Estou utilizando Linux Mint (cinnamon) e a maior resolução de tela apresentada é 1366x768 (16:9), o que basicamente deixa tudo em tela muito grande.
Pesquisei formas de adicionar outras resoluções (xrandr) mas resultou em tela preta.
Tem como melhorar a resolução de tela para ter mais aproveitamento de espaço?
Se outras distros resolverem isso mais facilmente, estou aberta a utilizar outro ambiente.
Vou dizer que eu tenho exatamente o mesmo problema que esse que descreveu. Meu laptop tem uma resolução máxima de 1366x768 e tentar forçar outras resoluções pelo xrandr acabou resultando em coisas bem borradas na tela, sem falar que tem que rodar o comando do xrandr toda vez que eu ligo o meu laptop.
Mas agora vem a minha solução. Eu não uso mais uma sessão X11. Não sei se o Cinnamon tem uma implementação Wayland, mas essa é a minha solução. No caso, eu uso o KDE Plasma. No Linux Mint, você pode precisar instalar o Plasma manualmente e ele vai tomar o lugar do Cinnamon.
A sessão Wayland do KDE Plasma permite definir escalonamento fracionado.
Como pode ver nessa imagem, minha resolução é a nativa do sistema, mas coloquei o escalonamento em 65%, o que coloca a resolução efetiva da tela perto do 1920x1080 (Na verdade um pouco maior mas bem pouco). E o lado bom é que não tem nada borrado, nem precisa configurar isso toda vez. É uma função própria do KDE Plasma Wayland.
Tudo fica em um tamanho muito bom com esse escalonamento. Pode parecer um pouco borrado nessa foto mas lhe garanto que na tela do próprio laptop, está tudo bem nítido
Como funciona a resolução.
A tela tem pixel que são pontinhos que colore de acordo com a necessidade. Pixel – Wikipédia, a enciclopédia livre
Cada pixel so pode ter 1 cor por vez isso é pixel.
Então um monitor tendo 1366x768 que dizer que ele tem 1049088 pixel na tela, essa quantidade é definida contando o pixel na horizontal 1366 vezes a vertical 768 o que da os 1 milhão de pixel.
Então a resolução é apenas a contagem de pixel que pode ser apresentada na tela.
Então porque eu expliquei isso foi porque pixel é uma limitação física no monitor, não tem como um software enfiar mais pixel magicamente no monitor porque é uma limitação física de fabrica.
Então não é possível aumentar a resolução do monitor simplesmente porque um pixel a mais no monitor não vai aparecer magicamente.
É isso.
Entendeu, pixel é uns pontinhos físico no monitor que colore de acordo com o necessário a junção desses pixel forma imagem.
Eu entendo mas como o exemplo do xrandr já foi dado, que tenta aumentar a resolução do desktop apesar da resolução física da tela, creio que foi necessário dar pelo menos a solução de escalonamento fracionado. Ao contrário de escalonamento por números inteiros, que apenas dobra, triplica ou quadruplica o tamanho de um pixel na tela, o escalonamento fracionado permite usar qualquer tamanho, com algumas opções de nitidez como anti serrilhamento sendo executadas para tornar a imagem mais nítida, mesmo em um monitor de resolução nativa baixa. Como o problema apresentado era justamente o tamanho de janelas e outros elementos na tela, existem duas opções. Primeiro, ajustar o DPI, que em alguns sistemas, afeta apenas a fonte. Segundo, ativar escalonamento fracionado, que mesmo sem alterar a resolução exibida, faz com que os elementos na tela tenham seu tamanho alterado, se comportando como se estivessem em uma resolução maior. Não significa que a resolução foi alterada, mas apenas que “as coisas” na tela ficaram menores.
Achei bem interessante que essa função tenha sido implementada nativamente no KDE Plasma em Wayland.
O laptop que eu uso para trabalhar tem resolução 1366x768p @ 60 Hz em uma tela de 14’'. Ele ainda me atende super bem para o que faço nele, apesar de ser antigo. A única coisa que me incomoda nele é a resolução baixa.
Tentei usar o escalonamento em 65% e outros valores aqui, mas achei que ficou muito borrado, não muito diferente dos testes que eu havia feito no passado usando comandos do xrandr. O “espaço extra” ajuda bastante, mas não aguentei usar dessa forma por conta da falta de nitidez (é como se estivesse usando o computador sem óculos).
Vi que você mencionou a questão do antisserrilhado. Você alterou algo no sistema para deixar menos borrado?
Sim. Eu ativei o Anti-Aliasing, ou antiserrilhamento, na parte de fontes do sistema, junto da função de Hinting das fontes. Para esse último funcionar, você precisa de uma fonte que tenha as benditas hinting bem feitas. No caso eu uso a fonte Inter, que é de código aberto e funciona muito bem em displays, desde que seja a versão 4 que está no github do rsms.
Como captura de tela não faz justiça a diferença que isso faz, tirei uma foto bem perto de onde nitidez faz a diferença na tela:
Esse é o painel superior do meu KDE Plasma e alguns ícones do desktop. Percebe como estão bem nítidos?
Ao lado está o Firefox, que tem um sistema próprio de antiserrilhamento e pode precisar de um override para usar a fonte Inter, mas que continua bem nítido no meu caso. Talvez não com o mesmo nível de nitidez que na barra superior por ter a janela em um píxel impar mas mesmo assim, bem mais nítido como se estivesse usando o xrandr, pelo menos foi essa a comparação que eu fiz antes de trocar para Wayland por completo.
Obrigada por compartilhar sua solução. Nunca usei uma distro com KDE, apenas gnome ou baseados em gnome, mas vou pesquisar opções amigáveis e distros que permitem o fracionamento.
Não custa tentar e ver como o note vai se comportar, pois é algo que tem me incomodado.
Em minha experiência, poucas distros fazem uma implementação bacana do KDE. Das que eu poderia citar, tem o Regata OS e o Big Linux. Mas essas são baseadas no openSUSE e Manjaro respectivamente, então pode ser levemente diferente do Mint em alguns pontos. Sinto falta da versão com KDE do Mint. Eles não fazem essa faz tempo. Tem o Feren OS como baseado no Mint e com KDE Plasma mas ele é uma bagunça de UX, então não recomendo.
Mas se ainda quiser testar, existe o Kubuntu e o KDE Neon, ambos base Ubuntu. Usei Cinnamon por um bom tempo e seria minha alternativa se o KDE deixasse de funcionar. Não volto a usar Gnome mais. O foco do Gnome é outro e tem tendência a quebrar extensões muito facilmente, sem falar que eu preciso da configurabilidade nativa do KWin, algo que o Mutter só atinge com extensões.
Vou pesquisar o Kubuntu e o Neon. Eu saí do gnome justamente pela quebra nas extensões e por ficar cada vez mais difícil de personalizar (pelo menos para mim que sou usuária padrão, so instalo e uso) e não gosto do fluxo atual do gnome.
Tentei o PopOS mas fica inviável no meu note, tudo é enorme e desconfigurado. O mint acabou sendo escolha por falta de opção mesmo, pelo menos fica razoavelmente configurado e me permite personalizar o suficiente pra ficar mais agradavel.