Introdução
Primeiro eu acho importante separar “Orientação a aplicativos” de “Orientação a tarefas”:
Orientação a aplicativos
Num sistema orientado a apps, geralmente pra você fazer uma tarefa você precisa de 3 passos:
- Abrir o menu de apps
- Localizar o app
- Abrir o aplicativo
- Escolher a opção que vai te permitir fazer a tarefa
- Fazer a tarefa
- Salvar seu trabalho
Um app em um sistema assim até pode já abrir na tela da tarefa e salvar o seu trabalho mas dificilmente o fará em todos os principais casos, um exemplo básico, você teve uma ideia e precisa anotar ela antes que você esqueça:
-
Você abre o menu de apps
-
Você localiza o app de anotações
- Você abre o app
- Escolhe a opção que vai te permitir fazer a anotação
- Só então faz sua anotação
O que pode ser tarde demais em alguns casos…
Um app, até pode antever uma ação do usuário mas ele sempre irá ter uma ação que levará aos passos acima
Orientação a tarefas
Em um sistema orientado a tarefas, você digitaria algo como:
Fazer uma anotação
App já iniciaria nessa tela:
Ótimo não acha? Mas nem só isso, você já poderia predizer exatamente o que é pra ser anotado e o título, bastaria digitar (ou falar) algo como:
Anote “Mobilize um túneo quânticoc om fator FTL de 36,7” com o título “Como viajar mais rápido que a velocidade da luz”
E a nota seria criada automaticamente e você nem abriria o app diretamente
Desenvolvimento
Existem duas formas de fazer as coisas assim, os assistentes pessoais e o terminal, só que os dois tem limitações muito impeditivas:
O terminal…
É absurdamente literal, você precisa invocar o app, precisa seguir a ordem (ou usar flags) um comando no terminal seria parecido com:
app-de-notas --título="Como viajar mais rápido que a velocidade da luz" \
--texto="Mobilize um túneo quânticoc om fator FTL de 36,7"
Os assistentes pessoais…
Por outro lado temos os assistentes pessoais, eles não são literais, eu posso usar o exemplo anterior de forma natural, mas eles só realizam tarefas básicas além de não ter uma integração a um nível tão alto com o sistema
A nível HIG…
Não seria tão complicado implementar, pelo menos no Linux porque a estrutura já existe, talvez o mais difícil em termos de código seria implementar o reconhecimento de inguagem natural, mas mesmo implementando o processsamento de linguagem natural, isso iria precisar de uma rebase completa em apps, o bijiben
por exemplo não possui uma flag --new
então é inviável já começar com uma anotação… o que poderia acontecer é surgir uma nova distro que se focaria nisso, obviamente essa distro seria pra quebrar paradigmas e dificilmente a curto prazo seria um competidor no mercado… mas é óbvio que isso naõ se aplica a apenas anotações, mas sim qualquer tarefa simples e específica, como fazer um gráfico, uma lista, ajustar o contraste de uma imagem…
Mas porque é tão importante?
Existem pessoas que simplesmente ficam perdidas num mundo orientado a apps, mesmo ajustando os sistemas operancionais pra que a quantidade de informações absorvidas seja menor essas pessoas podem não conseguir, mas você pode perguntar:
Ok, minha atenção é ótima porque eu preciso disso?
Simples, se um mecanismo ajuda pessoas com dificuldade em manter o foco, melhorando a produtividade delas, imagina o boost que esse workflow pode fazer em quem não tem problemas de atenção e foco?
Conclusão
Na minha opinião é algo válido, é uma pena (eu entendo os motivos técnicos) que não tenha se tornado o padrão, mas eu realmente gostaria de ver isso acontecer… o dedo coça pra começar a programar uma distro coça mas eu não acho que ficaria muito sem surtar com os possíveis ataques, mas e aí o que vcs acham?