Eu, que já fui fã e viciado em Youtube, tenho usado e tido cada vez menos prazer em usá-lo.
Minha primeira decepção foi quando os vídeos deixaram de ser naturais e passaram a ser monetizados. A profissionalização tem um lado bom de ter coisa mais bem produzida, mas ao mesmo tempo ficou tudo muito pasteurizado e igual.
O pior de tudo foi que ao menos aparentemente houve alguns ciclos de redução dos valores repassados a produtores de conteúdo, e aí veio um “efeito Netflix” em boa parte dos canais um pouco interessantes: ao invés de um vídeo a cada dez dias, dois ou três vídeos por dia. Normalmente os primeiros dois minutos é só para falar da lojinha, inscrever, comentar etc. É óbvio que a qualidade despenca. Nesta linha, querem alguém que siga, não que assista a algo viral.
Outra coisa muito chata: propagandas cada vez mais inconvenientes, em todos os sentidos: no meio de uma cena importante, de coisas extremamente chatas (eu gosto de um estilo de música e sempre vem o oposto, qual sentido disto? - Resposta: só pode ser para me forçar a assinar, o que não vou fazer), ou mesmo eticamente muito questionáveis. O que tem de golpe sendo veiculado no Youtube não tá na praça, e não adianta denunciar, o máximo que vão te fazer é mudar o golpista.
Eu ainda não parei/ou reduzi drasticamente meu consumo por causa de inércia, mas em breve ela vai atuar. Também, com a pandemia, tem sido a forma de ver alguma coisa de teatro.
E este tipo de bug chato também incomoda, muito. Eu percebo que de uma hora para outra, mesmo assistindo e dando like (raramente comento), tem canal que some.