Eu sou um usuário de Manjaro e sou bem ativo na comunidade (sou um rato de fórum) e por isso sempre estou sabendo dos planos da Distro e gostaria de instruir a todos os outros que estão fora desta comunidade, uma vez que eu vejo informações equivocadas sendo transmitidas. Ademais, eu gostaria de esclarecer de imediato que o que irei dizer não são observações minhas ou opiniões, são afirmações de Philip, líder do Manjaro, e de outros desenvoldedores da Distro, ou seja, são descrições do Manjaro feitas pelas pessoas responsáveis pelo mesmo.
Uma das coisas que as pessoas dizem e espalham é que o Manjaro é um “Arch facilitado”, isto erroneamente, porque, na realidade, o Manjaro não busca ser um Arch, o Manjaro só usa a base Arch por causa da característica Rolling Release da mesma, mas o projeto não segue a filosofia do Arch e nem pretende seguir, tanto que o Manjaro desenvolveu o seu próprio gerenciador de pacotes, o PAMAC, e pretende em um futuro muito próximo abandonar o PACMAN, gerenciador do Arch, acrescentando na busca por independência muito forte por parte do Manjaro que já vem ocorrendo a um bom tempo, pois a filosofia que mantém o Manjaro é uma filosofia completamente diferente daquela que mantém o Arch, não é atoa que o Manjaro recebe muito ódio da “família Arch” e de suas respectivas comunidades, ódio que é proibido ser citado no fórum oficial do Manjaro para evitar retaliação por parte dos usuários da “ovelha negra” da “família Arch”.
Como eu disse, o Manjaro é adapto ao modelo Rolling Release e isto ocorre por um motivo: facilidade na adoção de novas tecnologias. O Manjaro pretende no futuro adotar Flatpaks/Snaps/AppImages como formatos padrões de distribuição de aplicativos, “removendo o atual formato de distribuição”. De acordo com Philip, o Manjaro será uma Distribuição onde a base do sistema e a DE receberam atualizações automáticas e os aplicativos serão Flatpaks/Snaps. É possível ver essa ambição refletida no tempo e atenção que eles estão colocando para desenvolver o BAUH, aplicativo responsável por manusear programas distribuídos nesses formato. O objetivo é que o sistema seja o mais prático e fácil possível e segundo Philip, em um comentário no fórum oficial do Manjaro, “Os usuários de Windows e Mac vão ter o que eles querem e no fim é provável que eles venham para a nossa plataforma”, afirmação esta que já diz muita coisa sobre o futuro do Manjaro.
Bem, no momento eu só lembrei dessas coisas e acho que elas caracterizam bem o “caso Manjaro” e que isso fique bem claro para aqueles que pretendem usar o Manjaro em busca de uma experiência Arch. O Manjaro está seguindo o seu próprio caminho em vez de ficar preso a bolha de sua família, o que é louvável, então use o Manjaro caso queira ter uma experiência Manjaro, porque o Manjaro é o Manjaro e no fim do dia, é lindo ver um projeto buscando ser algo diferente daquilo que é predefinido para ele.
Curiosidade: Manjaro KDE é a versão principal do Manjaro atualmente.