Uma pergunta sobre os Snaps

Vocês também são como eu quando instalam o Ubuntu? Eu não sou muito fã de snaps ou flatpacks ou appimage etc… Então eu sempre que instalo o Ubuntu eu removo o snap mais alguém ai faz a mesma coisa que eu?

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Sim, no meu script de post inst é o primeiro nos “pacotes_a_remover”

Sim. Eu estive usando e testando o Ubuntu 20.04 bastante nas últimas semanas e tentei manter os Snaps, modificando o mínimo possível o sistema, mas não consegui aguentar. Acabei migrando tudo para Flatpak e usando a sessão Gnome Vanilla.

Também não sou muito fã, ainda mais por terem o backend proprietário e não ser uma solução descentralizada como o flatpak, ainda assim se eu tiver que se obrigado a usar, opto por está ordem:
appimage > flatpak > snap.

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Única coisa que tenho contra os Snaps é o tempo de abertura dos apps, mas percebi que é um pouco de culpa de quem empacota o app porque o VSCode abre instantaneamente aqui, fora isso acho excelente, tanto que tem mais empacotamentos oficiais no Snap do que no Flatpak.

Sempre dou preferência a empacotamentos oficiais.

Não apoio e nem uso Snaps. Solução proprietária para ecossistema aberto não faz sentido, principalmente vindo de uma empresa que se diz amiga do Open Source. Se a Canonical abrir o jogo, eu reconsidero.

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Acho que esse posicionamento de “ser contra” porque algo é proprietário não tem muito a ver. Você, eu, nós, vivemos usando um monte de tecnologia proprietária diariamente, só olhar para o seu celular e pra coisas ao seu redor. Reclamar disso seria a famosa cegueira seletiva, fazemos “vista grossa” por conveniência, é só hipocrisia da nossa parte.

“O Ubuntu não pode ter nada proprietário, deixa eu reclamar no Twitter”.

“É uma parte que convém ser proprietária no momento contra 98% de um sistema Open Source.” *

** É só uma expressão, não fiz a conta.

Será que alguém reclama quando pluga um hardware no Linux e ele funciona “como mágica” mesmo que o driver seja proprietário? Será que faz sentido reclamar que algo dentro da sua distro seja proprietário sendo que para outras coisas você não se importa?

Eles (Canonical) são uma empresa de infraestrutura hoje em dia, criam soluções em software.

Pode ser que eles abram o código do back-end (essa é a parte fechada da Snap Store o resto é aberto) no futuro, não seria a primeira vez que um projeto começou assim. A própria Red Hat vivia comprando produtos fechados, que ficavam assim por um tempo e depois abriam o código, a Canonical também já fez parecido, mas com coisas que eles mesmos fizeram, como o Launchpad.

O launchpad, repositório dos PPAs, que qualquer um usa de graça sugando a infraestrutura deles sem pagar nada, já foi proprietário. A “comunidade” reclamou até que eles fizeram uma grande migração e abriram o código, criaram documentação, etc.

Muitas vezes as pessoas pensam que abrir o código é algo simples, que é só “jogar” num repositório público e “já era.” Tornar algo open source, se você quer que isso tenha algum significado e que realmente possa ser útil para outras pessoas, precisa ser feito da forma correta. Um monte de código sem documentação algo é muito pouco útil, as pessoas vão ter que adivinhar com se usa ou gastar um tempão decifrando como tudo funciona.

Uma vez que o launchpad se tornou open source, virtualmente ninguém realmente colaborou de forma ativa, mesmo que tenha reclamado um monte para que acontecesse, ou seja, a empresa gastou tempo e dinheiro para atender uma “exigência” da comunidade para “nada”. A única coisa realmente boa que saiu dali, é que agora você tem um mecanismo de código aberto para gerenciar e construir pacotes.

Na prática, as distros derivadas, que usam este serviço (launchpad), basicamente usam os servidores da canonical gratuitamente, inicialmente o launchpad deveria ser um lugar para criar softwares para o Ubuntu, porque é todo financiado pela Canonical, mas várias distros nasceram dali e eu nunca vi eles dizerem “não use para isso” ou “pague para usar”. Distros como o Linux Mint realmente colaboram upstream com o Ubuntu de forma direta, ainda que enviem para o Debian, e aí chegue no Ubuntu, mesmo que com “atraso”.

Pelo que sei, esse back-end proprietário da Snap Store, é a solução implementada na relação de cliente-servidor, se alguém quiser fazer uma loja snap própria, pode conseguir, mas vai ter que hospedar sua própria loja e criar esse back-end, o que significa no momento para a Canonical “Chega de gastar a minha infraestrutura sem dar nada em troca”:

Se você perguntar se eu acho que essa parte deveria ser aberta também, eu vou te dizer, com certeza!

Isto tornaria um serviço ainda mais transparente, porém… não sejamos ingratos, olha o quanto eles fazem/fizeram e provavelmente ainda farão pelo ecossistema Linux. Se algo é mais vantajoso para a empresa que seja proprietário, isso é realmente um problema?

Um software não é bom ou ruim por ter código aberto ou fechado, se os Snaps tivessem “o melhor desempenho do universo” e tudo funcionasse perfeitamente, só quem fosse realmente crica com o formato iria reclamar, o que não o caso hoje em dia. Eles realmente tem problemas que precisam ser corrigidos, mas eles também resolvem questões importantes.

A gente vive constatando o quanto a fragmentação é ruim ao Linux, uma loja centralizada no estilo Google Play é uma forma eficaz de unificar isso. Snaps é algo que qualquer distro pode usar se quiser, mas ninguém é obrigado.

O Flathub tem um potencial parecido, mas possibilidade de cada um poder criar seus repositórios de forma muito simples tem esse contra, daqui a pouco ao invés de adicionar PPAs, COPR, AUR, deb-src ou coisas do tipo, a gente estará adicionando um monte de flatpakref. Ainda assim é melhor do que todas essas variações, mas mantém a fragmentação, ainda que a diminua.

Particularmente apoio os Snaps, apesar de não usá-los tanto. Não é uma tecnologia perfeita (mas qual é?), porém, tem vários pontos positivos.

