Usuários não trocam Windows pelo Linux

Concordo, com as grandes empresas voltando suas grandes soluções como Microsoft Office, Photoshop entre outros para o Linux seria maravilhoso!

Imagine uma empresa equipando suas máquinas com um S.O. linux e pagando as licenças apenas do pacote office da MS? Reduziria consideravelmente seus custos, além de poder reduzir também em hardware mais modestos, já que há opções de distros para esse fim.

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Mas uma empresa não precisa abrir mão de comercializar seu software, apenas precisaria disponibilizá-lo também pra Linux. Como o Insync, por exemplo. Gostei tanto do software que acabei comprando, mesmo sendo pra Linux.

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@Ana e @anon21412859, uma das grandes dificuldades que eu tive quando abandonei o WIndows foi justamente a falta do pacote office. Tentei usar o Wine para rodá-lo, mas era muito inexperiente na época e acabei desistindo. Pensei em retornar ao W10, mas as raivas que eu passei com o sistema da MS foram maiores que a vontade de voltar. Resultado: mergulhei de cabeça no LibreOffice. Foi ruim no início, porque é uma mudança de hábitos, demanda tempo e dedicação para aprender e fazer a ponte do office da MS ao LO. Hoje o Libreoffice atende a todas as minhas demandas.

Mas, se a MS disponibilizasse seu pacote office para linux (para comprar mesmo) eu teria comprado sem problemas.

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Eu também. Comprei o softmaker para 5 pc com linux e ainda pago, todo mês, pela assinatura do onedrive com 6TB, 6 licenças do office 365para desktops/notebooks, 6 licenças do office para smartphones e ainda varios minutos no skype… pagaria feliz da vida por uma licença do ms Office pata linux

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Minha esperança de ter um MS Office no Linux é a Microsoft ir transformando o Office cada vez mais em uma espécie de web aplicativo similar ao Skype e ao Teams, que funcione independente de qual sistema se use, ao que tudo indica ela está indo cada vez mais nessa direçāo.

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Oi @Joshaby,

Não sei se o Dio fez um video exatamente sobre o assunto com estes mesmos detalhes de “Usuários não trocam Windows pelo Linux”, mas ele e seus ajudantes, digamos assim, já trataram de assuntos muito parecidos ou similares, quando não iguais ao tratado aqui no tópico.

Alguns exemplos no Blog:

Alguns exemplos no canal do youtube:

LINUX - AS MAIORES DIFICULDADES PARA MIGRAR

O ano do Linux no Desktop não é mais uma PIADA? É POSSÍVEL?

Os problemas que impedem o Linux de “Dominar o Mundo”? - DR #37

O crescimento do LINUX e a reação da COMUNIDADE - DR #36

O assunto já foi tratado também no Diolinux Friday Show:
O que impede o Linux de crescer nos Desktops? - Diolinux Friday Show

Até aqui mesmo no fórum temos temas próximos como:

https://plus.diolinux.com.br/t/o-que-impede-voce-de-migrar-pro-linux/8675

Pode não ser exatamente igual e não estão tratando sempre do mesmo aspecto, mas dá para ter uma ideia mais ou menos das percepções gerais tanto do Dio como de outras pessoas sobre o assunto. Claro com as devidas ressalvas que as pessoas podem mudar suas percepções ao longo do tempo e que matérias e vídeos também podem se desatualizar com o tempo.

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Certamente quanto mais ferramentas (softwares, etc) que as pessoas usam no seu dia a dia estiverem no linux, abre a possibilidade delas usarem mais linux. Mas nada é garantido, a migração não é garantida, ela é facilitada e isso já representa um ganho.

Por isso me espanta, a qualquer modificação que ocorre no mundo windows, como o fim de suporte ao windows 7, entre outras mudanças do passado, já ficarem criando expectativas e especulações de que podem vir muitos usuários para linux.

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Boa resposta amigo, verei estes vídeos em breve!

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Sim! Mas, o lucro obtido por essas empresas pode ser que não valeria a pena, 1 a cada 10 PCs usam linux, segundo os dados do SempreUpdate! É chato pensar isso, capitalismo de algumas empresas é osso!

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Concordo com as seguintes situações, onde algumas já foram expostas:

1º O marketing deve ser melhorado e estimulado a exaustão.

2º A venda casada é uma prática comercial proibida por lei (Artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor) que consiste na venda de produtos ou serviços sob a obrigatoriedade da aquisição de outros. É uma das ilegalidades mais frequentes em estabelecimentos comerciais e instituições financeiras, passível de denúncia e punição legal.

