Boa tarde, gostaria que me esclarecessem uma dúvida: Na formatação de uma distribuição do tipo “rolling release”, eu gostaria de colocar o diretório / e o diretório /home em partições separadas. Estava vendo sugestões que cerca de 60GB para a partição / já seriam suficientes, mesmo tendo muitos aplicativos snaps e flatpacks.
Vocês mais experientes e vividos no mundo Linux avaliam que essa alocação de tamanho não me traria problemas futuros com falta de espaço?
Eu uso as aplicações mais populares: Navegadores, Spotify, Discord e venho usando a alguns anos na / apenas 25GB. Mas se eu fosse aconselhar, vc pode colocar 30 ou 40 que já está de bom tamanho. Mais do que isso vc provavelmente ira começar a desperdiçar uns gigas que provavelmente não vai nem chegar a usar.
Depende você vai usar flatpak ou snap eles ocupa muito espaço na / e você vai compilar software?
Tem que ver cada caso é um caso.
Agora se você for usar só software do repositório da distro ou fazer baixo uso da / você pode colocar 30% para backup 45% para home separada(Sim faça home separada não vacila.) e 25% para raiz(/).
Tem que desperdiçar giga na raiz infelizmente por causa da pasta tmp do sistema em que alguma hora pode usar bastante.
E também tem a cache do APT que também ocupa bastante espaço.
Tem também os vários kernel instalado que não esta sendo utilizado.
Tem também o opt que varia muito.
Então a raiz varia muito a quantidade de giga sendo usado.
O mais complicado de determinar é justamente a raiz.
Se ele for fazer edição de video ele vai usar a tmp por exemplo.
Nas duas distros que uso, ambas com quase 100 apps instalados - a imensa maioria pelo repositório oficial ou compiladas do AUR, com quase nenhum flatpak e nenhum snap - eu destinei 60 GB para cada. No Manjaro, em ext4, com snapshots em outra partição, eu tenho pouco menos de 50% livres; no Garuda, em btrfs e com snapshots na raiz, a mesma coisa. Imagino que 50 GB bastam, mas se vc acha que pode colocar muitos apps, 60 devem bastar
O grosso mesmo acaba ficando na Home (partição separada para home), eu costumava usar entre 40 e 50 na raiz, mais tive problemas depois de 1 ano de uso, então não recomendo menos do que 50.
Com o passar do tempo as distros vão ocupando mais espaço e os binários dos software vão ficando maior.
Tipo a Steam me solicito que eu instalasse mais 2 pacote de sugerido na minha distro e lá vai cada vez gastando mais.
Sempre deixe 50gb para “/” nunca tive problemas e olha que tenho uma quantia considerável de aplicativos instalados inclusive flatpaks, mas sempre estou limpado aquivos antigos no cache do apt e versões antigas do kernel, programas como Steam, Spoify, Lutris utilizam o diretório /home para alocar arquivos por padrão.
Eu tenho uma partição / de 30G, uma partição /var separada com 20G e o resto pra /home. Depois de ter todos meus programas instalados nenhuma partição chegou a ficar com 50% da capacidade ocupada. E eu tenho uns flatpaks, que ficam armazenados na /var inclusive.
Uma vez eu fui fazer uma ISO e ela foi para a pasta tmp foi 4GB da tmp e se fosse um BlueRay seria 25GB ou 50GB.
E teve uma vez que eu tive que colocar a pasta tmp em outra partição e criar um link simbólico para ela na raiz.
Uso Ubuntu a mais de 4 anos, não costumo limpar caches e nem nda e nunca tive problemas de armazenamento na partição /. Tenho certeza que 30/40GB atende muito bem de forma geral. Essa é minha dica. Só depende da pessoa verificar ou não. Complementando: Uso a maioria dos programa populares tanto deb como snap e flatpak. Se a pessoa não pretende armazenar muita coisa no computador pode até deixar a / bem grande, mas como não é o meu caso eu prefiro otimizar ao máximo o espaço usado.