O Ubuntu é um dos líderes nesse mercado justamente por ser uma distro disruptiva, que cria coisas diferentes e tenta solucionar problemas, quantos outros projetos podem se orgulhar disso? Não tem nada de errado em ser diferente, mas muitos projetos são apenas “empacotadores de software”, não criam soluções, apenas disponibilizam o que já existe e foi criado por terceiros e, particularmente, gosto de ser algo que dá o passo além e experimenta, mesmo que dê errado.

Muitos dos pacotes Snap são feitos pelos próprios desenvolvedores dos aplicativos oficiais, Slack, Spotify, VSCode, Skype, etc, coisa que nenhuma outra distro ainda tinha conseguido: atenção de quem realmente cria as aplicações.

Quando se é inovador, é natural ter pessoas pensando contra, isso é um sintoma de você estar fazendo algo disruptivo, se não tiver isso, talvez seja um projeto com pouca significância, mas o tempo dirá o que funciona e o que não.

Talvez os snaps acabem nem funcionando a longo prazo, mas eu ficar torcendo contra alguém que já fez tanto por mim e pela comunidade open source não faz o menor sentido.

Hoje a Red Hat é da IBM, é um problema se a IBM usar software proprietário em conjunto com o RHEL? Muitas vezes essas tecnologias são usadas para coisas que a gente não se importa se é proprietário ou aberto, porque simplesmente elas ajudam a humanidade de alguma forma.

Alguém vai reclamar se um software proprietário ajudar a curar o câncer de alguém? Tipo “Ah, não quero esse tratamento porque não é open source”, bizarro.

A relação entre software proprietário e open source é, de forma geral, utilitária, as pessoas gostam das filosofias por trás para gerar um certo “norte”, mas que isso não impeça a progressão da nossa tecnologia por conta de “eu acho que deveria ser aberto”.

Graças ao trabalho da Canonical com a Microsoft no WSL, hoje muito mais pessoas estão usando software livre dentro do Windows, e recentemente a tecnologia gerada fez rodar de forma experimental o Microsoft Office no Ubuntu, ainda que seja um projeto muito imaturo ainda.

Se snaps trouxerem a Adobe, Office, etc. para o mundo Linux, eu tenho certeza que vai ter gente usando o Photoshop (proprietário) reclamando que a snap store tem um back-end proprietário, com um total de “zero” de lógica.

O lado legal é que você pode não usar Snaps, ou usar qualquer outra coisa, faz parte da liberdade, mas ninguém obriga o desenvolvedor a fazer pacotes no formato que ele não quiser também, liberdade dele. Como será o futuro se Snaps forem a melhor alternativa para o mercado? A maior parte das pessoas simplesmente quer usar o App, não saber o formato. Essa “chatice”, por assim dizer, é coisa nossa, de quem usa Linux.

Espero ter colaborado com o debate. :slight_smile:

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Toda vez que eu ler um mimimi sobre os snaps vou mandar esse texto kkkkkkkkkkkkkkk

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Eu particularmente não me incomodo com os snaps. Ele teve sua “reputação manchada” no passado por conta da lentidão cada vez que iniciava um app, mas atualmente isso foi resolvido.

A única lentidão que vejo é quando inicio um app snap pela primeira vez, mas esta mesma lentidão de primeiro início percebo também em apps flatpak. Na atual versão do Ubuntu o snapd não me incomoda em nada, então não vejo motivos para removê-lo do sistema.

Sensacional Dio, um excelente post aqui no fórum, digno de estar no blog! :grinning:

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Sem dúvidas colaborou bastante, eu mesmo só tenho algo contra o snap por culpa da minha internet e não do snap em si, eu moro em um sítio um pouco afastado da cidade, logo só tenho uma opção de internet de somente 1mb e literalmente é impossível baixar um snap por causa de erros que ficam acontecendo enquanto está fazendo o download, claro que não é culpa do snap. É tudo culpa da minha internet, mas eu não tenho opção de outra provedora.

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O fato é, gostemos ou não, o conceito dos Snaps, Flatpak ou AppImage é um caminho sem volta.

Isso é essencial para o perfil de usuário padrão, penso eu, que quer “usar” a tecnologia e não saber como tudo funciona, ele não quer saber como configurar um PPA, se o .deb não funciona onde tem .rpm ou porque a loja de softwares da distro tal está desatualizada em comparação a loja da distro tal.

O usuário padrão quer instalar, usar, atualizar, apagar, instalar de novo, usar, atualizar e usar, o sistema que se vire para continuar funcionando.

Com certeza esse tipo de comportamento não ajuda na segurança das aplicações, contudo é aí que eu vejo um trabalho diferenciado desse tipo de gerenciamento de pacotes/aplicações, a “conteirinização” das aplicações ajuda no controle tanto da segurança quanto das dependências, evitando “quebrar” um sistema, além de trazer uma padronização para o lado dos desenvolvedores.(Pelo menos deveria funcionar assim!)

Quanto ao Snap, o fato de ter o código fechado o @Dio já explicou melhor do que ninguém, portanto, penso que uma auditoria independente no código já seria suficiente para a tranquilidade do mercado.

Qual terá sucesso? Qual será padrão? Existirá um padrão?
Não sabemos, mas só vão evoluir e não deixar de existir.

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Diferente dos poucos xiitas do mundo Linux, eu não tenho problema algum com software proprietário, uso todos os dias. Software Proprietário e Open Source sempre vão existir e sempre vão se equilibrar, um nunca será capaz de substituir outro. Entretanto, a questão com a Canonical e os Snaps vai além de ódio cego por softwares proprietários.

Acho muito importante ressaltar alguns pontos que foram ditos, chamo atenção para o alerta da Canonical ser uma empresa de infraestrutura em software. Servidores não são baratos, oferecer serviço não é algo barato, porém nessa mesma situação se encontram outras empresas, a Canonical não é a única no ramo. A necessidade de se pagar contas existe, mas, sinceramente, a ideia de “chega de gastar a minha infraestrutura sem nada em troca” não conta muito nessa situação. Cito o GitLab como parâmetro, uma empresa que faz um trabalho extremamente complexo, um trabalho de infraestrutura invejável e o mais surpreendente, é completamente aberto. Qualquer um pode sediar o seu próprio GitLab sem nenhuma restrição, algo que é até mesmo incentivado pela própria GitLab, o que é curioso, uma vez que esse processo é capaz de burlar o sistema de inscrições do próprio GitLab. Porque eles fazem isso? Como eles conseguem manter esse modelo? A resposta é simples: confiança.