Já houve uma discussão se a venda computadores com sistemas operacionais e softwares previamente instalados poderia configurar uma venda casada . Considerando que o consumidor tem o direito de escolher e adquirir outras soluções, muitas delas gratuitas, inclusive, a instalação prévia de produtos pagos poderia ser considerada uma prática abusiva.

Entretanto, nunca houve um esclarecimento formal sobre esse caso específico e a venda de desktops e laptops com sistemas pré-instalados permanece. O consumidor, porém, tem o direito de questionar o estabelecimento caso ele não dê a opção de compra do computador sem o software adicional.

3º O “Sistema” Linux é fantástico, onde me considero inciante mesmo após três anos de utilização pulando de uma distro para outra, onde tenho o windows apenas para questão de aprendizado, mas ao meu ver precisa ser melhorado em alguns quesitos, a exemplo da quebra de kernels quando mais se um “sistema” é instalado num mesmo ou HD ou HDs separados. Isso é batata (!) A falta de GUI (MODO GRÁFICO) em alguns casos, assusta o iniciante Linux acostumado com windows. Creio que esta opção deveria ser considerada pelos desenvolvedores Linux. Ao meu ver as duas opções devem coexistir para benéfico dos novos usuários e da propagação e promoção do LINUX .

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Se GUI e afins fossem inerentemente benéficas ou superiores, o IBM-PC não teria sobrevivido aos anos 80 com MS-DOS enquanto o brinquedo caro que o Jobs insistiu em copiar de Palo Alto levava a Apple à beira da falência, a ponto do comitê executivo praticamente expulsá-lo em 1986 caso não voltasse pra Terra (e ele virou as costas e saiu mesmo, se recusou a acatar mudanças).

Windows e Android não passam de hábitos, nada além disto. “Costume”, como dizia o filósofo David Hume. E do tipo pré-condicionado, já que PC novo, desktop ou notebook, ainda é vendido às vezes sem OS pra baratear e a pessoa instala Windows pirata depois, mas a Google já fez desenvolvedores de mobile assinarem contratos pornográficos.

Esclarecido o ponto, concordo (é óbvio) que o paradigma atual é ditado por essa dupla — não “o que é melhor ou mais simples” pro tal “usuário comum” (o mesmo que usava MS-DOS com Lotus ou Visicalc em outros tempos), mas o que ele, hoje, prefere e acredita ser o melhor pra ele.

Muitos falam do Windows sem lembrar do sem-número de problemas do OS, tanto conceituais quanto práticos. Fragmentação externa, DLL Hell, overloads que tornaram SSDs quase uma necessidade ao invés de uma melhoria, problemas de security cuja melhor tentativa em uns 20 ou 30 anos foi o Vista — e já era tarde demais… ele só é tão “bom e bonito” assim quando as pessoas olham e comparam ao “bash-papão”.

“Simples/mais simples que *NIX”? Só pra quem não tentou ler o Windows Internals. Ele parece bonito, assim como uma boa mão de tinta deixa a parede linda… até as infiltraçoẽs e outros problemas estruturais começarem a fazer cair o reboco.

Não há como descondicionar as pessoas, não sem muito trabalho. Palavra de quem usou Windows por 15 anos e achava que “Linux” era outro dos vários nomes do diabo em si. Até ser obrigado a mudar por obrigação acadêmica, exigência de um professor. Com certeza eu sempre tive a capacidade de mudar, mas não acreditaria nisso se me dissessem e jamais teria tentado.

As pessoas que não tem esse tipo de contexto específico não vão abandonar facilmente o mouse e as interfaces gráficas. Apesar disso, até concordo com quem disser que o GNOME Disks e outras ferramentas funcionam até a página dois — e mesmo esse tanto ainda depende da fase da lua, do alinhamento de corpos celestes, da influência de Escorpião sobre Peixes… enquanto isso fdisk e gpart nunca me decepcionaram. Mas “bom é o que roda em GUI”…

https://lists.freebsd.org/pipermail/freebsd-questions/2003-September/019574.html

Essa maillist do FreeBSD arquivada de 2003 explica muita coisa. *NIXes em geral são desenvolvidos com base em princípios e filosofias que em alguns casos implicam perfeitas ideologias. Pode não ser o caso de Ubuntu ou Mint, mas alguém aí já tentou conversar com o pessoal do Arch?

