Hoje vou trazer informações diretamente do Alexander Larsson, o criador do Flatpak.
Seu Blog:
https://blogs.gnome.org/alexl/
Alexander Larsson trabalha na Red Hat no grupo de desktop, primariamente com GTK e GNOME Desktop, mas vem envolvido com outras coisas como Spice, Docker e Flatpak. Trabalha em Stockholm, Suécia. Twitter @gnomealex.
Muitas das dúvidas que tive (e ainda tenho) sobre Flatpak pode-se tirar em seus artigos no blog do GNOME. Coisas como tamanhos de runtimes, gerenciamento de repositórios flatpak’s, até a história do seu desenvolvimento. Também na documentação e github do projeto.
Li algumas das suas matérias para me ajudar na série sobre Flatpak, no canal Oficina do Tux.
1º vídeo da série:
Mas fiz algumas perguntas diretamente para ele, algumas coisas que fogem do escopo de usuário (meu caso) e a maioria pode ser interessante para desenvolvedores ou quem está pensando em distribuir pacotes usando Flatpak.
- O quão difícil ou complicado é manter um programa em flatpak, comparado a um .deb ou .rpm? Eu sei que a resposta pode depender do programa e o quão complexo ele é, mas qual sua visão geral sobre?
- Quais são os pontos fracos e fortes do flatpak em comparação com os gerenciadores de pacotes tradicionais, dnf, apt ...?
Contras: só pode empacotar “aplicativos” ou seja, não coisas do sistema (drivers,kernel, init system etc). Os aplicativos podem exigir alguns ajustes para funcionar bem na sandbox.
- Atualmente, a maioria das distribuições Linux não trazem o flatpak "ou of the box" para os usuários (tirando do EndlessOS, LinuxMint, ClearLinux, Manjaro...) muitos ainda preferem usar repositórios de terceiros AUR, ppa, .deb / .rpm … o que pensa sobre isso?
- Recursos almejados para o futuro do Flatpak?
Concluindo, só posso agradecer pelo belo trabalho, eu como entusiasta dessa tecnologia espero que melhore a cada dia e solucione muitos problemas dos desenvolvedores e usuários no “mundo Linux”.
Agora minha opinião, creio que ele respondeu a pergunta “Flatpak é o futuro?” com a resposta de que programas sandbox sim! Não podemos saber se Flatpak vai ser o futuro, mas de fato, existe uma tendência ao sandbox/conteinerização. Não sou eu que digo, mas desenvolvedores e empresas caminham para a tendência de “separação” do sistema core / aplicações. Como Fedora com o flatpak/ostree, Ubuntu com Snap’s, ClearLinux com swupd, OpenSUSE com Kubic, EndlessOS com Flatpak/ostree, Microsoft MSIX?, Apple com novo MacOS. Em fim, são todas iniciativas que visam um propósito parecido, tornar o gerenciamento do sistema mais seguro, confiável, de fácil gerenciamento como um todo. E uma das características que são comuns é ser “multi plataforma”. O que ao meu ver não traz aquela “fragmentação negativa” mas escolhas para o usuário/desenvolvedor.
https://fastoslinux.com/2019/06/24/perguntas-para-o-criador-do-flatpak-alexander-larsson/