Diferente do que muitos podem pensar, confiança paga as contas, principalmente em mundo onde a privacidade é motivo para amplas discussões. O que é que tem se ninguém contribui, o que é que tem se ninguém aproveita o código aberto para fazer um fork? A falta de contribuição óbvia pode ser considerada como um sinal do fracasso de um projeto Open Source, o que aparentemente é o que o Martin Wimpress e Alan Pope acreditam, mas na verdade pode muito bem ser o contrário. A falta de contribuição e a inexistência de forks de um projeto popular é um sinal de que os clientes não sentem necessidade de “cuidar” do projeto, sinal de que o projeto está no caminho certo. Talvez Wimpress e Pope estivessem esperando contribuições pelos motivos errados. Ademais, quantas tecnologias a Canonical utilizou e utiliza sem dar contribuições?

Não tem problema algum a Canonical querer ter uma tecnologia proprietária, eles podem fazer isso, eles tem o direito, mas eles precisam lembrar que estão inseridos em uma comunidade e eles não possuem força para empurrar algo grande como os Snaps sozinhos. A Canonical precisa de apoio.

Todos nós usamos Linux no Desktop graças a Canonical, porque, como foi dito, a Canonical mudou o Linux Desktop, isto é um fato inegável. A grande questão é a razão da plataforma de Snaps ser fechada. O que eles ganham com isso? A razão é porque “não queremos que ninguém use nossa infraestrutura sem dar nada em troca” (Sério?)? O problema não é por ser uma tecnologia da Canonical, o problema não é porque todo mundo odeia a Canonical ou por causa do ditado “prego que se destaca é martelado” e sim porque as explicações dadas são rasas. Não possuem recursos para fazer a transação para Open Source? Digam. Aliás, poderia ser feito apenas uma auditória tal como @marrodbr sugeriu ou poderiam fazer igual o Vivaldi, abrir o código para revisões públicas mantendo o projeto com licença proprietária, mas que algo seja feito. De qualquer forma, entendo que pode ser fácil pensar que alguém está torcendo contra quando na verdade está torcendo para ver a tecnologia dar certo e sei também que todos queremos apenas o progresso do Linux Desktop.

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Acho que esse posicionamento de “ser contra” porque algo é proprietário não tem muito a ver. Você, eu, nós, vivemos usando um monte de tecnologia proprietária diariamente, só olhar para o seu celular e pra coisas ao seu redor. Reclamar disso seria a famosa cegueira seletiva, fazemos “vista grossa” por conveniência, é só hipocrisia da nossa parte.

Acho que tem tudo a ver a reclamação já que o Linux é famoso por usar e meio que propagar o uso de software livre, abertura do código fonte, ser transparente ao máximo, temos a licença GPL, etc… Então a comunidade espera que o Ubuntu também adote essas medidas ao máximo.
Há pessoas que não usam nada proprietário no Linux. Já conheci alguns desses, que nem drivers proprietários usam, que não usam Facebook, YouTube, WhatsApp nem nada. E outros que usam, mas colocam um layer por cima, pra se proteger de tracking etc… Claro que isso seria, o cúmulo do xiitismo, mas que essas pessoas existem, elas existem.

O Ubuntu não pode ter nada proprietário, deixa eu reclamar no Twitter.
É uma parte que convém ser proprietária no momento contra 98% de um sistema Open Source.
É só uma expressão, não fiz a conta

Como eu disse acima, por causa do software livre, da GPL, da transparência é esperado que, uma empresa como o Ubuntu também siga essa cartilha. Fica incoerente você fazer todo uma cartilha de “linux é mais seguro”, “somos transparentes”, “a filosofia open source”, “o código é aberto” e fazer justamente o oposto. Drivers e programas proprietários acabam sendo opcional de usar, em alguns casos a pessoa é obrigada pois não tem escolha, pois senão o wifi, áudio não funciona, o desempenho fica baixo, etc. Os programas, a maioria de nós gosta de recomendar opções open source e tentamos mostrar o que há de melhor, não é? Se for pra tudo ser de código fechado, então o que teriamos de diferencial para o Windows por exemplo?

Será que alguém reclama quando pluga um hardware no Linux e ele funciona “como mágica” mesmo que o driver seja proprietário? Será que faz sentido reclamar que algo dentro da sua distro seja proprietário sendo que para outras coisas você não se importa?

Sim, há pessoas que reclamam por diversos motivos, algumas reclamam porque não funciona tudo como deveria, outras reclamam porque queria ter acesso a um programa (proprietário ou não) específico do device que ela plugou, exemplo, um teclado ou mouse da redragon cheio de features. Por mais que o Linux detecte e instale os drivers (muitas vezes genéricos) a pessoa continua sem ter acesso as configurações do mesmo, o mouse cheio de features, se torna um mouse comum. Isso pode ser o lado negativo do plug n’ play. Há drivers proprietários e de código aberto que não funcionam como deveriam e isso pode ser um problema. Tem gente que não se importa em ter os drivers proprietários, mas quer ter todo resto open source porque ela sabe que o driver a opção open source pode deixar a desejar e nem sequer funcionar, já o app em específico é diferente. Você não precisa necessariamente do Photoshop pra editar uma imagem, o GIMP pode servir. Só em casos muitos específicos e quando não é o caso, como faz? Sugerir a versão proprietária só porque sim?

Eles (Canonical) são uma empresa de infraestrutura hoje em dia, criam soluções em software.

Uma empresa que tem mais foco em IoT e servidores que em desktop, vide o desastre dessa nova LTS e a quantidade de reclamações e pessoas dando desculpinhas do tipo, vamos esperar até a 20.04.1 porque será estável. Os caras fazem centenas de testes antes, era pra ter mitigado esses bugs bobos. A Canonical as vezes, parece que está indo no mesmo caminho da Microsoft em relação a instabilidade.