A Canonical lucra através do Ubuntu, e tem produtos comerciais também, não custa lembrar. A SUSE não tem prejuízo com o OpenSUSE nas vendas do SUSE Linux. A Canonical em tese se preocupa com feedback tanto quanto uma empresa normalmente se preocupa com seus “clientes”, mas não o bastante.

Uma distro suportada por uma empresa e seu compromisso social implícito deveria ser bem diferente dos habitantes da “torre de marfim” como era chamado o prédio de CS em Berkeley. E é. Ubuntu e outras distro são mais flexíveis, “user-oriented”, e menos apegadas a ideologias que a comunidade BSD. Só que isso ainda não é o bastante pra tornar o Linux alternativa realista, que possa abocanhar pelo menos alguns % do mercado de desktops. Não é, nem creio que será.

Entendo que estamos aqui para acomodar mais pessoas na terra do Tux. Mas pessoas que queiram estar aqui e sintam-se confortáveis. Não tenho interesse, particularmente, em transformar o Linux em algo só para torná-lo mais popular. Meu interesse é mais no sentido de acomodar os que migraram pra cá, já que, mesmo querendo, não é fácil lidar com anos de condicionamento.

Acatar toda a ladainha de user-friendliness é diferente de ter ferramentas para auxíliar quem precisa delas. E não vai precisar pra sempre. Acho válido criticar pontos desconfortáveis pra nós, mas sem superdimensionar o problema. E ter a pretensão de “roubar” a clientela do Gates, a meu juízo, quase implica superdimensionar o problema. Com defeitos ou não, é lá que os usuários preferem ficar e ponto final.

Até porque, repito: nem há método viável de resolver o problema realisticamente, nem interesse e compromisso comumente implícitos de empresas como a Canonical são grandes o suficiente. Só maiores que os de comunidades como a BSD (até porque ser maior do que zero ou quase zero é fácil).

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Concordo contigo em basicamente tudo, contudo, acho que a falta de GUI melhorou muito com a evolução do Ubuntu, visto o Ubuntu 19.10 e versões baseadas nele como Mint e ZorinOS, eu hoje não uso mais Windows ou Mac, apenas no trabalho em algumas máquinas, outras a empresa tem enxergado o potencial do Linux e já migraram também, acho que o que falta um pouco nas pessoas é vontade de fato, quando se quer, os desafios parecem excitantes e não problemas, meu maior problema com o Linux, foi anos atrás quando eu queria que ele fosse o novo Windows, hoje dou graças por saber que ele é diferente, e almeja sim ser grande, melhor com certeza, mas não como o Windows.

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Queria fazer um reflexão autocrítica do Linux com vocês. Queria fazer uma pergunta primeiramente.
Linux tem tudo para ser o sistema mais usado do mundo em qualquer aparelho porque é open source e gratuito, mas nos desktops não é, estranho, deveras estranho.
A coisa mais fácil do mundo e que eu poderia fazer aqui é simplesmente acusar a Microsoft de alguma coisa e pronto, e dizer que as pessoas não usam Linux por ignorância ou qualquer outro motivo. Mas espera, vamos olhar para o próprio umbigo. Pelo menos para mim o problema principal do Linux e quase ninguém fala é que o desenvolvimento dele é muito rápido, lança uma versão a cada 3 meses (só ano passado foi 5 versões, para que isso?). Vocês tem ideia do problema que é para as fabricantes manter o driver de algum aparelho funcionando com várias versões assim, vou dar exemplo da Nvidia que manteve o driver atualizado para funcionar com as versões mais recentes do kernel. Ao contrário do Windows que mantém sempre a mesma base, facilitando a manutenção de driver a longo prazo, um exemplo é o meu computador antigo de 2009 (recém lançado Windows 7 e veio com esse sistema de fábrica) que roda Windows 10 sem nenhum problema, a única atualização de driver que tive que fazer foi de vídeo para ser compatível, fora isso, não precisei fazer mais nada. Enquanto Linux foi desenvolvido como um ferramente de desenvolvimento e não um produto final, não vai atrair mais usuários.
Outro ponto que Linux também perde, na minha opinião, é a falta de coesão entre as distros, cada uma é de um jeito, beleza, mas é tão difícil manter o mínimo de unificação? Por exemplo para aceleração de video existe 3 API, a VAAPI, VDPAU e UVD (da AMD), porque não faz uma unica API igual tem no Windows? Para que 3? Linux tinha que ser organizado como um ecossistema com API próprias que estariam presentes em qualquer distro, padronizando o sistema fica mais atrativo para desenvolvedores (é o que atrai desenvolvedores para os sistemas da Microsoft, Google e Apple).
Outro fator importante também que não é falado. Dado que uma nova versão do kernel sai a cada três meses, quem que testa o kernel para avaliar se está funcionando bem nos mais diferentes hardwares? A Microsoft testa o Windows em diversos hardwares e com a ajuda do Windows Insider facilitou bastante. A impressão que é querem lançar por lançar uma nova versão sem se preocupar com estabilidade.
Acho que é isso, os meus pontos.

