Todos sabemos que a grande dificuldade de quem vem do Windows ou do mac os, é ter que ficar aprendendo documentos sobre mil e uma coisas sobre o Linux, antigamente era normal as pessoas quebrarem sistemas e terem medo do terminal,hoje,já existem mil e uma formas de contornar a quebra de um sistema como grupo de pacotes e etc,o único problema é que usa o terminal
Eu não vou estar aqui a criticar o @dio por um post de 2014
Mas vou atualizar isto para 2021
Todos já devem ter ouvido do endlessos de certeza,mas tem algumas das suas limitações,e uma delas é de não pode instalar coisas adicionar por ostree(somente atualizações e flatpaks)
Por outro lado,o rpm-ostree é uma mão na roda (isto é para quem usa o terminal)
A partir do fedora silverblue 34 com a Gnome software 40.2 ou superior, é possível usar o rpm-ostree sem saber quais comandos usar
Isto vai desde instalar aplicações do repositório do fedora(como por exemplo instalar o Gnome tweaks para ativar o modo escuro),Coprs,e até mesmo drivers como o drivers da NVIDIA tudo via Gnome software
E a melhor disso não é tudo, desinstalar tudo o que não seja flatpaks, fará com que o sistema voltea ficar sem layered packages (pacotes ou arquivos que ficam por cima da imagem original,como se fosse uma camada que se pode tirar a qualquer momento e agora com o Gnome software ficou muito mais fácil
Único defeito é ter que reiniciar sempre que o rpm-ostree for utilizado,e ter que ir ao monitor do sistema e dar killall graficamente depois de instalar o fedora silverblue
Em breve farei um post sobre pós instalação do fedora silverblue sem usar terminal,mas sim,neste momento,desde que você queria somente usar o PC sem saber muito sobre o gerenciador de pacotes,o silverblue passou a ser o mais indicado para leigos
Uso Linux desde 2007, e quase não usava o “terminal”.
Por isso, acho que há muito tempo isso é possível ─ senão “sempre”, pelo menos para 90% dos casos com que um iniciante se depara. Ou mais de 90%.
O problema é que, em 2007, os aplicativos GUI eram mais próximos dos comandos básicos ─ substituíam, basicamente, a necessidade de usar o terminal ─ porém, seguindo o que fariam os comandos equivalentes.
Por exemplo, o Synaptic. ─ É uma implementação do apt.
De +/- 2016 em diante, comecei a perceber um número crescente de aplicativos GUI tentando fazer coisas “estranhas” aos comandos básicos do Linux em geral. ─ Uma “marcha para atender usuários Windows”, digamos assim.
Hoje, os aplicativos GUI que fazem coisas cada vez mais complicadas ─ e cada vez “menos Linux básico” ─ me leva a tentar, cada vez mais, trocá-los por comandos.
Meio sem ânimo para tentar colocar isso em “conceitos abstratos”, a essa hora quase meia-noite de uma Sexta-Feira, mas… Vamos a 1 exemplo.
Em 2017, ainda iniciando no openSUSE Leap, eu ainda me guiava pelo “notificador de atualizações”. ─ Clicava nele, e deixava correr solto. ─ Só achava ruim, que era difícil “ler” o que estava sendo atualizado (e não tinha como intervir).
Um dia, “aquele negócio” parou sem ter concluído ─ foi o que me pareceu. ─ O que fazer? Não consegui descobrir! Depois de um longo tempo, acabei abortando aquilo. Como? Não sei, pois não lembro de nenhum recurso que me permitisse intervir! É possível que eu tenha reiniciado. O que mais podia um pobre iniciante fazer?
Não carregou mais ─ e felizmente eu há muito tempo era adepto do dualboot!
E foi assim que, após carregar outras distros, que me facilitaram navegar e pesquisar na web, aprendi (na prática) a carregar um snapshot.
Tentei os snapshots, um por um ─ do mais recente para o mais antigo ─ até encontrar um que carregava. Aprendi a fazer um rollback (na prática), e assim consegui sair de um beco sem saída.
Não tenho interesse em “apenas sair de um problema”. Passei alguns dias examinando logs, pesquisando na web etc., até concluir que a atualização tinha parado “pela metade” ─ muito antes de eu desistir e reiniciar, 10 ou 20 minutos depois.
Bom, isso era óbvio, ou pelo menos, “intuitivo”. Mas nunca consegui entender o porquê.