Pode ser que eles abram o código do back-end (essa é a parte fechada da Snap Store o resto é aberto) no futuro, não seria a primeira vez que eu projeto começou assim. A própria Red Hat vivia comprando produtos fechados, que ficavam assim por um tempo e depois abriam o código, a Canonical também já fez parecido, mas com coisas que eles mesmos dizeram, como o Launchpad.

Sim, é o ideal até como prova de conceito que é possível fazer DINHEIRO sendo 100% de código aberto, já que muitos gostam de dizer que é possível, que a GPL não impede a comercialização, então nada melhor que mostrar que isso é verdade. Ou será que tem medo que alguém vá e fork o snap? Medo da concorrência? Então vamos fazer tudo proprietário, er… Já vi essa história antes.

O launchpad, repositórios dos PPAs, que qualquer um usa de graça sugando a infraestrutura deles sem pagar nada, já foi proprietário. A “comunidade” reclamou até que eles fizeram uma grande migração, criação de documentação etc.

Por ser Linux é bom esperar que isso aconteça. É bom saber que a comunidade não ser curva e continua exigindo para que abram o código. Se tudo começar a se tornar fechado dentro do Linux, aí não fará mais sentido falar em open source, nem fazer propaganda do Linux como algo seguro e onde sua privacidade será respeitada porque nada disso vai fazer sentido. Vai virar um Android da vida, com um kernel Linux modificado em cima de blobs proprietários, drivers OEM tbm proprietários e etc…

Muitas vezes as pessoas pensam que abrir o código é algo simples, que é só “jogar” num repositório público e “já era.” Tornar algo open source, se você quer que isso tenha algum significado, precisa ser feito da forma correta. Um monte de código sem documentação algo é muito pouco útil, as pessoas vão ter que adivinhar com se usa ou gastar um tempão decifrando como tudo funciona.

A GPL é bem estrita em relação a isso, se quem abriu o código não colocou tudo na devida ordem, nem deveria ser levado a sério. O que eu vejo aqui, por parte da Canonical é que eles tem medo de abrirem e alguém fazer um fork e ganhar em cima disso de alguma forma, danificando a solução original criada pela Canonical. Mas é a faca de dois gumes do mundo open source, se o código tá lá, qualquer um pode forkar. Até rimou, kkk.

Uma vez que o launchpad se tornou open source, virtualmente ninguém realmente colaborou de forma ativa. Ou seja a empresa gastou tempo e dinheiro para atender uma “exigência” da comunidade para “nada”. A única coisa realmente boa que sai dali, é que agora você tem um mecanismo de código aberto para gerenciar e construir pacotes.

Nem tudo que é open source é automaticamente bem feito ou de qualidade, há softwares proprietários na mesma situação. O importante é sempre manter tudo o mais aberto possível. Até os drivers da AMD estão assim, esperemos que a NVIDIA também aconteça o mesmo. Basta querer.

Na prática, as distros derivadas que usam este serviço basicamente usam os servidores da canonical gratuitamente, inicialmente o launchpad deveria ser um lugar para criar softwares para o Ubuntu, porque é todo financiado pela Canonical, mas várias distros nasceram dali e eu nunca vi eles dizerem “não use para isso” ou “pague para usar”.

Não podem reclamar disso já que a filosofia por trás permite que existam forks e já que o código é aberto, qualquer um pode criar forks, criar spins, criar refisefuquis (não gosto desse termo, mas ok), criar derivações, etc… Tudo tem seu lado bom e ruim. Então, sempre vai existi alguém a se aproveitar do seu trabalho, sugar tudo que você faz e você não vai ganhar nada em troca. Faz parte. Tem que saber lidar.

Pelo que sei, esse back-end proprietário da Snap Store, é a solução implementada na relação de cliente-servidor, se alguém quiser fazer uma loja snap própria, pode conseguir, mas vai ter que hospedar sua própria loja e criar esse back-end, o que significa no momento para a Canonical “Chega de gastar a minha infraestrutura sem dar nada em troca”:

Entendo o ponto. Mas muitos podem usar essa desculpa pra dizer que optar por FLOSS não vale a pena já que não tem como ganhar dinheiro com isso na maioria dos casos, só mantendo parte do serviço proprietário.

Se você perguntar se eu acho que essa parte deveria ser aberta também, eu vou te dizer, com certeza! Se tornaria um serviço ainda mais transparente, porém… não sejamos ingratos, olha o quanto eles fazem/fizeram e provavelmente ainda farão pelo ecossistema Linux.

Com certeza, quanto mais transparência, melhor. Ainda mais vindo da distro mais famosa do Linux que serve como exemplo pras outras, se eles abrirem o máximo de coisa possível, acabam por tornarem-se mais confiáveis pela comunidade. E também diminui o hate.

Um software não é bom ou ruim por ter código aberto ou fechado

Concordo plenamente. Há outros fatores a se observar.

Se os Snaps tivessem “o melhor desempenho do universo” e tudo funcionasse perfeitamente, só quem fosse realmente crica com o formato iria reclamar, o que não o caso hoje em dia. Eles realmente tem problemas quem precisam ser corrigidos, mas eles também resolvem questões importantes.

Não necessariamente, existem outras motivações pelas quais alguém evita utilizar o snap e essas motivações podem não estarem inclusas em “desempenho ruim” ou o famoso “demora pra abrir o app X”. Eu lembro de ter visto em algum lugar 40 motivos pelos quais snaps não são uma opção, se eu encontrar eu posto aqui. Lembro de ter lido e alguns motivos são tão complexos que só devs entenderão perfeitamente. Parte do problemas nunca serão resolvidos por causa da natureza do snaps, do funcionamento dele. É possível amenizar, mas não acabar com eles. É óbvio que eles resolvem questões importantes, mas o problema é que elogiam de mais a solução e evitam de tocar a fundo nos problemas ora ocasionadas por elas. É como se criticar os snaps fosse um pecado ou algo assim. Tudo é passível de crítica.