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Tem distro para os diversos gostos e dentre elas existem as conservadoras que se encaixa no perfil que você citou, como por exemplo o Debian, Ubuntu LTS e por ai vai. Sem falar que não existe a obrigatoriedade de se atualizar o kernel a cada atualizão do mesmo, basta escolher uma distro conservadora ou bloquear o update do kernel.

Faz parte da ideologia esta liberdade, só será homogeneo a escolha quando um ser muito superior aos demais, e mesmo assim não obriga alguns “oldschool” continuarem usando determinada API por se negar a migrar para outra.

A comunidade de usuários Linux que testa para melhorar, diferente da Microsoft em que só existe ela, o Linux somos nós usuários.

Ao meu ver os usuários do Windows não migram para Linux pelos seguintes motivos:

  • Usabilidade - um usuário leigo para sair de sua zona de conforto para migrar para outro SO, só sairá se este outro ser muito mais prático e fácil de usar do que o que ele esta utilizando. (vide Mac OS)
  • Design Web - 99% dos sites das distros são de mediano para horrivel o layout, muitas vezes com aparencia antiga ou elementos que não são utilizados nos sites atuais.
  • Design Software - normalmente os desenvolvedores das distros focam muito no desenvolvimento e esquecem do Design, ou seja, não adianta nada o carro ter um motor bom se ele não for bonito, você não vai querer adquiri-lo. (sei que tem excessões como Elementary, Endless e Deepin**).
  • Marketing - ainda não chegou no Linux

**O Deepin é um paradoxo para mim, porque sendo desenvolvido por chineses vai vir coisas de outro mundo, porém por ser de chineses não é bem visto para os EUA e Europa, visto que tem o perigo de espionagem. Se o design do Deepin estivesse em um Ubuntu com investimento pesado em marketing, acredito que estariamos em outro nivel.

PS: Sei que tem como customizar a aparência, mas estamos falando de usuário Windows que esta acostumando a ligar e desligar o pc apenas.

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Organização, se o desenvolvimento fosse lento não teríamos suporte a um monte de coisas

Não é tão complicado assim, a API do kernel é estável, raramente ela quebra algum driver antigo

Não é bem assim o Windows muda a API tanto quanto o Linux um driver feito pro Windows 7 PODE ser que possua uma versão pra Windows 10 assim ele funciona… mas não é regra, você teve sorte

Cara eu tenho um computador da era kurumin (tem idéia do quão antigo é isso?) que roda Arch Linux…

O Linux é só uma parte, quem decide quais usuários atender são as distribuições, Torvalds fala bastante sobre isso, cobre da Canonical, Red Hat, Suse…, eu concordo com a idéia da premissa, mas não é o Linux que tem que fazer isso, mas sim os Ubuntus da vida

Sim, é impossível na verdade, na verdade pouca coisa deveria ser padrão, e essa “pouca coisa” já é padrão,cada distribuição é um sistema operacional diferentes, não existe Windows, OS X e Linux, existe Windows, OS X, Ubuntu, Fedora, Mint, Suse… cada distribuição Linux é um concorrente individual do Windows

Cada uma faz uma coisa e é de uma empresa diferente, o Linux (e as distribuições) não tem controle sobre isso, o Mac tem “algumas” também

Mas isso ocorre com cada distribuição, por exemplo, KDE Neon usa o sdk do projeto KDE, o elementary tem um próprio… cada sistema Linux já tem sua API… no entanto isso não deixa mais atrativo para desenvolvedores por diversos motivos (o Android por exemplo, já viu quantos meios diferentes com “wrappers” que mudam completamente a API do sistema? Windows também, existem encontráveis envolucros que mudam completamente o jeito de se desenvolver (mais até que as disponíveis para Linux)

Essas são versões de testes, a versão que é exaustivamente testada e que é recomendada pra ser usada é a LTS, elas são testadas por anos a fio por milhões de usuários e os erros corrigidos são passados para as versões intermediárias (as lançadas a cada 3 meses) que eventualmente culminam na próxima LTS

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O resultado era esperado.
Acho Linux excelente, mas o mercado está voltado para Windows.
Vários programas só são compatíveis com Windows, e muitas vezes só com a versão 7.