Acompanhei esse tópico com interesse, pois não tenho experiência pessoal com Snap2, Flatpak, AppImage, Steam, Lutris, Spotify, Discord etc., ou jogos em geral.
Achei interessante que a maior parte das respostas tenham recomendado tamanhos de 30 a 60 GB – com algumas indicações de 25 ou de 70 GB.
Cabe ressaltar que essas recomendações pressupõem apenas 1 distro instalada – o que facilita deixar folga de espaço na partição-raiz – e destinar todo “o resto” para a /home (única).
Só vou abordar minha experiência pessoal com o “limite mínimo” – zero Snap2, zero Flatpak, zero jogos – e partições /home também mínimas, pois em caso de “dualboot” acho confuso espalhar documentos, fotos etc. em mais de uma partição /home (sim, já fiz isso, em 2016).
Este (acima) é o uso efetivo das minhas partições-raiz, neste exato momento – sendo que a do openSUSE é de 50 GiB – e todas as outras, de 30 GiB.
E todas as partições /home são de 15 GiB – pois guardo meus documentos, fotos, vídeos etc. em outras partições (principalmente em Warehouse e Depot1).
Agora, o que tenho observado na prática do dia-a-dia – ao longo de quase 3 anos (2020-2022):
Debian testing, KDE Neon e MX Linux
Configurei o apt / Synaptic para esvaziar o cache de pacotes baixados, após a instalação dos pacotes – de modo que não existe ocupação crescente de espaço em disco devido a eles. – (Faço assim há uns 10 anos, e nunca me arrependi).
Só preciso remover manualmente as versões / revisões mais antigas do Kernel, para que não se acumulem. – A remoção manual não dá trabalho. Sempre que o Synaptic mostra um pacote de Kernel a ser instalado, eu já incluo a remoção completa do pacote mais antigo. Mantenho apenas 2 Kernels, nessas distros. – Mas manter meia-dúzia não ocuparia tanto espaço, em comparação com o cache de milhares de pacotes baixados.
Por que o Debian testing ocupa 15,6 GiB, enquanto o KDE Neon ocupa apenas 11,9 GiB, e o MX Linux somente 8,21 GiB? – Talvez eu tenha escolhido uma ISO (Live) meio inchada, para instalar o Debian?
No meu PC antigo, até 2 meses antes, o Debian testing ocupava 10,4 GiB, após 3 anos, com todos os softwares que costumo usar. – Instalei o Debian atual em 24 Março 2020 (9,63 GiB), e após adicionar os programas que costumo usar, logo chegou aos 14 GiB.
O KDE Neon e o MX Linux estão com os mesmos pacotes que costumo adicionar em todas as distros – exceto que, no MX Linux, não instalei o Wine (que quase não uso mais). – Sei que o KDE Neon é mais enxuto do que o Kubuntu; e o MX Linux mais enxuto do que o Debian; mas nunca examinei em detalhes.
Arch e Manjaro
Guardam no cache de pacotes as 3 versões mais recentes de cada um dos pacotes instalados – o que explica por que ocupam 17,2 GiB e 18,4 GiB, neste momento. – Nunca fiz downgrade de pacotes (tentei só 1 vez, na vida); por isso, de vez em quando faço uma limpeza radical.
Há 2 meses (7 Agosto), essa limpeza reduziu o espaço ocupado pelo Arch, de 16,8 GiB para 14,3 GiB. – No Manjaro (que uso menos, e por isso acumula mais), essa limpeza reduziu o espaço ocupado em disco, de 21,1 GiB para 16,1 GiB. – Acho normal o Arch usar menos espaço em disco, pois instalei só o que eu queria (instalação “BTW”), ao passo que o instalador do Manjaro traz um conjunto maior (pré-definido) de pacotes.
