Qual a importância de saber fazer conversão de bases numéricas em TI?

Minha professora se enrolou um pouco na explicação e acho que não entendi direito …

Pelo o que eu entendi, é importante porque é isso que determina o hardware de funcionamento do meu computador.
É preciso para saber para eu saber o que meu hardware precisa ter para que ele realmente funcione , com 32 bits ou 64 bits .
E tomando como base o que eu disse anteriormente ,é importante também para saber quantos barramentos vão ser necessários no hardware desse computador, assim como a largura desses barramentos…
Estou certo ? estou errado ? algo a adicionar ?

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Cara, até hoje eu me questiono o mesmo. De acordo com o meu professor de arquitetura e organização de computadores “precisamos aprender as de conversão para saber o passo a passo de como se chega ao resultado desejado e para compreender como o computador funciona.” Para mim, que sou da área de desenvolvimento e não do hardware, é mais para cumprir tabela mesmo, pois NUNCA vi alguem no mercado de trablaho na área de desenvolvimento de software pedir isso. Em fim… fica como bagagem, diria eu. Conhecimento nunca é de mais ^^

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:wave:t2:

É importante saber como elas funcionam e é basicamente bem fácil.
Mas como será usado eu acredito que vai depender da área que você irá atuar em TI.

Binários porque o computador é um dipositivo eletrônico chaveador, que chaveia ou a energia vai para um lado ou ela vai para o outro. 0 e 1 são um padrão de comunicação, digamos assim, na fibra óptica acende = 1, apaga = 0, e no computador eles são indentificados por menas energia elétrica = 0 e mais energia elétrica = 1.

O chaveamento é feito pelos transistors, se tem 0 a energia não é capaz de “pular a cerca” e ela fica de um lado, se tem 1 então ela “pula a cerca” e vai para o outro lado.

Imagina 2 lâmpadas (esquerda e direita) e 1 transistor, o chaveador = se a energia chega baixa no transitor ela vai para um lado digamos que para a esquerda, vai acender a lâmpada da esquerda e a lâmpada da direita vai ficar apagada, Se a energia chegar alta no transitor, ela vai “pular a cerca” e vai para a direita, acendendo a lâmpada da direita e apagando a da esquerda.
Nesta pegada imagina as 2 Lâmpadas como pixels, ou vai ficar 1 branco e preto ou preto e branco. Mas se eu colocar mais um transistor, então pode ascender as 2 lâmpadas = branco se a energia for alta nos 2 transistors, já se for baixa a cor será preto.
Imagina esse mesmo procedimento em 3 lâmpadas e 3 transistors, mas desta vez as lâmpadas Vermelha, Verde e Azuil RGB; Mesmo esquema. Multiplica isso por Bilhões, são os pixels do nosso querido monitor. O jeito que os 0 e 1 chegar nestes pixels irão formar uma imagem ou um vídeo.

O hexadecimal ele serve para ficar mais fácil para os programadores, pois 4 bits são 4 digitos de 0000 até 1111(binário) = 0 até F(hexadecimal) = 0 a 15 no decimal… Veja que são 4 bits 1111 logo 11111111 são 8 bits de informação ou 1 byte = FF mais fácil. Um exemplo no sistema ASCII. A palavra “Ola”. O computador não sabe oque é Ola, ele só sabe 0 e 1. Então muitos anos atrás, os seres humanos que programavam, criavam hardware e software, naquela época decidiram que as teclas do nosso teclado iriam comandar os 0 e 1 deste jeito:

  • Apertar a tecla O gera estes 01001111 que irão circular lá na placa até o destino, neste caso pixels do monitor, acendendo os pixels O
  • Apertar a tecla l gera estes 01101100 que irão circular lá na placa até o destino, neste caso pixels do monitor, acendendo os pixels l
  • Apertar a tecla a gera estes 01100001 que irão circular lá na placa até o destino, neste caso pixels do monitor, acendendo os pixels a

Por que gera estes 0 e 1? Porque estes seres humanos da época decidiram que a construção de um grupo de transistors na tecla O, ao apertar ela, estes 0 e 1 iriam circular pela placa mãe, e assim como em todas as teclas do teclado.