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Na minha experiência, eu vejo alguns grandes problemas dentro do linux para desktop (vou falar linux para simplificar, mas tenham linux nesse texto como sendo “distribuição linux voltada para desktops”).

O primeiro ponto que vejo é em relação à filosofia open source. Mesmo não sendo 100% relacionado com o linux em si, já que existem softwares proprietários além dos open source nesta plataforma.

A ideia por trás dessa filosofia é ótima e funciona muito bem no desenvolvimento e debug de muitos softwares, desde que esses tenham um público cativo e muito empenhado. Programas de nicho (onde as pessoas que participam desse nicho não desenvolvem o software, apenas desejam utiliza-lo) normalmente carecem de recursos, possuem interface não intuitiva e muitas vezes são incompletos.

Posso citar exemplos deste efeito em softwares de simulação SPICE, por exemplo. Onde o usuário não tem interesse em adquirir conhecimento extra para desenvolver os programas mas depende desses para trabalhar. Sendo assim temos como representante open source, o QUCS, contra opções proprietárias como Multisim, OrCAD, Proteus, etc.

O mesmo efeito podemos observar dentro do ecossistema do python (que eu adoro utilizar). Pacotes muito utilizados e comuns como numpy, matplotlib, pandas (dentre muitos outros) muito utilizados são extremamente avançados e bem desenvolvidos. Agora, alguém já tentou utilizar os pacotes de aritmética intervalar (pyinterval, por exemplo) ? É uma desgraça, com desenvolvimento travado a anos, faltando funções e com algumas bugadas. Enquanto isso, a solução proprietária do Matlab (IntLab) é extremamente desenvolvida. Inclusive, se alguém já trabalhou com aritmética intervalar no python e conhece algum pacote melhor que o pyinterval, por favor, se me disser qual pacote utilizou, me ajudaria muito!

Ok, mas onde isso se liga ao linux do desktop ? Sossega aí que eu já chego nisso, deixa eu apresentar os pontos todos antes de ligá-los!

O segundo ponto complicado no linux é que os desenvolvedores das DEs até fazem um bom trabalho, mas a usabilidade atual do sistema e capacidade de adaptação à novos públicos (ou seja, as configurações default das DEs) são comparáveis à época do windows XP.

O que é quero dizer com isso ? Faz pouco tempo que distros famosas, como ubuntu, adotaram uma solução viável de painel de controle. Não que essa solução não existisse antes, mas ela era sempre muito limitada ou muito perigosa (atire a primeira pedra quem nunca reinstalou uma distro quando era novato porque sumiu com elementos fundamentais da interface). Faz pouco tempo que outras distros/DEs (não sei até que ponto essas implementações são das distros ou dos desenvolvedores das DEs, por isso estou colocando ambos no mesmo balaio) adotaram uma solução próxima ao YAST do openSUSE.

Contudo, esses painéis de controle (mesmo que não seja na forma de painel de controle do windows, tanto faz, desde que seja uma interface gráfica que possibilite em um único local configurar a maior parte das características da distro), ainda carecem de intuitividade.

Vou dar um exemplo que eu reparei enquanto configurava meu xubuntu: Fui configurar as teclas de atalho que eu já tenho como memória mecânica e que são diferentes, vou citar isso daqui a pouco, no xfce (Super+E, Super+R, Super+D, Super+LArrow, Super+RArrow, Super+UpArrow, Super+DownArrow, Ctrl+Shit+Esc) e deparei com as configurações de tecla de atalho referentes à execução de scripts ou programas (abrir o system monitor, abrir o menu de execução de programa, etc) em um menu de configuração e as teclas de atalho referentes à gerenciamento de janelas (maximizar, minimizar, ampliar, reduzir) em outro menu. Agora eu pergunto “PRA QUE DIABOS SEPARAR AS CONFIGURAÇÕES DE HOTKEY EM DOIS MENUS DE CONFIGURAÇÃO?”. Ou seja, mesmo que essa seja uma opção não existente no windows, ela foi MUITO dificultada porque você tem que saber onde procurar cada hotkey e, elas podem conflitar sem que você seja avisado disso!

