Hi, Hallo, Nihao, dear Linux fans…
Já faz algum tempo que não posto minhas odisseias em testar sistemas operacionais aqui, no LinkedIn ou no Tabnews. Então, para começar 2025 escrevendo sobre política, tecnologia, linguística e notícias, vou compartilhar minha aventura na volta ao Fedora depois de passar um ano no openSUSE Leap.
A instalação:
Creio que a diferença na instalação, que pode levar as pessoas a acharem que o Fedora é melhor que o Leap, seja o “poder” de testar o sistema antes de instalá-lo. Mas isso é momentâneo e, caso ocorram erros na leitura dos arquivos, os sistemas que permitem testar antes podem causar um gasto de tempo significativo ao exigir várias tentativas de instalação. Algo que não aconteceu nenhuma vez no Leap, já que o instalador é direto e se preocupa em configurar o dispositivo da maneira ideal.
O princípio de particionamento do Leap acaba sendo realizado de forma mais abrupta do que no Fedora, limpando completamente o HD. Isso é feito sem ressalvas, e pode ser um ponto ao qual iniciantes devem prestar atenção para evitar problemas.
O Setup:
Como não curto os ambientes KDE e XFCE, faço parte do “Gnome fan base”. Usei ambos os sistemas com a interface GNOME. Sobre esse ponto, o Fedora abraça melhor os recursos do ambiente. No entanto, o consumo de bateria é maior, mesmo utilizando ferramentas como TLP, PowerTop e Earlyoom para tentar reduzir esse consumo.
Usando essas três ferramentas, o Leap consegue manter a bateria funcionando por cerca de 4 horas e 30 minutos. Já no Fedora, mesmo utilizando scripts para remoção de arquivos desnecessários, a autonomia não passa de quase 3 horas. Esses testes de economia foram feitos no meu laptop Ideapad com Ryzen 5 AMD, comprado em 2021. Existe a possibilidade de que a idade da bateria tenha afetado os dados, mas como o Fedora utiliza mais recursos gráficos do que o Leap, acredito que a margem de erro amostral não seja tão alta.
A Customização e Beleza:
O Fedora tem como princípio agradar todo o sistema hierárquico das empresas, então ele adota uma abordagem de particionamento de memória semelhante à do Mac e a integra com o ambiente GNOME. Muitos fãs do Fedora adoram personalizá-lo para ficar parecido com um MacBook, e a usabilidade realmente se torna muito similar.
Logo, na questão de customização, o sistema da Red Hat ganha, pois o foco do Leap é ser uma ferramenta básica para o setor de produção. Ou seja, ele não foi feito para agradar os olhos do chefe, mas sim o bolso. No entanto, é possível customizar o Leap com algumas horas de pesquisa, embora o sistema não aceite facilmente configurações externas, tornando o processo um pouco mais trabalhoso.
Jogos:
Jogar no Leap foi mais estável do que no Fedora. No entanto, precisei gastar dois dias escrevendo scripts junto com o ChatGPT para realizar a instalação de todos os recursos necessários. Depois disso, não tive problemas com subprocessos nem com o consumo do processador, algo que no Fedora ocorre devido à sua lógica de funcionamento ser semelhante à do Mac, como já mencionado.
No final, valeu a pena conseguir jogar melhor no Leap durante um ano, sacrificando apenas duas noites de sono, do que me estressar toda vez que fosse jogar no Fedora (risos).
Facilidades na Faculdade:
Consegui passar em Sistemas de Informação na federal, e o Leap exigiu horas de trabalho escrevendo scripts para configurar as ferramentas das aulas, já que o Zenity não é tão utilizado. Por isso, precisei instalar outros recursos e fazer ajustes manuais.
No Fedora, a grande vantagem é que a Red Hat foi criada para resolver esses tipos de problema. O dnf possui um repertório de repositórios muito mais amplo e bem desenvolvido para recursos que complementam a grade curricular. Como sou preguiçoso, gastar menos tempo organizando o sistema me permite sobrar tempo para ler e dormir.
Conclusão:
Ambos são sistemas com o intuito de serem usados para trabalho, e existem versões deles disponíveis para usuários domésticos. Para mim, é balela, pois ambos são estáveis, e o usuário comum não precisa abrir ferramentas como análise de disco. Os desenvolvedores poderiam simplesmente ocultar essas opções e deixar a possibilidade de desocultá-las na loja de aplicativos para técnicos que precisem usar.
Enfim, ambos os sistemas me serviram bem, pois não uso o LibreOffice, apenas o OnlyOffice, e uso o Firefox para reproduzir música, imagens e vídeos. Logo, poupo armazenamento com aplicativos desnecessários.
Recomendo ambos para iniciantes, pois eles foram feitos para ter tudo o que o Linux tem de bom, com travas de controle. Então, não é igual a um Arch ou Kali Linux, onde se o usuário errar qualquer coisinha, já era. Na verdade, o Leap tem um sistema de recuperação melhor do que o Pop!_OS e Mint.
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