Depois disso, removi o PackageKit ─ um aplicativo “independente das distros e dos gerenciadores de pacotes” ─ e passei a usar sempre o comando zypper up.
De lá para cá, já se passaram 4 anos ─ e nunca mais tive problemas desse tipo, com atualizações!
E veja que naquela época eu não usava nenhum repositório, exceto os oficiais. ─ Nada de packman, muito menos Flatpak, Snapd, AppImage.
De lá para cá, já vi várias postagens falando sobre esse tipo de problemas com PackageKit no openSUSE (além de outras distros). Nem consigo prestar muita atenção, pois desde aquela época marquei PackageKit para nunca ser reinstalado.
Toda vez que executo um zypper dup (agora no Tumbleweed), repete-se esta mensagem:
The following 67 items are locked and will not be changed by any action:
Available:
akonadi-calendar-lang akonadi-calendar-tools akonadi-calendar-tools-lang akonadi-contact akonadi-contact-lang akonadi-import-wizard
akonadi-import-wizard-lang akonadi-mime akonadi-mime-lang akonadi-notes-lang akonadi-plugin-calendar akonadi-plugin-contacts akonadi-plugin-kalarmcal
akonadi-plugin-mime akonadi-search akonadi-search-lang akonadi-server akonadi-server-lang discover-backend-packagekit pattern:games pattern:kde_pim
kdepim-addons kdepim-addons-lang kdepim-runtime kdepim-runtime-lang kmail-account-wizard kmail-account-wizard-lang kmailtransport kmailtransport-lang
ktnef libkdepim-lang libKF5AkonadiAgentBase5 libKF5AkonadiCalendar5 libKF5AkonadiContact5 libKF5AkonadiCore5 libKF5AkonadiMime5 libKF5AkonadiNotes5
libKF5AkonadiPrivate5 libKF5AkonadiSearch libKF5AkonadiWidgets5 libKF5AlarmCalendar5 libKF5CalendarSupport5 libKF5ContactEditor5 libKF5EventViews5
libKF5IncidenceEditor5 libKF5MailCommon5 libKF5MailImporter5 libKF5MailImporterAkonadi5 libKF5MailTransport5 libKF5MailTransportAkonadi5
libKF5PimCommonAkonadi5 libksieve libksieve-lang libpackagekit-glib2-18 mbox-importer mbox-importer-lang messagelib messagelib-lang PackageKit
PackageKit-backend-zypp PackageKit-branding-openSUSE PackageKit-branding-upstream PackageKit-devel PackageKit-gstreamer-plugin PackageKit-gtk3-module
PackageKit-lang PackageKit-Qt-devel
O que mais posso dizer sobre “não precisar de terminal no Linux”?
Foi ótimo, quando os aplicativos GUI ainda reproduziam o “Linux básico”.
Hoje, faço questão de usar o terminal.
“Já não se fazem aplicativos GUI como antigamente”.
Usar OSTree como meio de gerenciar o sistema não ajuda em absolutamente nada em resolver os principais problemas do Linux, o que as pessoas esperam de um Linux FreeDesktop:
Modificável
Estável
Seguro
Atualizações seamless
Inquebrável
Personalizavel a nível de sistema
Fácil de convergir entre servidor e desktop
O OSTree:
Modificável
Estável
Seguro
Atualizações seamless
Inquebrável
Personalizável a nível sistema
Fácil de convergir entre servidor e desktop
Por que não é seguro? Porque segurança depende da distro e do usuário, não é deixando algo somente leitura que você aumenta a segurança
Isso não só não depende de OSTree como soluções alternativas não tem o principal defeito do OSTree:
Peguemos o NixOS ou qualquer sistema com NixPkgs:
Modificável
Estável
Seguro
Atualizações seamless
Inquebrável
Personalizável a nível sistema
Fácil de convergir entre servidor e desktop
Agora vamos a um sistema APT-like:
Modificável
Estável
Seguro
Atualizações seamless
Inquebrável
Personalizável a nível sistema
Fácil de convergir entre servidor e desktop
Na minha humilde opinião, os sistemas OSTree como o Silverblue podem ser o mais indicado, mas vai depender muito do usuário, eles podem atender bem que vem do ecossistema Apple mas fora daí é caso a caso
Mas agora sobre o título, sim, dá pra usar Linux sem usar terminal em como disse o Daigo 80% dos casos:
Instalar pacotes? Synaptic
Instalar apps? Loja de apps e/ou AppImages
Configurar as coisas? Dentro do próprio app ou no app de configurações
Formatar pendrive? Gestor de arquivos ou app a parte
Pegando o cenário mais simples possível (pessoa que usa o computador pra coisas básicas e que constantemente precisa de ajuda, e que não sabe inglês)
A resposta é SIM e de forma tranquila.