A gente vive constatando o quanto a fragmentação é ruim ao Linux, uma loja centralizada no estilo Google Play é uma forma eficaz de unificar isso. Snaps é algo que qualquer distro pode usar se quiser, mas ninguém é obrigado.

Sim e não, fragmentação tem pontos bons e ruins, é uma faca de dois gumes. Centralização não é bom, pois pode se tornar monopólio dependendo do caso, além do que pode ser tornar algo perigoso, veja como exemplo a Play Store e a quantidade de malware, até Apple Store não está atrás, mesmo que muitos tentem esconder em nome da amada Apple. É sempre bom ter variedade, se o Linux se tornasse uma coisa só não seria Linux. O lado bom do Linux é justamente as opções, cada um pode escolher o que for ideal pro seu gosto.

O Flathub tem um potencial parecido, mas possibilidade de cada um poder criar seus repositórios de forma muito simples tem esse contra, daqui a pouco ao invés de adicionar PPAs, COPR, AUR, deb-src ou coisas do tipo, a gente estará adicionando um monte de flatpakref.

O lado bom do flatpak é justamente o fato de ser decentralizado e aberto, tem como verificar. Já no snap, você tem que confiar na Canonical que centraliza tudo, ainda mais pro lado de servidor. Mas também não defendo o flatpak, já que este sofre de problemas muito parecidos com snap, quando não iguais.

Particularmente apoio os Snaps, apesar de não usá-los tanto. Não é uma tecnologia perfeita (mas qual é?), porém, tem vários pontos positivos.

Nada é 100% perfeito, mas quando algo tem mais pontos negativos que positivos, aí complica. Claro que para alguns usuários o snap pode funcionar perfeitamente bem e não ter problemas, mas pra outros pode ser o exato oposto. Certos problemas podem existir mas serem ignorados por alguns, mas podem afetar muitos outros. Snaps também tem seus contras.

O Ubuntu é um dos líderes nesse mercado justamente por ser uma distro disruptiva, que cria coisas diferentes e tenta solucionar problemas, quantos outros projetos podem se orgulhar disso? Não tem nada de errado em ser diferente, mas muitos projetos são apenas “empacotadores de software”, não criam soluções, apenas disponibilizam o que já existe e foi criado por terceiros e, particularmente, gosto de ser algo que dá o passo além e experimenta, mesmo que dê errado.

Concordo, mas ter orgulho demais não é algo com. Tudo bem querer ser o diferente, querer quebrar paradigmas, mas tudo tem um custo. Quanto a distros que só empacotam, só tomam o que os outros fazem e replicam, er… Não pode se reclamar já que a GPL possibilita que isso aconteça. Se você discorda ou acha que não deveria ser assim aí já são outros quinhentos. Há distros que empacotam softwares e ao mesmo tempo criam soluções, criar tudo do scratch é mais difícil, mas existe. O problema é menosprezar as outras distros por apenas “sugarem” / empacotarem as coisas sendo que muitas dessas distros existem com um próposito, um diferencial. Não me refiro a refisefuquis.

Muitos dos pacotes Snap são feitos pelos próprios desenvolvedores dos aplicativos oficiais, Slack, Spotify, VSCode, Skype, etc, coisa que nenhuma outra distro ainda tinha conseguido, atenção de quem realmente cria as aplicações.

O interessante é que alguns desses progamas ditos como “oficiais” pela boca do Ubuntu ou dos empacotadores “oficiais” acabam não sendo reconhecidos pelos próprios softwares. Snap só tem funcionado por causa da fama da Canonical (do Ubuntu) e também porque eles tem empurrado essa solução goela abaixo de todos, vamos ser sincero, assim é impossível não se tornar popular. Mas os próprios flatpaks e appimages também tem softwares proprietários e/ou famosos empacotados, não é algo exclusivo dos snaps, não é algo que “só a Canonical fez/conseguiu”.

Quando se é inovador, é natural ter pessoas pensando contra, isso é um sintoma de você estar fazendo algo disruptivo, se não tiver isso, talvez seja um projeto com pouca significância, mas o tempo dirá o que funciona e o que não.

Ou é sintoma que você está fazendo algo bem errado, dependendo de quem ver. Há distros aí pouco reconhecidas fazendo coisas gigantes, mas não ganhando fama ou conhecimento justamente por não ter uma empresa de peso por trás, por não ser popular e muitas vezes distros pequenas acabam sendo esmagadas pelas distros grandes e isso é um problema.

Talvez os snaps acabem nem funcionando a longo prazo, mas eu ficar torcendo contra alguém que já fez tanto por mim e pela comunidade open source não faz o menor sentido.

O fato de ter contribuido para comunidade não dar carta branca para que tudo seja aceito. Há pessoas que nunca usaram nem se beneficiaram com o que o Ubuntu fez, então pra alguns, torna-se irrelevante.

Hoje a Red Hat é da IBM, é um problema se a IBM usar software proprietário em conjunto com o RHEL? Muitas vezes essas tecnologias são usadas para coisas que a gente não se importa se é proprietário ou aberto, porque simplesmente elas ajudam a humanidade de alguma forma.

Pra alguns ser fechado pode ser um problema, ajudando ou não a sociedade. Ao mesmo tempo que ajuda, pode atrasar a humanidade em outro aspecto, fazer algo questionável por baixo dos panos sem que ninguém saiba. Bom, saiba que a Red Hat não é nem nunca foi amada por todos, tal qual é a Canonical.

Alguém vai reclamar se um software proprietário ajudar a curar o câncer de alguém? Tipo “Ah, não quero esse tratamento porque não é open source”, bizarro.

Depende, se o software ajudou a curar o câncer, mas ao mesmo tempo que ajudou fez algo questionável por trás dos panos, aí pode ser que tenha ajudado a pessoa, mas tenha atrapalhado em outro aspecto. Nunca se sabe.

A relação entre software proprietário e open source é de forma geral utilitária, as pessoas gostam das filosofias por trás para gerar um certo “norte”, mas que isso não impeça a progressão da nossa tecnologia por conta de “eu acho que deveria ser aberto”.

