e confiável do sistema, especialmente com foco no Ubuntu 26.04 LTS, onde as ferramentas em Rust deverão se consolidar.
A ambição da Canonical em adotar o Rust em componentes tão centrais é um sinal claro de sua dedicação a ferramentas de sistema mais seguras e modernas, demonstrando um compromisso de longo prazo com a inovação e a estabilidade.
O que é o coreutils?
O Coreutils, ou “core utilities” (utilitários centrais), é um conjunto de programas essenciais para qualquer sistema operacional. Eles são a base de muitos comandos que você usa diariamente no terminal, como ls
(listar), cp
(copiar), mv
(mover), rm
(remover), mkdir
(criar diretório), entre outros.
Basicamente, é o “kit de ferramentas” que permite interagir com o sistema de arquivos, processar dados e gerenciar o sistema diretamente da linha de comando. Sem ele, a maioria dos comandos mais simples do terminal não existiria.