Por quê do Ingles?
Muitos tutoriais são feitos em inglês (tanto artigo quanto vídeo) sem utilizar o terminal, mas utilizando o inglês. Posso pegar como exemplo um tutorial onde ensina a fazer um dual boot com Manjaro e Windows (ambos UEFI), e eu sei que é algo básico pra muitos daqui, mas ninguém nasceu sabendo né gente.
Terminal → Prático, eficiente e elegante, porém complicado para leigos;
Interface → Prática, eficiente (nem sempre elegante), acessível para todos os usuários.
Particularmente não curto muito a pergunta: “O Linux faz isso ou aquilo”, porq pra mim Linux é só o Kernel. Então vamos melhorar a pergunta para: As principais distribuições que usam o Kernel Linux e são focadas na produtividade (Ubuntu, Mint, PoP, Zorin etc) da pra usar sem o terminal? Minha reposta é: Sim, dá!
1- Vc consegue instalar o Ubuntu sem precisar de terminal.
2- Vc consegue instalar apps sem precisar do terminal (lojas de softwares)
3- vc consegue mexer nas configurações de Discos, Rede, Som sem necessidade do terminal.
O resto é usar os programas que vc instalou, q aliás é pra isso que vai servir o sistema. Acomodar os programas q vc irá usar no dia a dia.
Enfim, vc consegue fazer tudo isso (usar o sistema) sem abrir o terminal.
Mas claro que algumas coisas, o melhor jeito de fazer (e mais rápido) será feito via terminal.
Agora respondendo a pergunta do tópico: sim, dá de usar sem o terminal (na maioria das distros), porém perde “a graça”. Gosto muito do Linux por causa do charme e conveniência que o terminal (seja o Bash, Zsh, ou Fish) ofertam, pois é possível resolver com poucas “palavras” e o enter algo que seria um “rodeio” através de uma GUI.
Por exemplo, saber a temperatura do processador e placa de vídeo, eu abro a linha de comando e digito sensors e voilà, tenho o que preciso.
Eu sei que é algo relativo, mas pq acham tão difícil seguir um tutorial que utiliza do terminal?
O que é mais simples do que copiar o comando, colar no terminal e teclar enter? Fora que qualquer coisa que você digitar errado o comando nem funciona.
Na minha opinião é muito mais fácil do que uma GUI com zilhões de opções e um processo mascarado por uma interface - que se torna um problema na hora de relatar possíveis bugs e crashes.
O usuário “comum” foi criado a achar que é só “clique aqui e ali” para executar tal ação e, graças a mídia, o terminal é tratado como “algo de hacker”/usuário avançado, sendo que anos atrás era tudo via terminal na telinha de fósforo
Mais o fato da, ao menos em meu olhar, “ignorância” digital/efeito manada. Em fim…
As pessoas não querem saber de tutoriais e comandos, sem contar que, se a pessoa cair num tutorial malicioso, é capaz de detonar o sistema.
Por isso mesmo! Já vi pessoas tentando ajudar e mandando o comando errado, pois não lembrava de cabeça. Daí vem a crítica: no Windows é só dar cliques.
Na maioria da cabeça dos novatos, ter que decorar trocentos comandos e suas variantes, é uma tortura.
Nem no Windows se resolve tudo sem precisar de comandos digitados em terminal.
De todo modo, é fato que as distros de Linux focadas em dia a dia estão fáceis de configurar e operar por interface gráfica.
Muitas vezes é mais fácil acertar as coisas por ambiente gráfico nessas distros que no Windows. A configuração da Barra de tarefas é um exemplo, qualquer que seja o ambiente da distribuição.
Mas as coisas via terminal podem ser tão mais simples e rápidas que a gente facilmente se acomoda a elas depois que as aprende.
Quem não passou por aquela transição de windows 7/ window 10 e ficou perdido em como fazer as coisas?