Sim, concordo, mas é o que o Linux se baseia, é o que a GPL diz, é o que o Linux tem a oferecer, sua sobriedade, confiança, acesso ao código, se tudo isso for irrelavante, bem talvez a pessoa esteja no SO errado. Lutar por tudo o mais aberto possível é ideal, mesmo que seja difícil. Transparência é sempre bem vinda.

Graças ao trabalho da Canonical com a Microsoft no WSL, hoje muito mais pessoas estão usando software livre dentro do Windows, e recentemente a tecnologia gerada fez rodar de forma experimental o Microsoft Office no Ubuntu, ainda que seja um projeto experimental.

Ao mesmo tempo que isso ajuda na disseminação do Linux, isso também atrapalha, pois o WSL acaba por manter o desenvolvedor “preso” a plataforma da Microsoft, no caso o Windows 10 e este mesmo dev acaba por não precisar usar uma distro Linux para fazer seu trabalho. Ou seja, isso é faca de dois gumes também, ao mesmo tempo que ajuda, pois leva o Linux pra fora, pra um sistema majoritariamente proprietário como o Windows, atrapalha na popularização das distros.

Se snaps trouxerem a Adobe, Office, etc para o mundo Linux, eu tenho certeza que vai ter gente usando o Photoshop (proprietário) reclamando que a snap store tem um back-end proprietário, com um total de “zero” lógica.

Na verdade, quem reclama do snap por ter o backend proprietário muito provavelmente nem o usa por isso e geralmente quem defende isso acaba por preferir sempre opções open source ou acaba usando o flatpak e appimage, sempre priorizando o que é de código aberto. Por que será que muitos usuários acabam recomendando o Kdenlive mesmo tendo o DaVinci Resolve como opção dita superior? Por causa da filosofia por trás, tende a priorizar aquilo que é de código aberto e criado pela comunidade, para comunidade.

O lado legal é que você pode não usar Snaps, ou usar qualquer outra coisa, faz parte da liberdade, mas ninguém obrigado o desenvolvedor a fazer pacotes no formato que ele não quiser também, liberdade dele. Como será o futuro se Snaps forem a melhor alternativa para o mercado? A maior parte das pessoas simplesmente quer usar o App, não saber o formato. Essa "chatisse’, por assim dizer, é coisa nossa, de quem usa Linux.

Sim, colaborou pois acabou jogando a tona assuntos mais espinhentos e um tanto complexos, alguns deles que nem tem solução. Em relação a não usar snaps, a comunidade já meio que quebra isso se o dev preguiçoso se recusar a portar no formato da distro, exemplo disso é o Solus, Arch Linux, Void. Se depender da comunidade e de sua força, nunca que o snap vai ter força de sugar tudo pra si forçando todos a terem que optar por sua solução ou ficarão sem seus apps preferidos (sendo open source ou proprietários). O bom é que existem outras distros e que o mundo não gira em torno da Canonical ou Ubuntu. Pode ser a distro até mais famosa, mais importante, mas de longe a única ou automaticamente a melhor (subjetivo). Se no futuro tudo tender ao snap, muita gente vai simplesmente largar o Linux ou ir pra distros que consigam quebrar isso. É provável que o flatpak e appimage se tornem mais populares nesse sentido entre as pessoas que desgostam dos snaps. Há quem sim se importe com o formato.
Btw, dependendo do passo que a Canonical seguir no futuro, ela mesmo pode se enterrar e outra distro (hoje talvez irrelevante) pode vir a tomar seu lugar e sua fama. Antes do Ubuntu existiram outras distros famosas que também facilitavam a vida dos usuários, a maior parte eram distros locais. O Ubuntu não foi o primeiro, apenas a que se popularizou.

Espero ter colaborado com o debate. :slight_smile:

E porque não colaboraria? Hehehe.

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Na parte que falo:

A Canonical as vezes, parece que está indo no mesmo caminho da Microsoft em relação a instabilidade.

Sugiro que assistam esse vídeo:

Quando falo sobre:

O interessante é que alguns desses progamas ditos como “oficiais” pela boca do Ubuntu ou dos empacotadores “oficiais” acabam não sendo reconhecidos pelos próprios softwares.

Sugiro assistir este vídeo pra entender.

Espero também ter contribuido pro debate, assim como o Dionatan.

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Pra gente que é mais chato com isso, talvez, mas se for ver, o mercado mesmo não liga para isso, veja como ele é atualmente. É até curioso pensar. Essa medida do Ubuntu não importa realmente para mais ninguém, a não ser a comunidade de software livre mais purista.

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Sim, acho q nem só o Linux na real, mas certamente é um dos maiores cases que existe.

Uma coisa que é bom pontuar quando se fala “a comunidade espera”, na verdade não existe um “ser comunidade”, são apenas algumas pessoas mais vocais que falam sobre isso, estas é que cobram, e muitas vezes cobram por que tem pensamentos filosóficos sobre o assunto que não se aplicam ao mercado.

De fato, mas imagine uma distro que o mercado abrace, que seja 50% fechada e 50% aberta em seus softwares, ainda assim, não seria melhor que 100% fechado? A escalada para um mundo mais aberto não tem como acontecer se a gente exigir que tudo seja aberto e só considerar algo como bom, quando isso acontecer. Vamos com calma, há 10 anos o cenário era bem diferente, há 20 era basicamente tudo aberto dentro do Linux, mas ninguém quer viver nessa época mais.

Mais estabilidade é melhor sem dúvida, não estou dando desculpas nesse caso, porque uma que eu não trabalho para eles e outra, que se está errado tem que arrumar. Mas é notável o quanto o Ubuntu enfrenta um cenário que mais nenhuma outra distro enfrenta. A quantidade enorme de usuários e de hardware diferente é incrível, e é impossível garantir que funcione em todos, se até o Windows vive dando pau em hardware que os fabricantes projetaram os drivers para o sistema, imagino que deva ser uma tarefa árdua, o que não muda o fato de estar bugado, claro.

Esse é o lance da comunidade que eu falava, realmente são algumas pessoas tentando falar por muitas vezes. A comunidade é um grupo de indivíduos, quando damos voz a ela baseando-se em críticas pontuais, talvez a gente esteja cometendo um engano.

