Fedora, uma distro que guia o rumo do Linux para computadores pessoais

Para muitos, o Fedora é uma distribuição que funciona de maneira perfeita. Para alguns, ela não funciona de jeito nenhum. Ame ou odeie, é inegável a importância dessa distribuição Linux para a comunidade open source

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Obrigado pelo “corte” – e o título.

Acabei voltando ao vídeo completo, que já tinha visto (pelo menos em parte), e percebi que o título original “Gnome encheu o bolso” não foi muito feliz. Não ajudou a divulgar os assuntos mais importantes contidos nele.

(Antes que me esqueça: – Acho que o áudio do Raul Craveiro está sempre abaixo do áudio do Edson, o que dificulta um pouco. – Quem fala mais baixo, precisa aumentar um pouco o volume do microfone – e se tem a voz menos nítida, talvez valha a pena usar um filtro mais nítido (rs). Quanto à pronúncia de palavras em inglês, meu paradigma ainda é Ravi Shankar: – Entendo melhor o inglês daquele indiano, do que o de qualquer brasileiro).

De fato, a Red Hat / Fedora tem “guiado” muitas “novidades”, que depois outras distros acabaram adotando. – “SystemD”, só para citar a mais polêmica.

Diz o samba que, “o que dá pra rir, dá pra chorar” – por isso, não embarco na ideia de que “tudo será bom”. – Mantenho o Fedora instalado, exatamente para “vigiar” as “novidades” que, amanhã, poderão ser adotadas por outras distros (ou não).

(E aproveito para acompanhar o comportamento de 3 empresas: – Red Hat, SuSE, Canonical. – São 3 “personalidades”, bem distintas. Gosto do comportamento mais “austero” da SuSE; e cada vez mais me afasto do comportamento “playboy”, “yuppie”, da Canonical – mas a verdade é que prefiro, cada vez mais, as distros “comunitárias”, como o Arch, Void, Mageia, MX Linux e, claro, Debian).

Wayland, é outro caso, muito diferente. Parece não haver dúvida de que o X11 se tornou um trambolho pré-histórico, cheio de remendos e puxadinhos: – Dá trabalho, estorva etc. – mas é o que funciona, porque até agora “é o que se usa”. Tudo foi feito tendo em vista o X11; e todas as atenções têm visado corrigir bugs etc. ligados ao uso dele. – Agora, o Plasma 6.0 vem acelerar o foco sobre o Wayland.

Wayland não é “uma novidade da Red Hat”. – É uma necessidade sentida e apoiada por toda a comunidade. É uma “re-escrita”. É um recomeço em bases mais simples e sólidas. É o futuro. – Isso me preocupa, porque quem viveu a passagem do KDE 4 para o KDE 5, sabe o quanto uma transição desse calibre pode conturbar velhos hábitos, velhos fluxos de trabalho, invalidar recursos indispensáveis (até que se criem as novas alternativas). Até a semana passada, por exemplo, quase não havia widgets para o Qt6.

De Nvidia, nem falo (ha ha ha!). Pelo pouco que vi nos fóruns entre 2007 e 2009, decidi manter isso fora da minha vida. – Agora, há outros problemas, como BlueTooth, que felizmente ainda não preciso usar.

Quando se fala em “desktop”, é sempre bom lembrar que esse “mercado” não tem nada a ver com os recursos avançados de que os publishers precisam a todo custo – mas são alheios a 99% dos meros “usuários de desktop”.

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Guiando ao problema…
Ameaçando matar o suporte legacy e seguindo as regras da RHEL e uma guia interessante ao fracasso.

Alguém tem que impor, mesmo que não consensualmente, as novas tecnologias e/ou mudanças profundas no sistema. Um dos problemas das distros comunitárias é querer abarcar o mundo todo, e não agir empresarialmente, visando o que lhe daria mais retorno…

RHEL, por mais ruim que vc ou eu ache de suas políticas, é indiscutivelmente o sistema Linux utilizado em empresas.

Discordo.

A meu ver, “não agir empresarialmente” é a maior virtude das distros comunitárias. – Sem isso… existiriam para quê?

Quanto a “querer abarcar o mundo todo”, é apenas uma interpretação. – Não é um fato.

Considero isso, o oposto do Linux. – Para aceitarmos “imposições não-consensuais”, bastava ficarmos com a Microsoft, a Apple etc.

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Eu já tive esse pensamento no passado, hoje sou bem “menos romântico” e mais realista. Não podemos esperar que pessoas trabalhem apenas por “amor”, e não podemos esperar que pessoas que fazem algo nas horas livres ou por simples hobby, consigam manter grandes projetos.
Quantas distros e projetos legais simplesmente acabaram? Quantas vezes a comunidade não ficou a espera de um só desenvolvedor? Quantos projetos vc não conhece que estão abandonados?
A comunidade é algo que nos diferencia dos projetos proprietários, e que pode ser uma excelente parceira no que diz respeito aos projetos opensource. Entretanto não podemos romantizar as comunidades, tal como não podemos romantizar as empresas, pois a comunidade também sabe ser tóxica, e muita das vezes pratica a ingratidão.