Pois acho que esse é o grande diferencial dos aplicativos GUI e a linha de comando: A GUI muda conforme a distribuição e versão. Tente fazer um tutorial de como criar um novo usuário via interface gráfica e terá que fazer 20 tutoriais com 10 imagens cada um, ou vídeo com 10 minutos. Agora faça a mesma coisa na linha de comando e 50 caracteres resolvem o problema, independente da distribuição.
Outro ponto importantíssimo é a filosofia de armazenagem de configurações. O GNU/linux tem por base usar arquivos texto para tudo que possa ser feito por arquivos de texto. O windows usa o registro do windows, uma mistura de arquivo texto em uma árvore praticamente infinita e em apenas um arquivão. Quando se está programando uma GUI, fica bem mais fácil interagir com aquele arquivo praticamente binário do windows do que com diversos arquivos textos que podem ter sido modificados por humanos.
No final eu acho que existe uma segmentação nas configurações do linux: As configurações da interface gráfica em si, que são bem gerenciadas pelo próprio gerenciador de janelas, e as configurações de sistema que são implementadas de forma diferente e parcial pelas distribuições mundo afora. Essas configurações de sistema, pra quem quer personalizar ao máximo seu computador, acabam invariavelmente levando o usuário pro caminho de administrador de sistema por linha de comando. Já aqueles que não querem ir por esse caminho geralmente estão bem servidos com as configurações padrão de sisstema e de janelas via interface gráfica, mas lembrem-se que esse mesmo tipo de usuário quando tem um problema no windows dele, leva o computador pra “arrumar” onde é feita a reinstalação do windows… Já esse mesmo conceito não existe no linux, e o usuário acaba vindo reclamar nos fóruns em vez de aceitar fazer um pagamento pra alguém consertar o computador dele.
Na verdade, tem dois motivos, primeiro não é necessariamente a gente, graças a esses tutoriais tem gente que acha que precisa do terminal pra criar arquivos e pastas… É complicado quando isso acontece porque imagina instalar um programa?
E então a parte 2, tudo que é fácil não é seguro (fácil é diferente de simples), por exemplo, em tese esse comando serviria para purgar qualquer app que inicie quando o usuário faz login a nível sistema (remove pra todos) é inofensivo (em tese):
rm -rf /etc/xdg/autostart/ *
Só tem um detalhe que um olhar desatento não percebe, geralmente esse tipo de comando é executado na Pasta Pessoal, tá vendo o espaço entre a / e o *? Se não tivesse numa resposta sobre os riscos muito provavelmente você mesmo não perceberia isso ou mesmo se for digitar manualmente poderia cometer esse erro de digitação, e qual o preço a ser pago pelo erro? Nada mais nada menos que todos os seus arquivos pessoais (caso seja executado na pasta pessoal), e não para por aí, você só perceberia quando precisasse ou reiniciasse o computador. Então não é sempre que um erro salva sua pele, por vezes ele te ferra ainda mais
Então, o Terminal é bem mais fácil, porém tem vários riscos envolvidos e mais, eu tô presumindo um cenário onde colocaram o comando de boa fé, dá pra deixar esse e virtualmente qualquer comando no modo copiar e colar de modo a ocultar erros de sintaxe propositalmente, essa da simplicidade de copiar e colar é uma faca de dois gumes
Bom, com certeza seria bem fácil substituir o terminal no linux por qualquer outro software aleatório, para um usuário comum seria bem fácil, substituir um apt por uma gnome-software talvez, substituir o vim ou nano por qualquer editor de texto aleatório display por gnome-fonts etc. Apesar de estar ciente de que isso possa trazer limitações alguma hora, nao vejo problema em eliminar o terminal da sua vida.
Nunca cheguei tão longe, pois comecei no 3.1x (de 1990) e parei no XP (de 2001). E nesse período, pulei várias versões, ao saber que exigiam hardware mais avançado, ou que apresentavam muitos problemas.
Mesmo assim, enfrentei transições que a todo momento me obrigavam a parar o trabalho para tentar descobrir onde determinado recurso tinha ido parar, na mudança da interface ─ e isso vale também para vários aplicativos, não só para o Windows em si. ─ Mudanças de GUI sempre são coisas chatas, quando você tem trabalho a fazer, em vez de ficar só curtindo o sistema ou os aplicativos sem pressão de tempo.