E de fato, existe essa pressão para que aconteça, o que é algo legal na verdade, eu acho que essa pressão deve existir inclusive, porém, não é o fim do mundo se não acontecer.

hahaha dá pra fazer uma camiseta até :stuck_out_tongue:

Exatamente, concordo 100%

Acho que podem viu, porque é diferente. Uma coisa é você pegar o meu código e implementar como você quiser, outra seria você usar do meu servidor e recurso para isso. Entendo que acaba fazendo parte do contexto quando se oferece um serviço, mas entenderia porque é ruim.

Em parte o Ubuntu serve como meio “testa de ferro”, se a gente observar, eles fazem algo, as vezes como consequência até geram atividade na comunidade. Tipo os Flatpaks e o Wayland que só começaram a engrenar depois que a Canonical anunciou os Snaps e o Mir. Mas acho que se eles conseguirem ser um sistema gratuito, open source, com software proprietário esparso que qualquer um possa usar, já seria uma vitória. É muito menos caminho para percorrer à partir dali para ir para um lado cada vez mais open, um passo de cada vez. :slight_smile:

Não tenho muito mais a acrescentar, esse fórum tá massa por causa desses papos cabeças, grande abraço @LucioLab :smiley:

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E eles mostram, o próprio Ubuntu é a prova, adicione o repositório de fontes e digite:

apt source pacote

Você pode obter TODO o source do sistema assim:

pacotes=($(dpkg -l | cut -d' ' -f3))
for pacote in ${pacotes[@]}; do
  apt source ${pacote}
done

Ou seja, o Ubuntu em si (que é uma grande fonte de dinheiro da Canonical) é todo open source, a maior parte é GPL, o sistema é gratuito e ainda sim ganham muuuuuito dinheiro com isso, quer prova maior?

Definitivamente não, a parte complicada pra se fazer um fork do snap está aqui o server side é basicamente o armazenamento dos arquivos o que convenhamos, é bem simples e fácil de se fazer

Mas você pode perguntar… então por quê?

Na minha visão é simples, os devs de Apps querem assim, Muitos desenvolvedores só confiam em meios próprios ou fechados de distribuir apps, e sinceramente essa é a única razão, porque é bem simples reimplementar um fork com várias sources, basicamente isso é uma biblioteca BASH pra um front end CLI pra outra snaptore:

function getAvailablePackageList(){
  for repository in sources[*]; do
    packages+=($(wget -q "${repository}/packages.list" | sed "s|^|${repository}|g" ))
  done
}

function install(){
  work_dir=$(mktemp -d)
  cd ${work_dir}
  wget -q -c "${asck_url}" || {
    echo "Error: Signature for ${1} not found"
    exit 1
  }
  wget -q -c --show-progress --progress=bar:force "${snap_url}"
  snap ack *.assert 
  snap install *.snap 
  rm -rf ${work_dir}
}

function lookForPackage(){
  getAvailablePackageList
  
  echo ${packages[*]} | tr ' ' '\n' | grep -q ":${1}$" && {
    package_url=$(echo ${packages[*]} | tr ' ' '\n' | grep -q ":${1}$")
    protocol=$(echo "${package_url}" | cut -d\: -f1)
    base_url="${protocol}:"$(echo "${package_url}" | cut -d\: -f2)
    snap_url="${base_url}/snaps/${channel}/${1}.snap"
    asck_url="${base_url}/asserts/${1}.ask"
    install ${1}
  } || {
    echo "Error: Package ${1} not found"
  }
}

Só isso, claro que teria a verificação de versão instaladas e a disponível pra atualizar manualmente mas eu penso que isso basta pra mostrar que é bem simples “tirar a hegemonia” da Canonical e implementar uma solução full open source do snap paralelamente, porque ninguém faz? Simples, pouca gente dentro do Linux liga pra isso

Cara nesse caso em específico não é nem ser FOSS, mas sim a dependência de Hardware pelo DaVinci Resolve, o KDEnLive funciona com qualquer placa com OpenGL 1.4 ou posterior já o “concorrente” além de depender do OpenGL 4 só funciona em certas placas

De fato, o DaVinci Resolve é sensacional, mas não roda em qualquer PC, apesar de rodar em placa AMD, o suporte oficial fala de Nvidia e usuários AMD costumam ter algumas dores de cabeça para fazer funcionar. Não bastasse isso, ele tem como requisito mínimo 16GB de RAM e por aí vai.

O Resolve é um software bem “alto nível” na indústria, por assim dizer. O Kdenlive é uma ferramenta excelente, provavelmente eu editei mais de 1000 vídeos por ele já, e é bem mais leve, rodando em “qualquer batata” :stuck_out_tongue:, é grátis e muitas vezes faz o que a pessoa quer fazer.

Apesar de ambos poderem editar vídeo, acho que o Resolve e o Kdenlive nem são exatamente da mesma categoria de software.

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Sim, acho q nem só o Linux na real, mas certamente é um dos maiores cases que existe.
Uma coisa que é bom pontuar quando se fala “a comunidade espera”, na verdade não existe um “ser comunidade”, são apenas algumas pessoas mais vocais que falam sobre isso, estas é que cobram, e muitas > vezes cobram por que tem pensamentos filosóficos sobre o assunto que não se aplicam ao mercado.

Sem a comunidade o Linux não seria nada hoje, ainda mais o Linux no sentido de, as “distribuições”. Não acho que sejam apenas algumas pessoas e sim milhares, só que as mais “vocais” acabam por aparecer mais justamente por essa característica, serem “vocais”. Por mais quem alguns não gostem de filosofias, o Linux tem suas por trás. Se isso se aplica ou não ao mercado aí são outros quinhentos.

De fato, mas imagine uma distro que o mercado abrace, que seja 50% fechada e 50% aberta em seus softwares, ainda assim, não seria melhor que 100% fechado? A escalada para um mundo mais aberto não tem como acontecer se a gente exigir que tudo seja aberto e só considerar algo como bom, quando isso acontecer. Vamos com calma, há 10 anos o cenário era bem diferente, há 20 era basicamente tudo aberto dentro do Linux, mas ninguém quer viver nessa época mais.