Então estes 0 e 1 vão passando por vários transistors um comparando com o outro até chegar no monitor e acender os pixels que representa Ola. A forma que estes 0 e 1 chegam no monitor, ele tem outros transistors que comparam os 0 e 1 que chegaram e enviam eles direto para o pixel específico.

Ou seja, quando digitamos Ola no teclado, por baixo dos panos, oque acontece é 010011110110110001100001 indo para algum lugar, neste caso acender as lâmpadas (os pixels) na posição que vai formar o Ola no monitor. Só que estes 0 e 1 são mais “hard” de lidar, ae é que surge o hexadecimal, ele veio para tornar as coisas mais “soft”. Ola ficaria:

O = 4F
l = 6C
a = 61

Bem mais fácil para os programadores entender (especialmente os caras do assembly) e lidar com 4F6C61 invez de 010011110110110001100001.

Bônus 1: todas as vezes que você ver um erro na tela com 0xAB0433 como exemplo, significa que:
0x é um indicativo que a informação é hexadecimal. Ou seja se este erro estiver referindo a memória ram, o problema vai estar no endereço 101010110000010000110011 da memória. Mais fácil lidar com Hexadecimal AB0433. :grinning_face_with_smiling_eyes:
Bônus 2: Os mesmos 010011110110110001100001 que mostram o Ola na tela, também podem ser uma cor ou um som, ou um movimento mecânico, tudo vai depender de uns certos 0 e 1 que vem acompanhando eles. Se vier uma instrução de 0 e 1 dizendo ser áudio antes dos 010011110110110001100001, então este resultado vai para as bobinas dos falantes invez do monitor e lá nas bobinas vão ter mais transistors que vão mandar estes 0 e 1 para os lugares deles produzindo um som.

Ufá é muita informação mas não precisa entender tudo rapidamente, aprender leva tempo.
Não use tempo como constante e aprender como váriavel = Tenho X tempo para aprender senão ja era…
Prefira usar:
aprender como constante e tempo como váriavel = Vai demorar mais ou menos não importa mas eu vou aprender.

P.S.: Não sou muito bom para explicar mas tentei fazer meu melhor :innocent: :pray:t2:

:vulcan_salute:t2:

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Na faculdade tinha um professor de cálculo que falava que se a gente não aprendesse ali, ia ter que aprender sozinho depois.

Anos depois, na disciplina de “vibrações”, o professor resolveu um problema e chegou numas equações diferenciais e falou: “Bem, daqui pra diante vcs já sabem, já estudaram na disciplina de cálculo”. O resultado é que formamos um grupo de estudo pra “relembrar” os conceitos kkkk

Anos depois comecei a trabalhar e em 10 anos na área não precisei resolver uma equação diferencial.

Daí esses dias atrás eu estava programando em javascript uma “firula” pra escalonar o redimensionamento de uma textarea e acabei caindo numa equação diferencial KKK Resolvi e ficou show!

Moral da história: Se vc não sabe, é certeza que não vai usar. Mas se vc sabe, pode ser que vc use!

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Depende da área que você atua.

engenharia da computação: não tem muito mistério, é quem projeta micro-circuitos, PCBs, enfim, o hardware. Precisa saber como as operações com dados binários ocorrem para saber como projetar os componentes, como por exemplo, uma ALU, AGU, etc de um micro-circuito.

ciência da computação e engenheiro de software: É quem pesquisa ou desenvolve na área de software e programação, a área onde ocorre um uso mais pesado é na engenharia reversa onde é comum instruções, registradores e endereços na memória serem representados em hexadecimal, também existem áreas de aplicação especifico que fazem uso, como encriptação, interpretação e manipulação de informações estruturadas como imagens, vídeos, sons, ou informações especializadas como endereços de rede, etc.

Na época que eu programava em MSX, era realmente muito importante saber trabalhar com conversões de binário.

Mais hoje em dia a única coisa que me serve é o Hexadecimal para traduzir jogos …