Não acumulam Kernels (a menos que você comece a instalar Kernels diferentes):
Se você escolhe apenas 1 Kernel (“linux”, ou “linux-lts”, por exemplo), o Arch terá sempre apenas 2 pacotes na pasta /boot, e sempre com os mesmos nomes, pois não usa o número-de-versão. – A versão ou revisão anterior sempre se chama “linux-fallback”, ou “linux-lts-fallback”, por exemplo.
O Manjaro, sim, incorpora o “número” maior. Escolhi “LTS”, e já faz mais de 1 ano que os Kernels na pasta /boot continuam com os mesmos nomes: “-5.10” e “-5.10…fallback” – embora nesse meio tempo tenha evoluído de 5.10.32 para 5.10.141. – Um dia esses números devem mudar, mas não sei se vai manter os pacotes da versão LTS anterior. Como é acontecimento raro, não custa nada eliminar manualmente (se for necessário).
Mas, repito: - Kernels não ocupam tanto espaço, em comparação com um cache de milhares de pacotes baixados.
Fedora
Fiz uma limpeza do cache de pacotes em meados de Agosto, pelo comando # dnf clean all, e o espaço ocupado caiu de 16,7 GiB para 15,9 GiB. – Hoje, está em 16,2 GiB.
(Quando instalei, há quase 3 anos, ocupava 8 GiB. – Um mês depois, ocupava 10 GiB, e em alguns momentos 13 GiB – mas nesse meio tempo passou por 5 upgrades, de Fedora 31 para Fedora 36).
As atualizações pelo dnf mantêm sempre 3 revisões ou versões do Kernel, eliminando automaticamente a mais antiga quando instala uma nova atualização.
PCLinuxOS
Pelo APT-RPM / Synaptic, configurei para esvaziar o cache de pacotes baixados, depois de instalados.
Também pelo Synaptic, removo manualmente o Kernel mais antigo, sempre que vejo um novo Kernel a ser instalado.
Reinstalei o PCLinuxOS em Agosto do ano passado, pela ISO Darkstar, um pouco mais enxuta do que a ISO normal com KDE. – Ocupa hoje 8,84 GiB em disco, sem GoogleEarth e sem Wine – e talvez sem mais algumas coisas, que ainda não lembrei de instalar.
Mageia
Há mais de 1 ano ocupa 12 ~ 12,5 GiB em disco, sem necessidade de limpeza manual do cache de pacotes baixados.
Não consigo lembrar se há um comando para essa limpeza (mesmo pesquisando as capturas de tela e o TXT de anotações). – É uma distro de lançamento fixo, com poucas atualizações semanais.
Preciso remover manualmente os Kernels mais antigos, pelo comando # urpme --auto-orphans – coisa que não dá trabalho.
Void Linux
Me atende muito bem. Às vezes uso durante semanas seguidas, embora ainda faltem alguns pacotes, como GoogleEarth (o que não me deixa aleijado). – Wine, nem pensar. (Quase não uso, há anos). – É uma instalação relativamente enxuta (10,2 GiB).
Acumula Kernels antigos, mas é fácil e rápido eliminá-los, com o comando vkpurge.
Redcore (Gentoo)
É a distro mais recente (instalei em Junho), a que conheço menos, e a única que costuma exigir um número regular de compilações (menos do que no Gentoo, acho). – Nunca consegui reduzir o espaço que ocupa em disco (17,7 GiB, hoje). Nunca ouvi falar em um comando para “limpeza de cache de pacotes”, embora tenha procurado. – No máximo, “remover pacotes órfãos”.