Seria melhor, mas o fato de ter muita coisa fechada também atrapalha, não só por causa da filosofia por trás, mas também porque certos softwares proprietários podem vir a quebrar soluções nativas do Linux. Boa parte dos usuários de Windows estão acostumados com programas proprietários. Agora imaginemos que, estes programas, todos tenham versões oficias pra Linux. Seria uma maravilha, né? Mais opções e mais pessoas vindo pro Linux, né? Pra quê? Pra usar essas alternativas. E o que serão das alternativas open source? Será que a comunidade teria força de bater com essas soluções proprietárias de renome e que mantem seu código fechado? O que será do LibreOffice se o Microsoft Office vier pro Linux? O que será do GIMP, Krita, do Inkscape se toda suíte Adobe viesse pro Linux? Eu não falo por todos, mas aposto que muita gente iria largar as opções do pinguim e correr para estes programas proprietários famosos que eles já usavam no Windows. Pouco a pouco, o Linux se tornaria o que o Windows é hoje. Conheço gente aí, que só não larga o Windows por causa de Office mesmo havendo diversas opções alternativas no Linux, sempre falam que: “nada é igual ao Office”. Ao mesmo tempo que a existência do Office seria bom pra atrair esse usuário de Windows pro mundo do pinguim, isso também traria problemas para soluções do próprio pinguim. O melhor é sempre lutar pra que tudo seja aberto, que seja o mais transparente possível ao invés de nos rendermos a tudo proprietário. Essas empresas por exemplo, poderia olhar pro Linux e tomar tais atitudes como exemplo pra elas.

Mais estabilidade é melhor sem dúvida, não estou dando desculpas nesse caso, porque uma que eu não trabalho para eles e outra, que se está errado tem que arrumar. Mas é notável o quanto o Ubuntu enfrenta um cenário que mais nenhuma outra distro enfrenta. A quantidade enorme de usuários e de hardware diferente é incrível, e é impossível garantir que funcione em todos, se até o Windows vive dando pau em hardware que os fabricantes projetaram os drivers para o sistema, imagino que deva ser uma tarefa árdua, o que não muda o fato de estar bugado, claro.

Muitos dos bugs não tem nem a ver com o hardware e sim com a interface gráfica, com software, mas eu entendo que a tarefa é enorme, ainda mas pra uma distro de renome como o Ubuntu. No entanto, o que atrapalha o Ubuntu é que eles ficam presos a “filosofia LTS”, esse tipo de filosofia acaba por atrapalhar o Ubuntu de crescer. E é interessante, pois congelam os pacotes, fazem de tudo pra promover uma teorica “estabilidade” e aparece que isso mais atrapalha que ajuda. Tome como exemplo o Pop!_OS da system76, eles não tem medo de adicionar um kernel mais recente se for necessário, nem de adicionar mais programas, mesmo que seja através de um ppa. Quando lançaram a série dos novos Ryzen, só o Pop!_OS e outras distros rolling-release, se não me engano, o Arch, Manjaro que as pessoas conseguiam instalar, o Ubuntu só adicionou suporte meses depois… Perdeu possíveis novos usuários.

Esse é o lance da comunidade que eu falava, realmente são algumas pessoas tentando falar por muitas vezes. A comunidade é um grupo de indivíduos, quando damos voz a ela baseando-se em críticas pontuais, talvez a gente esteja cometendo um engano.
E de fato, existe essa pressão para que aconteça, o que é algo legal na verdade, eu acho que essa pressão deve existir inclusive, porém, não é o fim do mundo se não acontecer.

Como disse anteriormente, sem a comunidade o Linux não seria nada. Não escutar a comunidade, ligar apenas para o “mercado” é pedir por problemas, mais cedo ou mais tarde. Por não ligar para o que a comunidade diz, que muitas vezes a Canonical se ferrou. Um grande exemplo foi em relação as bibliotecas de 32-bits que depois de muitas críticas da comunidade, da mídia, da própria Steam procurando uma distro alternativa que ela voltou atrás… Acho legal que a comunidade faça pressão nesse sentido.

hahaha dá pra fazer uma camiseta até :stuck_out_tongue:

Seria uma boa ideia, hein? kkkk

Exatamente, concordo 100%

Transparência é sempre bom.

Acho que podem viu, porque é diferente. Uma coisa é você pegar o meu código e implementar como você quiser, outra seria você usar do meu servidor e recurso para isso. Entendo que acaba fazendo parte do contexto quando se oferece um serviço, mas entenderia porque é ruim.

Até podem, mas não vai mudar muita coisa nesse sentido. Mas sei que não é algo ético a se fazer.

Em parte o Ubuntu serve como meio “testa de ferro”, se a gente observar, eles fazem algo, as vezes como consequência até geram atividade na comunidade. Tipo os Flatpaks e o Wayland que só começaram a engrenar depois que a Canonical anunciou os Snaps e o Mir. Mas acho que se eles conseguirem ser um sistema gratuito, open source, com software proprietário esparso que qualquer um possa usar, já seria uma vitória. É muito menos caminho para percorrer à partir dali para ir para um lado cada vez mais open, um passo de cada vez. :slight_smile:
Não tenho muito mais a acrescentar, esse fórum tá massa por causa desses papos cabeças, grande abraço @LucioLab

Você tem razão nisso. Inclusive acho que os flatpaks tomaram força em resposta ao fato da centralização dos snaps pela Canonical e também o fato de ter o backend proprietário. O flatpak é o oposto disso, 100% open source e descentralizado. Não é a toa que muitas distros estão adotando ele ao invés de adotar o snap por padrão, Linux Mint, Pop!_OS, elementaryOS, Manjaro, Fedora…
Sobre o Wayland ainda tem muito que ser feito, há um longo caminho a percorrer. Por exemplo, por culpa da NVIDIA que não abre o código, não ajuda o Linux, o Wayland não pode ser usado com NVIDIA sem ter problemas! No entanto com AMD é outra história, é até usável. E todos sabemos que o futuro no Linux é o Wayland. Só não sei como será esse futuro pra quem tem NVIDIA.
Sim, quanto mais open, melhor. Valeu! E desculpa demorar pra responder, problemas familiares :mask:

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