Cara uma hora alguém vai ter que ir contra algo se quiser implementar algo novo, claro que ainda é diferente se comparado as gigantes M$ e Apple, porque se no Windows ou IOS vc é obrigado a usar o que eles querem, no Linux, não lhe faltariam são opções pra quem por ventura esteja incomodado com as diretrizes tomadas pelos projetos.
O que não falta são projetos que surgiram de desentendimentos com os líderes de distribuições, ou de rupturas entre as comunidades…
No caso da RHEL, a empresa fornecedora e a distribuição citada, tem como foco atender grandes empresas; a Red Hat precisa atender quem é cliente de seus produtos e serviços, e trazer o que for viável técnico e financeiramente…
Essa semana mesmo o Kernel Linux perdeu suporte a um hardware nunca lançado, após inacreditáveis 15 anos; imagina vc dispor de tempo, recursos e capital humano pra manter um suporte a algo que não existe kk. E não duvido nos fóruns ter gente contrária a retirada de suporte kk.

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Quando o Gnome saiu do 2 pro 3, me recordo como foi nas comunidades; apesar de hoje ainda muita gente criticar a postura dos desenvolvedores do Gnome, e algumas posições, a maior parte da comunidade “gosta” do Gnome atual, com alguns ajustes ou até mesmo o default da interface.
Aí me recordo do Ubuntu, quando criou o Unity, o maior haterismo que me recordo da comunidade Linux foi ali, tudo de ruim que pudesse existir num sistema era culpa do Unity kk. Prefeririam voltar ao Windows que usar o Unity, Unity era um “c*ncer”…
Canonical começou a ganhar marketing share, o Ubuntu virou sinônimo de Linux, muita gente fora da nossa bolha conhecia o Unity com seu painel lateral, menu global e padrão de cores roxo… E muita gente torcia pelo fracasso, porque né, não pode uma empresa crescer com Linux, ia contra a filosofia kk.
Quando a Canonical decidiu mudar de planos, voltar com o Gnomão da massa, muita gente comemorou, não pelo uso do Gnome, mas porque apostava no fracasso da empresa, que o Unity era isso ou aquilo…
Sanps; quase não vejo comentários técnicos falando do porque o Snap é ruim, ou inferior ao Flatpak, por exemplo; quase sempre o comentário no fundo diz que não usaria porque é da Canonical, ou que a Canonical quer mandar na comunidade, então por desaforo não vou usar… E no dia que a Canonical recomendar Flatpak ou apoiar o uso deste empacotamento, a comunidade vai dizer que agora o Flatpak não serve kk.
No KDE, pequei pouco a transição do KDE 4 por Plasma 5, mas me recordo de ler artigos e fóruns detonando o Plasma 5 nas primeiras versões… KDE 4 que sempre sofreu falácias de ser pesado, obsoleto e ruim… E mesmo o Plasma 6 não mudando muito, já estou com a pipoca em mãos pra ler as críticas a tudo que mudará nesta nova versão kkk. Sem falar é claro do odiado da vez, o Wayland, por padrão.

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As empresas estão por trás de muitas coisas que usamos, incluindo o próprio kernel. Uns 80% das contribuições ao kernel Linux vêm de funcionários de grandes empresas.

Também existe a influência que a Red Hat exerce sobre a comunidade. Sabe aquela guerra Xorg vs Wayland? Ela vai acabar no dia que a Red Hat quiser, porque atualmente ela é a principal mantenedora tanto do Xorg quanto do Wayland.

Concordo com o @Tosca16 no sentido de que só o amor e as contribuições por hobby não são o suficiente para avançarmos.

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Por isso são criadas as fundações, algum recurso tem que existir… aquele Nate do KDE já respondeu que pagaria para desenvolvedores corrigirem bugs do KDE, se tivesse recurso para tal, porque boa parte dos bugs não tem empecilho técnico para correção imediata, mas não tem gente pra fazer isso.
E logicamente que a grande maioria dos desenvolvedores, trabalha normalmente, ajudando os projetos como hobby nos fins de semana, férias e etc.
Aí nós da comunidade as vezes criticamos a lentidão para algumas coisas serem implementadas, sem levar em consideração que grande parte dos desenvolvedores estão fazendo um “favor” a gente.

Quem banca no fim das contas é quem ditará as rédias. Por pior que isso seja, como filosofia, é a realidade nua e crua.

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A palavre impor não é adequada ao caso, se bem que chega no mesmo lugar.

O que acontece é que a maioria das distros não querem ficar para trás em termos tecnológicos para não serem trocadas e assim acabam aderindo a novos padrões que estão sendo utilizados pelo Fedora e Cia.

Acho vantajoso estas inovações do Fedora, torna a nossa vida mais fácil. Só quem é mais antigo sabe o quanto era custoso usar Linux, eis alguns exemplos:

Xorg.conf:

  • configurar resolução de vídeo;
  • configurar o scroll do mouse;
  • definir tipo do teclado (modelo e layout)
  • criar ponto de montagem e adicionar no fstab para usar pen drive
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