Serpente OS, uma nova distro?

O ex desenvolvedor do Solus Ikey Doherty, anunciou recentemente seu novo projeto o Serpent OS, que NÃO deseja ser caracterizada como distribuição de desktop leve, fácil de usar e focada na privacidade. Em vez disso, ele tem objetivos diferentes da oferta principal.

O Serpent OS vai focar primeiramente na distro e logo após irá se preocupar com a compatibilidade, isso permite decisões ousadas, já que Ikey diz que o projeto não será tolerado por atos negativos que atrasam o Linux. Por exemplo a falta de suporte a NVIDIA no suporte Wayland em suas GPU’s não será tolerado e os drivers proprietários da NVIDIA estarão na lista negra da distribuição.

Algumas das mudanças que irão ocorrer são:

  • Não há divisão de USR BIN.
  • Variantes binutils do LLVM (lld, as, etc.)
  • Afastando-se da linha de base genérica x86_64 para CPUs mais recentes, incluindo otimizações específicas da Intel e AMD
  • Apenas UEFI
  • Código-fonte completamente aberto, até os scripts de inicialização / reconstrução
  • Aplicativos de terceiros dependentes apenas de contêineres.
  • Somente Wayland. A compatibilidade do X11 via contêineres será investigada

Ikey afirma corajosamente que o Serpent Linux não é o Serpent GNU / Linux porque não dependerá de uma cadeia de ferramentas ou tempo de execução GNU.

O desenvolvimento do projeto Serpent OS começa no final de julho. Não há cronograma definido para o release estável final.

Após ver algumas dessas mudanças, penso se é possível com que tudo isso ocorra, e creio que é possível, mas em alguns longos anos talvez possa ser possível que ela seja viável. Mas e você o que acha dessa nova distribuição? Será que ela irá para frente? Deixe nos comentários, e até a próxima notícia, dica ou tutorial!

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Sinceramente? Um tiro no próprio pé. Quem possui Nvidia não adotará essa distro.

Isso eu acho que é pura provocação idiota.

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Se tem uma coisa que engloba o GNU são provocações idiotas, seja o GNU o agressor ou vítima :laughing:

Ademais, existem razões técnicas que fazem com que se busque outras alternativas para as oferecidas pelo GNU. Alpine é um exemplo de distro que seguiu o mesmo caminho e conseguiu criar um backend mais eficiente do que distros GNU/Linux.

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Lendo os comentários no Reddit, vi que esse Ikey tem o hábito de abandonar projetos… mas quero ver o Serpent OS indo pra frente, aprovo a diversidade real de distribuições Linux.


Qual é a vantagem técnica disso?

Para mim, vai ser uma distro de nicho.

O Solus era um projeto legal. Ele tinha um esquema bacana pra fazer a steam rodar com um pacote que eles mesmo desenvolveram antes de termos o proton e as facilidades que a valve propõe hoje. Talvez se ele não tivesse insistido com isso no solus o steam e o proton poderiam ter demorado mais a vir. Mas o Ikey não é das personalidades mas dóceis do mundo Linux. Eu acompanho o podcast Late Night Linux que ele participava e dava pra ver pelas opiniões que ele não era mole não.

Enfim, eu até entendo o ranço dele com o que algumas pessoas do meio FOSS consideram “falta de esforço” da NVIDIA para com a comunidade quando comparada a relativa boa vontade da AMD (até hoje ainda penso em AMD/ATI :grin:). Talvez seja um projeto interessante, mas assim como o solus não vai ser nada usado pela grande maioria. Eu testaria para ver “qualé” da distro, mas não sairia das distros que uso atualmente.

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Era não, é :sweat_smile:

Solus continua em desenvolvimento corrente, e será uma das primeiras a implementar o GTK 4 (Budgie).
Acabei de instalar a versão GNOME no notebook, o desempenho é surreal, até então nenhuma distribuição GNOME tinha tanto desempenho como estou sentindo aqui.

Só estou comentando estas coisas, porque seu comentário deu a entender que Solus acabou (ou está acabando), mas pelo contrário, os desenvolvedores estão ativos no desenvolvimento, inclusive interagindo diariamente no fórum.

Segundo o Distrowatch, o Solus está no Ranking 9º (empatado com Fedora).

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os bin utils do LLVM são necessários para usar cLang, basicamente o cLang em teoria vai permitir a sonhada -O3 estável, ao invés de simplesmente gerar o assembly x86 diretamente, o cLang gera um bytecode (um código pra uma máquina virtual) pra LLVM (ou Low Level Virtual Machine) isso faz o cLang ser mais rápido, usar menos memória e permitir otimizações mais agressivas sem o risco de quebrar esse último só em teoria