Como nunca tive PC “móvel”, nem nunca usei, minha atenção vai para a pós-modernidade – que veio para confundir, não para facilitar:
Acredito que um grande problema são as linhas de produtos excessivamente complexas. Vejamos o que as grandes empresas oferecem.
Aqui está a Lenovo:
Sete linhas de produtos (ou seriam oito; há uma extra na barra lateral que não aparece na visualização principal) e 330 modelos distintos! Como uma pessoa normal, que não é fã de laptops, consegue encontrar algo aqui? Até meus olhos ficam vidrados quando tento distinguir as diferenças entre os modelos e as linhas de produtos.
Isto se aplica, mais ou menos, a tudo.
Um dia desses, tentei examinar os “planos” da TIM – e desisti, depois de 1 ou 2 horas, clicando, indo, vindo, voltando etc. (até o modo de navegação parece feito para dificultar qualquer análise racional). – A quantidade é absurda, as características embaralhadas, as diferenças difíceis de avaliar.
As “descrições” contêm mais adjetivos – “incrível”, “fantástico”, “maravilhoso”, “único”, “exclusivo” etc. – do que informações concretas, simples e claras.
Saudades da velha e boa “Tabela da Sunab”, onde todos os itens tinham de ser apresentados de modo claro, com as quantidades bem nítidas, e os preços bem à vista, em qualquer lanchonete.
– Na verdade, todos os ramos da indústria e do comércio agiam mais ou menos da mesma forma, com linhas claras de produtos, com características bem definidas, de modo que qualquer cristão conseguia distinguir qual modelo era melhor, qual modelo era razoável, qual modelo era aceitável, qual modelo ficava abaixo das necessidades do freguês – e isso também permitia comparar com os produtos e outras marcas.
Achei muito mais simples “montar” um PC de mesa. Escolhi a marca do processador, o “i” suficiente, a “geração”, o número de núcleos, conferi o consumo em Watts, dispensei GPU avulsa – e restaram 2 ou 3 placas-mãe, da mais simples à mais “expansível”. – Foi fácil escolher uma fonte com folga de capacidade, e o resto foi só questão de escolhas simples.