E faltam vários pacotes, como GoogleEarth. – Wine, nem pensar. – Me atende muito bem, com os pacotes que já consegui instalar. Uso durante semanas, sem grandes frustrações. Mas ainda falta aprender muito.
openSUSE, BtrFS, snapshots
Só para o openSUSE Tumbleweed, criei uma partição maior (50 GiB) – mas essa instalação (de 2020) foi mal-feita, por alguma falha minha, falta de atenção, sei lá. – Veio sem o esquema automático de Snapshots! Pesquisei, li muito, consegui implantá-lo manualmente… mas…
Não! – Não é “fluida”, nem “correta”, como a instalação do meu antigo PC – que começou como Leap, passou por vários upgrades de novas versões do Leap, e por fim fiz upgrade para Tumblweed.
Aquela velha instalação, no meu antigo PC, funcionava bem numa partição BtrFS de 30 GiB – ao passo que esta, agora, a todo instante esbarra nos limites de uma partição de 50 GiB.
Portanto, não adianta falar da minha “experiência” atual – que, com certeza, não está 100% católica.
Tive de limitar muito o número de Snapshots – e mesmo assim, preciso usar o comando # snapper delete --sync – muito mais vezes, do que na antiga instalação, em partição de apenas 30 GiB.
Em todo caso – se você vai instalar o openSUSE Tumbleweed como “único SO” da sua máquina, em partição BtrFS com direito a Snapshots – sinta-se estimulado a usar uma partição-raiz de 60 GiB, ou de 70 GiB, ou o quanto você quiser.
Não sou eu que iria criticar, alegando “desperdício”. – No máximo, recomendo toda atenção ao instalar.
EDIT: - Como verificar o cache de pacotes baixados, para “ver” quanta coisa existe por lá?
O grande problema que vejo em partições BtrFS + Snapshots… é que “não vejo nada”. – A pasta /var está vazia. – Seu conteúdo (se houver) deve estar algures, alhures.
(É por isso que evito instalar mais alguma distro em partição BtrFS com Shapshots. – Basta 1 dificuldade de cada vez).
Quanto ao Kernel – o menor dos “problemas de espaço” – o # zypper dup também mantém 3 Kernels (e remove o excedente).
Slackware
Se há outra distro que eu recomendaria usar partição de 50 ou 60 GiB, seria esta.
Vem super-completo, com zilhões de aplicativos – e ocupa 16,0 GiB em disco, após adicionar só meia-dúzia de pacotes. – Cada atualização “geral” implica no download de uma cambulhada de pacotes, no limite da partição de 30 GiB.
Não posso recomendar – porque instalo, gosto – mas há 5 anos não consigo me entender com o Slackware!
(Deve ser muito fácil, pois já vi colegas instalarem pela primeira vez, e entenderem tudo que precisavam entender, em menos de uma semana… Mas não foi o meu caso. – Prefiro recomendar o Arch, o Void, quem sabe até o Gentoo!).
Todas as (poucas) vezes que tentei atualizar “geral”, quebrei a cara – e acabei achando melhor instalar de novo (antigamente, by AlienBob; e agora, o Slackware 15.0 oficial).
Funciona perfeitamente, sem atualizar – e nem por isso, foi invadido pelos hackers de toda a galáxia. – Acho extremamente repousante, usar o Slackware. Sou capaz de ficar nele por várias semanas… desde que, primeiro, eu remova 300 joguinhos, caso contrário, não consigo fazer mais nada.
Mas tudo que posso dizer, sobre “tamanho de partição” é que: – Use 60 GiB, sem medo de que seja “excessivo”.
Vocês costumam instalar mais de uma distro linux ou não? Eu pergunto isso porque se vai ter só uma distro linux, porque não manter a home dentro da / e assim ter todo o espaço disponível do disco sem desperdiçar nada? Se estiver pensando em não ter a necessidade de fazer backup da home ao fazer a troca para outra distro, saiba que contanto que o instalador do sistema tenha a opção de não formatar a partição / escolhida para o novo sistema, é possível manter os dados da home anterior embutida no /. É o que eu venho fazendo no Linux Mint há um bom tempo. Você só precisa rodar um fsck antes de fazer a nova instalação pra ter certeza que o sistema de arquivos está bem estruturado.