Mas a mesma coisa aconteceu quando tive de mudar do Kurumin para o Kubuntu, e uma coisa que me pareceu positiva era o ritmo LTS a cada 2 anos, com possibilidade de manter uma versão por até 5 anos.
Acabei vendo que isso tinha pontos negativos. Os pacotes do Debian eram “velhos”, e se não trocasse o Kubuntu LTS a cada 2 anos, aconteceria o mesmo. ─ Só que a troca a cada 2 anos acabava sendo impactante. Várias vezes esperei meses antes de migrar para um novo LTS, porque aquilo zerava meu “capital” de trabalho (investimento acumulado em aprendizado), e eu preferia deixar para um momento de relativa folga. Nesse meio tempo, acumulavam-se perguntas e respostas na internet, e quando eu migrava já encontrava “soluções” pelo Google.
Depois que instalei o KDE Neon, comecei a perceber que mudanças frequentes tendiam a ser menores e menos impactantes, e aos poucos passei a preferir distros rolling-release. ─ Ok, podem dar algum problema inesperado, após uma atualização (como o caso recente do Pamac no Arch), mas tendo várias distros em dualboot, basta ir para outra e continuar a vida.
Tutoriais apresentam os mais variados defeitos. Um dos mais comuns, é certa “limitação”, onde a pessoa acha que seu jeito de ser é o melhor, e nisso é influenciado pelo que parecem ser “preferências gerais” nos fóruns. Ora, nos fóruns predomina o que não é “geral”. Ninguém sabe as preferências da “maioria silenciosa” (como dizia Nixon).
Usar comandos para criar uma pasta, copiar ou renomear um arquivo, é um absurdo ─ e só se justifica quando se lida com pastas e arquivos de sistema ─ e mesmo isso, só comecei a usar depois que o Dolphin foi deixando de rodar como root na maioria das distros (ainda funciona no openSUSE).
Só comecei a usar comandos, depois que aprendi mais sobre o “sistema” ─ uma coisa de cada vez, por alguma necessidade específica, e lendo e testando. ─ Antes de aprender, é mais simples e seguro se limitar aos recursos GUI. Daí, minha preferência pelo KDE, que é exatamente o ambiente que mais oferece recursos GUI de configuração.
Um outro problema muito comum em tutoriais, é dizer “faça isso”, “faça aquilo” ─ sem explicar em “linguagem de gente” o que essa “receita” estará fazendo, como um todo, nem o que cada comando faz, especificamente. Também é muito raro esclarecer os parâmetros usados em cada caso. Mais raro ainda, dar um panorama do “porquê”, em relação ao sistema. Supõe-se que cada um só quer “resultados imediatos”, e / ou que os curiosos irão “estudar” se quiserem entender o que está fazendo.
Nos primeiros anos de aprendizado ─ que foi demorado, pois eu só mexia com essas coisas quando havia uma necessidade excepcional, fora das soluções GUI de cada distro ─ precisei ter muito cuidado, antes de escolher “em qual tutorial posso confiar” para disparar “x” comandos propostos. Isso talvez fosse mais fácil para mim, pois já tinha alguma experiência na escolha de livros, autores, fontes jornalísticas etc., mas com frequência vejo que não é tão fácil para a maioria dos jovens. A “escola” geralmente não instigava nem orientava os alunos a uma “seleção crítica”, e agora a noção de que “todo mundo pode aprender na internet” é uma falácia. Uma massa enorme de jovens (e velhos!) acredita em qualquer coisa, literalmente.
De um modo geral, sempre evitei sair disparando “comandos completos” encontrados na internet, sem primeiro pesquisar o que cada comando faz, o que cada parâmetro opcional significa, e para que serve cada arquivo-de-sistema a ser alterado por ele.
A menos que o usuário resolva “estudar a fundo” (argh!) ─ ou vá com calma, fazendo só 1 coisa de cada vez, e estudando aquela 1 coisa antes ─ o resultado é uma barafunda. No final, vai acabar “formatando” e reinstalando (solução à la Windows), ou instalando outra distro diferente.
Que mais se poderia fazer? Com a tendência de “facilitar”, “simplificar” etc., para atrair “simples usuários” (do WIndows), as ferramentas GUI andam misturando coisas demais. ─ O Synaptic era um GUI do apt, com todos os recursos. Já as “lojinhas” tentam fazer de tudo (abrangendo Flatpak, Span2, AppImage), e pelo que tenho visto, vivem trocando os pés pelas mãos. ─ E para “facilitar” mais ainda, o PackageKit se propõe lidar com tudo isso, usando tanto o apt, quanto o zypper, yum, dnf, urpmi etc.