Agora, o terceiro ponto, o público alvo. Se a distro pretende ser uma alternativa ao windows, se ela pretende que pessoas migrem do windows para ela, não adianta ser disruptiva! O windows domina o mercado de desktop, se você quer uma parte do público dele, não mude o workflow! Teclas de atalho devem ser iguais (pois isso vem de memória mecânica de anos de uso), aparência deve ser muito parecida (linux Mint “merece um beijo” neste aspecto). O mesmo vale se o foco é o usuário de Mac (mesmo sendo mais raro).

E agora, finalmente, vou falar da linha que junta todos os pontos que citei anteriormente: O Marketing

Enquanto não aparecer uma empresa que aposte pesado nesse marketing, criando acordos com fabricantes de notebook (mesmo que sejam os notes de menor potência) e distribuindo o linux de forma OEM, as grandes produtoras de software raramente se darão ao luxo de portar seus softwares para linux visto que seu público será restrito e, dar suporte para um OS diferente envolve toda uma cadeia de suporte, desenvolvimento, debug e atendimento que custam dinheiro! Assim, o linux acaba fadado majoritariamente aos softwares open source, ou seja, qualquer pessoa que possua necessidade de software proprietário será forçada a usar windows, mesmo que queira usar o linux! E não fale de wine porque nenhuma empresa séria daria suporte e garantia de um software rodando no wine, já que eles estariam atrelando a estabilidade do software deles em cima de um software de terceiros, além do sistema operacional, o que gera um absurdo risco legal.

Até o momento, todos que usam linux devem agradecer e MUITO à canonical, mesmo que não use o Ubuntu porque ela foi uma das maiores responsáveis pelo pouco marketing que o linux teve. Outra empresa que ativamente ajuda o linux a se manter no mercado é a Steam, que, graças à ela, existe já uma boa (mas bem limitada ainda) biblioteca de jogos para o linux, o que tira a necessidade de muitos de ter o famigerado dual boot.

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Como alguém que já utilizou os mais diversos sistemas ao longo da vida (distros Linux, BSD, Mac OS X, iOS, Android, Firefox OS, symbian, palm OS etc), digo que, de longe, o menos intuitivo de todos é o Windows.
Entretanto, acontece o que cito de paradoxo da língua. Em princípio, seria muito mais fácil aprender francês do que inglês. Entretanto, dado o nível de exposição que você tem dos dois idiomas, pela mídia, artigos, produtos etc, fica parecendo que o inglês (Windows) é mais fácil.
Nunca fez o menor sentido organizar discos em" alguma letra dois pontos". O que todos os demais fazem é uma coisa muito mais natural. Felizmente, de alguma forma o mundo caminhou para que o Windows e a Microsoft não fossem um grande monopólio, embora hoje em dia temos que tomar o mesmo cuidado com os grandes gigantes que se formaram e que podem dar as cartas do jogo: Google, Facebook, Amazon etc, em especial, quando inúmeras boas ideias são encerradas ou incorporadas ao patrimônio de um destes, que foi exatamente o grande mal que a MS causou no desenvolvimento da TI na década de 90. Não fosse a Netscape ter doado o código fonte que serviu de base ao Firefox, provavelmente hoje ainda estaríamos num mundo de software de caixinha e informação limitada.
O Linux já tem seu lugar. Obviamente, pela sua variedade, não vai ser um sistema dominante. Mas seu kernel está na casa de todo o mundo, seja no roteador, ou no celular Android. E quando é iOS, vem de outra fonte livre, que é o BSD.

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Você tem um ótimo ponto ai. Especialmente quando se fala de software, em muitas distros acabam fazendo fork do fork do fork do fork se menor necessidade, criando inúmeras variantes do mesmo software que não agrega em nada.

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O que não me fez mudar ainda é não ter as ferramentas da Adobe. Ah! Mas tem o Gimp. Sim, tem! Mas não é a mesma coisa que um Photoshop.

Uma coisa que me incomoda muito também é o visual das distro, em geral, todas muito pobre. Deepin é o visual mais agradável, mas ai vem todos os problemas de software desatualizado e outras coisinhas que todos conhecem.

Para o meu uso pessoal é o que me mantém no Windows 10. Meu sonho é a Adobe sair desse coma profundo e lançar suas principais ferramentas.

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