Em um cenário tecnológico em constante evolução, o mundo do Linux e do código aberto frequentemente apresenta inovações que influenciam desenvolvedores e usuários.
Este ano foi marcado por avanços notáveis, como novas distribuições e melhorias de segurança, mas também trouxe obstáculos, como questões de compatibilidade e suporte. Neste artigo, publicado no site [Linuxiac](o autor analisa esses aspectos, fornecendo uma visão abrangente do que ocorreu).
Abaixo mostramos uma versão resumida dos acontecimentos. Boa leitura e não deixe de postar seus comentários, no final.
O ano do Wayland
As principais distribuições Linux, como Ubuntu e Fedora, e ambientes de desktop, como KDE Plasma e GNOME, adotaram o Wayland como o protocolo de exibição padrão, deixando o Xorg como uma opção secundária.
Projetos de software que ainda não migraram para o Wayland estão recebendo suporte inicial, com promessa de compatibilidade total em versões futuras, com o objetivo de oferecer uma experiência perfeita para usuários de desktop e jogadores.
O Cosmic em desenvolvimento
Se há algo vai impactar a experiência do usuário no desktop Linux, é o Cosmic. Este não é apenas de outro ambiente ajustando uma base existente, mas uma interface nova em folha construída pela System76, com potencial para perturbar o status quo há muito dominado pelo KDE Plasma e pelo GNOME.
Embora ainda esteja em sua fase alfa 4, o Cosmic está no caminho certo para seu primeiro lançamento estável, até o final do primeiro trimestre de 2025.
As interfaces gráficas tradicionais mudaram
Outro ponto importante foi lançamento do Plasma 6, Xfce 4.20, Cinnamon 6.4 e LXQt 2.1, com muitas atualizações e novidades responsáveis por melhorias incrementais em suas estruturas. No entanto, essas atualizações foram mais evolutivas, o que já tradição no mundo do pinguim…
Também há o GNOME 46, 47… com grandes mudanças que impactaram positivamente o ecossistema que depende desta interface, com muitos elogiando ou criticando as decisões dos desenvolvedores sobre como nós deveríamos interagir com nossos ambientes de desktop.
Backdoor no utilitário XZ
Um escândalo o que ocorreu com a vulnerabilidade crítica descoberta no XZ Utils, ferramenta popular de compressão e descompactação de arquivos usada em diversas distribuições Linux.
Essa vulnerabilidade, conhecida como CVE-2024-3094, introduziu uma backdoor (porta dos fundos) no software, permitindo que atacantes remotos executassem comandos e obtivessem acesso não autorizado aos sistemas afetados.
Um meliante obteve sucesdo em infiltrar-se no projeto XZ Utils e colocar em risco a segurança de milhares de servidores em todo o mundo, inserindo um com código malicioso projetado para permitir acesso remoto não autorizado.
A descoberta foi feita pela Red Hat, que comunicou ao mundo e a segurança do XZ foi prontamente restabelecida. No entanto, esse evento mostrou que código aberto é tão vulnerável como outro qualquer, quando o ponto fraco é o ser humano. e sempre é…
Linux atingiu 4% de market share
Depois de anos, o Linux atingiu a marca de 3% no desktop, embora seja o líder disparado nos servidores, subindo para 4% em um ano, o que é um grande motivo para se comemorar.
Alemanha botou a mão no bolso
Depois de botar €1 milhão no projeto GNOME, a Sovereign Tech Agency abriu a mão pra outros projetos, como o Arco Linux (€562K), Samba (€688K), FreeBSD (€686K), FFmpeg (€157K) e GStreamer (€203K), entre outros.
Essa notícia pode não despertar nenhuma reflexão mais profunda, num primriro momento, mas a agência demonstrou que o “trabalho colaborativo” nos projetos open source precisa ser repensado.
A profissionalização das equipes não pode mais ser postergada, como a criação de startups, empresas ou outra entidade jurídica que represente e responda pelos projetos em si.
Jogos
O Linux se consolidou como uma excelente opção para gamers. 2% dos jogadores da Steam já usam o pinguim e esse número deve continuar crescendo.
KDE e Gnome com distros próprias
Ambos os projetos exploram a possibilidade de criar suas próprias distribuições, o que pode trazer novas opções e experiências para os usuários.
esses ambientes são integrados em diversas O que causou uma grande surpresa, já que estamos acostumados a vê-los integrados em distribuições já existentes.
O KDE, ao contrário do Gnome, está recebendo apoio direto do projeto, o que aumenta as chances de sucesso dessa iniciativa.
** VMware Workstation Pro Go Free**
A Broadcom anunciou que o VMware Workstation Pro (disponível para Linux e Windows) e o Fusion Pro (para macOS) agora são gratuitos para uso comercial, educacional e pessoal.
Isso significa que os usuários de Linux podem acessar uma solução de virtualização de nível empresarial sem nenhuma restrição, o que pode ser considerado um grande presente para todos os que usam essa ferramenta.
Pacman 7 e DNF 5
Independentemente da distribuição, o Linux gira em torno de três grandes gerenciadores de pacotes: APT, DNF e Pacman. Em 2024, dois deles receberam atualizações significativas.
Primeiro, foi o lançamento do Pacman 7, disponível para todos os usuários do Arch Linux e seus derivados. Depois, o DNF 5, que estreou com o lançamento do Fedora 41. Ambas as atualizações trazem melhorias há muito esperadas por seus usuários.
A vez do Flatpak
O Flatpak consolidou-se como a escolha preferida da comunidade Linux, enquanto o Snap está confinado ao Ubuntu. O Flathub, principal repositório de aplicativos, superou 2 bilhões de downloads, recebendo diversas melhorias, como construir validações e destacando aplicativos de alta qualidade.
Conclusão
E você, concorda com o autor que fez essa seleção? Tem alguma sugestão pra enriquecer esse trabalho? Deixe nos comentários?
Fonte: links no texto