Essa barafunda deságua nos fóruns, alguns com maior ou menor chance de recolocar os novos usuários num bom caminho. Os mais espertos acabam aprendendo um pouco de cada coisa ─ mas a tendência é um conhecimento fragmentário, que em raros casos acabará sendo sistematizado.
Como disse antes, desde 2007 já era possível usar o Linux (Kurumin, depois Kubuntu, e dizem que o Mandrake) quase que só por ferramentas GUI. Os poucos casos em que um “usuário comum” precisava recorrer a comandos, eram casos simples, e podia-se explicar os comandos com algum cuidado (embora nem todos tutoriais explicassem! Os do Morimoto e o Fórum Guia do Hardware eram ótimos).
Outra coisa que complica muito, é a venda em massa de computadores “prontos” ─ coisa que a Apple conseguiu colocar sob controle, e a IBM tentou mas não conseguiu ─ e que com o advento dos portáteis se tornou incontornável.
Nos fóruns a gente vê inúmeros casos de hardware “barato” às custas de especificações no limite inferior da “usabilidade”, além da mistura de componentes que, decididamente, não dão a menor bola para o Linux ─ e a gente correndo atrás, para resolver os pepinos enfrentados pelos novos usuários vindos do Windows.
Nesse ponto, tive sorte de não precisar de “portáteis” (exceto celular, mas só uso para falar e tirar fotos), pois há muito tempo me organizei para trabalhar em casa, sem exigências “externas” (nada de “reuniões”), e assim poder manter a velha lição de que “montar um PC razoável” é mais barato do que comprar um “pronto” e ruim.
Enfim, há muito tempo entendi que o peixe morre pela boca. Somos bombardeados por todos os lados, para querer tudo, e mais um pouco. Comprei meu primeiro computador em 1986, já troquei, fiz upgrade, montei outros etc. umas 10 vezes, e nesses 35 anos nunca tive uma placa de vídeo, e poucas vezes me fez falta (em anos recentes, o GoogleEarth deixou de funcionar no velho PC, mas bastou montar outro, pois já estava passando da hora).
Pode parecer que eu esteja fugindo ao assunto, mas a verdade é que tudo se interliga.
Entre 2009 e 2010, fiz algumas experiências de montar um servidor LAMP, instalar alguns gerenciadores de conteúdo (CMS), depois criar alguns sites em Drupal, Wordpress etc., depois configurar tudo isso numa hospedagem paga (alguns daqueles sites me renderam uns bons trocados), e devo ter usado alguns comandos aqui e ali, mas realmente nada digno de muitas anotações. Lidei mais com os arquivos em si, ftp, módulos adicionais e configurações, e não lembro que comandos cheguei a utilizar, se é que usei algum.
Em 2011, um amigo me mandou vários vídeos para eu montar, legendar etc., e acabei recorrendo aos comandos para instalar o saudoso repositório Medibuntu no Kubuntu 11.04.
Em 2015, quando decidi remover o Windows, tive de recorrer aos comandos para instalar e fazer funcionar o GoogleEarth no velho PC (componentes de 2008), sem placa dedicada, em um Kubuntu 14.04 32bit que eu usava para experiências; depois no Kubuntu 14.04 64bit que era minha distro “principal”; e em 2016, no Kubuntu 16.04 64bit.
Minhas anotações na pasta “Comandos” estão datados de Março 2017 em diante ─ quase 10 anos depois de começar a usar o Kurumin!
Muito antes disso, sim, usei alguns comandos do SO Apple II 8bits, depois 2 livros sobre CP/M e dBase II (ainda 8bits); na transição para o PC-IBM comprei 2 livros sobre o MS-DOS 3.3, e mais tarde usei muitos comandos do DR-DOS (sem livro), tudo isso entre 1986 e 1994. Foi a última época em que usei comandos com certa frequência.
De 2001 a 2006, comprei mil revistinhas sobre Linux, tentei vários CDs que vinham encartados, mas realmente me recusei a instalar na base do chroot e outros bichos cabeludos. Eu já tinha tido a minha quota daquilo. O Windows não exigia mais, e do Kurumin em diante, quase não precisei.